Page 11 - Revista da Armada
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Foto SAJ FZ Horta Pereira
des Fonseca; e o Batalhão de Fuzileiros nº 2, comandado pelo trouxe ao país um prestígio acrescido no contexto dos aliados. A
Capitão-de-Fragata Martins de Brito. Esteve também presente dimensão marítima do espaço português confere ao país uma im-
uma força motorizada, pertencente ao Corpo de Fuzileiros, co- portância geopolítica relevante, mas só poderemos retirar desta
mandada pelo Capitão-Tenente Jesus Alves. virtude toda a consequência, se a Marinha tiver capacidades para
Prestadas as honras militares, o Secretário de Estado da Defesa exercer a soberania nesse espaço oceânico. Para isso terá de man-
Nacional tomou o seu lugar na Tribuna de Honra, onde o aguar- ter os níveis de operação, reforçando a manutenção dos navios e
davam várias entidades civis e militares, convidadas, dando-se terminando a adaptação dos meios recentemente adquiridos.
início à cerimónia militar com a imposição de condecorações a De seguida, salientou o Almirante Fragoso como a Marinha se
militares, militarizados e civis cujo serviço mereceu especial dis- orgulha da qualidade do serviço que presta à Nação, seja ele no
tinção. Seguiu-se um dos momentos mais tocantes de todas as âmbito das suas missões de natureza militar, como as não milita-
cerimónias militares, com a homenagem aos mortos que servi- res. São disso exemplo as atribuições que tem no apoio à Autori-
ram na Marinha. Um momento em que todos lembramos um ca- dade Marítima Nacional, mas também os desenvolvimentos que
marada ou um amigo desaparecido que deixou no seio da família tem promovido na área cultural e as funções desempenhadas
naval a recordação e a saudade evocada naquele instante solene. pelo Instituto Hidrográfico. Trabalhos de levantamento hidrográ-
Terminada esta homenagem, o Chefe do Estado-Maior da Ar- fico e produção de cartografia náutica, mas também de investiga-
mada e Autoridade Marítima Nacional, Almirante Macieira Fra- ção no sentido de enriquecer permanentemente o conhecimen-
goso, proferiu uma alocução. As suas primeiras palavras foram de to do nosso potencial marítimo.
agradecimento ao Secretário de Estado da Defesa Nacional, pela Terminou o seu discurso afirmando a sua convicção de que
sua presença, que muito honra a Marinha, e ao Presidente da Câ- Portugal estará cada vez mais virado para o mar, como lhe exige a
mara Municipal de Oeiras, pela forma como o concelho acolheu Geografia e relembra a História. Os portugueses “podem contar
as festividades deste ano. Dirigiu-se, de seguida, a todos quantos com uma Marinha focada no serviço à Nação, pronta, credível
prestam serviço na Marinha – militares, militarizados e civis –, e eficiente, constituída por pessoas competentes, preparadas e
salientando o orgulho que sente “ao leme desta nau”. Saudou motivadas que, em terra e no mar, servem Portugal na Marinha,
especificamente todos os que, no momento, se encontravam em sem olhar a esforços e sem almejar recompensa [...]”.
missão no mar, ou nos múltiplos teatros de operações externos. De seguida usou da palavra o Secretário de Estado da Defe-
Volvendo de novo para o Dr. Marcos Perestrello, salientou o fac- sa Nacional. E as suas primeiras palavras referiram o significado
to de ter passado mais um ano de fortíssimas restrições financeiras histórico da comemoração do Dia da Marinha, num país como
em que, apesar de tudo, foi possível assegurar o dispositivo naval Portugal. Esta data carrega consigo todo o peso de um saber, ex-
padrão e honrar todos os compromissos internacionais. Especial periência e honra, acumulados pela “Armada Portuguesa”, que
referência fez, neste sentido, ao comando da Força Naval Per- lhe conferem um estatuto próprio e um lugar de destaque na
manente da NATO, com uma fragata como navio almirante, que construção do futuro de Portugal: “um futuro que, tal como o
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