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REVISTA DA ARMADA | 529

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2 COMANDANTE NAVAL
Presidida pelo Comandante Naval, Fuzileiros e o seu conceito de operações,
VALM Gouveia e Melo, realizou-se no pas- entre outras. Concluiu, fazendo refe-
sado dia 19 de março, no Salão Nobre do rência à necessária “franca ligação” do
Palácio do Alfeite, a cerimónia de tomada Comando Naval com os restantes setores
de posse do 2º Comandante Naval, CALM da Marinha, nomeadamente das superin-
Dores Aresta. Es veram presentes os tendências e das direções e chefi as que
comandantes, diretores e chefes do setor funcionam na sua direta dependência,
e os ofi ciais, sargentos e praças do esta- bem como com o EMA, nomeadamente
do-maior do Comando Naval. no âmbito do planeamento, na produção
Na ocasião, o novo 2º Comandante e atualização de doutrina, no desenvolvi-
Naval proferiu uma alocução com uma mento de conceitos e na experimentação
breve descrição da sua carreira, referindo de novas soluções, entre muitas outras.
que mais de três quartos da sua trajetória No uso da palavra, o VALM Gouveia e
profi ssional foi passada no setor do Comando Naval reconhecendo, Melo destacou a importância que atribui ao franco e salutar rela-
contudo, que se têm vindo a mudar as mentalidades, os proces- cionamento que deverá exis r entre todos os setores da Marinha,
sos e aspetos estruturais, nomeadamente com a deslocalização do sublinhando a confi ança que deposita no seu 2º Comandante, não
Comando Naval de Oeiras para o Alfeite, a remodelação do seu esta- só por força de um passado recheado de experiência e provas dadas,
do-maior, a ex nção da Flo lha, a restruturação do treino e avalia- mas também pela amizade que os liga desde os bancos da Escola
ção da esquadra e a reformulação da estrutura orgânica do Corpo de Naval. A cerimónia terminou com o tradicional porto de honra.

O CALM João Luís Rodrigues Dores Aresta ingressou na Escola Naval em outubro de Northwood, Reino Unido. Durante este período efetuou uma missão de quatro meses em
1979 e especializou-se em Ar lharia. A sua experiência operacional inclui par cipações Cabul, Afeganistão, onde integrou o Gabinete de Aconselhamento Polí co do Comandante
no Estado-Maior da Força Tarefa Portuguesa (POTG), como Ofi cial de Operações, tendo da Força da NATO (ISAF). Entre fevereiro e maio de 2006 desempenhou ainda as funções
par cipado em duas Operações de Evacuação de Não-Combatentes em Angola, em 1992 e, de Ofi cial de Ligação da NATO junto do Governo de Cabo Verde, no âmbito da realização de
posteriormente, na Guiné-Bissau, em 1998. exercícios da NATO naquela região.
De maio de 1999 a maio de 2000 desempenhou as funções de Ofi cial de Operações do Em outubro de 2006 foi empossado Chefe de Estado-Maior do Comando Naval, cargo
Estado-Maior do Comandante da Força Naval Permanente do Atlân co (COMSTANAVFOR- que desempenhou durante 4 anos. Frequentou o Curso de Promoção a Ofi cial General
LANT), tendo embarcado em navios dos EUA e Canadá. Levou a cabo a Operação Allied 2010/2011. Entre agosto de 2011 e junho de 2015 desempenhou as funções de Coman-
Force, no Mar Adriá co e conduziu ações de luta contra o narcotráfi co no Mar das Caraíbas. dante da Base Naval de Lisboa.
Em junho de 2001 foi nomeado Chefe da Secção de Exercícios do Estado-Maior do Entre julho de 2015 e novembro de 2016 exerceu as funções de Deputy Chief of Staff
Comando Naval e em janeiro de 2002 assumiu as funções de Chefe da Divisão de Ope- Plans no Allied Mari me Command, em Northwood, Reino Unido, regressando a Portugal
rações do Comando Naval, Chefe do Centro de Operações Navais e Diretor do Centro de para desempenhar as funções de 2º Comandante Naval. Em dezembro do mesmo ano foi
Coordenação de Busca e Salvamento Marí mo (MRCC Lisboa). nomeado Chefe de Gabinete do CEMA, cargo que desempenhou até março de 2017.
Entre outubro de 2003 e setembro de 2006, desempenhou funções de representante Da sua folha de serviços constam diversos louvores e condecorações. O CALM Dores
português no Comando Aliado de Submarinos do Norte da Europa (COMSUBNORTH), em Aresta vive no Mon jo, é casado com Maria da Luz Aresta e tem duas fi lhas, Rita e Catarina.

DIRETOR DO ABASTECIMENTO

No passado dia 26 de fevereiro tomou posse como Diretor do Abas-
tecimento, o Comodoro AN António Carlos Dias Gonçalves. Presidida
pelo VALM Superintendente do Material, a cerimónia decorreu no
salão mul usos da Direção de Abastecimento (DA), tendo contado
com a presença de outros ofi ciais generais, diretores, ofi ciais, convida-
dos militares, civis e toda a guarnição da DA.
Após a leitura da ordem o Diretor empossado usou da palavra,
tendo sublinhado a necessidade da DA estar preparada para os exi-
gentes desafi os que a presente conjuntura de escassez de recursos
coloca, o que obrigará à reformulação de procedimentos e à procura
de alterna vas e, concomitantemente, ao esforço acrescido de todos existência e é para eles que, independentemente do setor onde es ver-
os que prestam serviço naquela Direção para, em equipa, encontrar mos em cada momento das nossas carreiras, todos nós trabalhamos
as melhores soluções que permitam minimizar os efeitos das atuais na árdua tarefa de os manter com os indispensáveis níveis de apronta-
circunstâncias. Aludiu, ainda, à importância da linha de ação que pre- mento. O nosso país – marí mo por natureza e desígnio – merece que
coniza a fi nalização da construção do novo Centro de Distribuição demos o melhor de nós para que os navios da Marinha con nuem a
Alimentar. Finalizou com umas palavras para os navios da Marinha. A desempenhar as suas tarefas no mar, defendendo os interesses nacio-
esse propósito disse que “(…) são eles a primeira razão de ser da nossa nais e contribuindo para cumprir Portugal no mar!”.

O COM AN António Carlos Dias Gonçalves ingressou na Escola Naval em 1984 e foi promo- onde desempenhou as funções de Chefe do Gabinete e de representante da Marinha no
vido a GMAR a 01OUT89. Possui uma licenciatura em Gestão de Empresas, uma pós-graduação “Navy Interna onal Programs Offi ce” e no “Interna onal Customer User Group”. Durante
em Gestão Pública e um Mestrado em Gestão Pública, pela Universidade dos Açores. Embar- esta úl ma comissão, mais concretamente a par r de fevereiro de 2007 e até fi nal da comis-
cado, foi ofi cial de guarnição dos NRP Honório Barreto, Jacinto Cândido, Sagres e Álvares Cabral. são, desempenhou as funções de “Spokesperson Deputy for the Security Assistance Foreign
Em terra, prestou serviço na Escola de Fuzileiros, no G2EA, no Departamento Marí mo Representa ves Community”. De 2008 a 2010, prestou serviço na Chefi a do Serviço de Apoio
dos Açores. De 2002 a 2005 desempenhou, no Gabinete do CEMA, as funções de Secretá- Administra vo. Entre 2010 e 2013 desempenhou, na Escola Naval, as funções de Professor
rio do Conselho Administra vo, de Chefe do Serviço Administra vo e Financeiro e de Chefe da área cien fi ca de Economia e Gestão, para as unidades curriculares de Administração.
do Serviço de Protocolo do Almirante CEMA. Entre 2005 e 2008 prestou serviço no Gabi- Foi ainda Subdiretor do Abastecimento de 2013 a 2015 e na Direção-Geral da Autoridade
nete de Ligação da Marinha junto do “Naval Inventory Control Point” em Filadélfi a - EUA, Marí ma de 2016 a 2018. Da sua folha de serviço constam vários louvores e condecorações.

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