Page 210 - Revista da Armada
P. 210
( ... ) _Ninguém melhor do que os comba- da. quem discuta a imponância do valor
tentes conheceu a dureza da guerra em Áfri- militar e do seu significado no contexto da
ca. Ninguém mais do que nós pode desejar Nação_.
a paz em todos os lugares onde se fala por- Após muitas das entidades presentes te-
tuguês •.. rem deposto flores no túmulo dos Soldados
E remataria assim: Desconhecidos. foi a vez de os familiares do
( ... ) _Não foram sacrifícios vãos. porque tenente-coronel de Infantaria Henrique Au-
os portugueses guardam o trilho de uma glo- gusto Perestrelo da Silva ali deporem as al-
riosa caminhada universalista. tas condecorações com que aquele militar fora
E, nós ainda vivos, tranquilamente dize- galardoado por feitos em combate durante a
mos que. se amamos a paz. nada nos emba· Grande Guerra.
raça a circunstância passada de combatentes. Com a visita ao Museu das Oferendas e
Antes lembramos. ( ... ) que estivemos na pri- a assinatura pelo ministro da Defesa do res-
meira linha de risco e aí fomos orgulhosamen- pectivo livro de honra. terminaram as ceri-
te aviadores. marinheiros e soldados de mónias. a que se seguiu um almoço de
Ponugal •. confraternização que reuniu os combatentes
Discursando a seguir, o ministro da De- e as entidades convidadas para a comemora-
fesa Nacional diria; çiío da efeméride.
( ... ) -E se o nome dos grandes heróis es-
tá na lembrança de todos, justo é também
prestar homenagem aos valorosos e anónimos
soldados ponugueses que têm sabido cum-
prir, sempre e em toda a hora. os seus deve-
res, independentemente dos sistemas políticos
e das opções ideológicas de cada momento.
Projeclada em mais de oito séculos de his-
tória. a saga do soldado português é hoje aqui
celebrada em tempo de paz, circunstância que
nos pennite reflectir serenamente. na digni-
dade deste acto numa época em que há, ain-
•••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••
ACADEMIA
DE MARINHA (AM)
No passado dia 3 de Maio realizou-se no A sessão foi presidida pelo Chefe do
auditório da AM uma sessão plenária em que Estado-Maior da Annada, alm. Andrade e
o comandante Annando da Silva Saturnino Silva tendo o c/alm. Rogério d'Oliveira, pre-
Monteiro, membro correspondente daquela sidente da Academia,feito a apresentação do
Academia, apresentou uma comunicação su- orador.
Aspecto 00 $t'$$40 t m qut o oorrU'lIIoonlt So-
lumirro Monteiro, fm Q JUII oonJuniCilçtlo(fOlo dt bordinada ao título .. O Poder Naval Portu- O conferente começou por relembrar um
Reinoldo di! Carvalho). guês, Esse Desconhecido_. ceno número de ideias gerais relativas á na-
tureza e aos componentes do Poder Naval.
a que se seguiu uma breve súmula da evolu-
ção dos mesmos poderes no âmbito da His-
tória Universal, após o que fez uma breve e
incisiva crítica á conhecida obra de Alfred
Mahan .. 1be Influence or Seapower upon His-
tory", pelo facto de nela não ser feita qual-
quer referência ao Poder Naval Português que
no séc. XVI não s6 foi o primeiro do mun-
do. como também serviu de modelo aos das
outras nações europeias.
Por fim o autor apresentou um resumo da
evolução histórica do Poder Naval Ponuguês,
com especial relevo para o período áureo da
época da E1I:pansão e ao período de declfnio
correspondente às grandes lutas travadas no
mar, com os Ingleses e os Holandeses, de
1580 a 1663.
Na mesma sessiío foi efectuado o lança-
mento da obra "Batalhas e Combates da Ma-
rinha ponuguesa>o (voU). da autoria do
conferencisla. editado pela Livraria Sá da
Costa Editora .
••••••••••••••••••
28