Page 321 - Revista da Armada
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mares até enlão tenebrosos e desconhecidos-. mas a I/isita não deixou de ser, mesmo assim. nal/egarem - C()mo têm navegado - sem
Palavras cuja simpatia não deixou de ser ex~mamente agradál/el. pelo ambiente histó- ama-seca. sem bordão nem apoio monll, mas
secundada pelos elementos das tripulações rico, até de cheiro a breu e calafeto. que inel/i- tão-pouco reclamadas para que OS pol1\Jgue-
que nos levaram até onde os visitantes nor- tal/elmente nos rodeaI/a. A nós, e a dezenas ses as I/issem, as visitassem aos magotes,
mais n30 eram autorizados: Gerardo Aparr- e dezenas de I/isitantes que passal/am pelas como rlZeram nas espanholas, e sentissem,
cio, I . o-sargento, da nau _Santa Maria_, e pranchas, espreital/am, circulal/am, quer ou lhes fosse lembrado, que tivemos nal/e-
Cândido Couselo. mestre de manobra da pelos nal/ios, quer pelo pal/ilhão de didáclica gadores pioneiros. dos maiores, como Oil
.Pinta •. Os comandantes dos nal/ios, capitão alraente e, naturalmente, apologéliC(). Eanes, Nuno Tristão, Bartolomeu Dias,
de C()rveta Áll/aro Qyero e tenente de nal/io Não pudemos deixar de pensar, na altura, Vasco da Gama, elc .. etc., etc.
José Garcia Belo (uma das canil/elas não tinha nas duas cataI/elas por nós reproduzidas com SolLfa Machado.
oficial). não esul/am infelizmente a bordo, igual ou maior rigor de perfeição. e para CMG
HISTÓRIAS DE MARINHEIROS
113-Humor ianque
erto aJmirante, chefe de uma - Não mais engarrafamentos! ... coo um tenente irreverente. E, no meio
repartição, em Washington, Num gesto tolerante, tão ao revés da da expectativa circundante, explicou:
C tinha uma personalidade fora sua maneira de ser, perguntou se alguém - Pelo conhecimento que tenho de
do comum. Convicto, embora falsa- tinha a1gum comentário afazer. garrafas, o lado estreito situa-se sem-
mente, de ser autoridade incontesutvel - Sim, senhor Almirante - arris- pre ... na pane superior ...
em lodos os assuntos, não havia infor-
mação de subordinados que não care- Silvo Broga,
cesse de múltiplas correcções. VALM
E quando os processos lhe eram pre-
sentes, de novo, o almiranle descobria,
ao fim de exame demorado, nol/as insu-
ficiências que, na sua infaHvel opinião.
era imperioso rectificar.
A sua secretária era assim um vasto
himalaia de papelada, a aguardar despa-
cho definitivo. Deste modo, o expediente
da repartição não flura ao ritmo neces-
sário. causando fortes perturbações no
Serviço.
Com o tempo, a situação desastrosa,
a que se chegara, tornou-se evidente às
entidades superiores. E, num determina-
do dia, chegou à repartição uma nOla
confidencial, em termos caleg6ricos,
apertando o almirante numa censura ler-
minante,
Sem a percepção clara das responsa-
bilidades, que lhe cabiam por inteiro, o
almirante convocou uma reunião geral
dos oficiais, naquele jeito de chefe
que sabe apenas descarregar paro a
esquerda.
Foi peremptório. Não admitia. daí
para o futuro. quaisquer enga"afomen-
tos. O expediente deI/ia escoar-se rápi-
do e oportuno. O Serviço tem exigências
que nào se podem iludir. Se os horários
de trabalho eram escassos, que o disses-
sem. ESlava na sua competência deter-
minar horas extraordinárias. Que lodos
ficassem cientes destas verdades! ...
E. no remate da incisiva objurgat6-
ria. com que afogou o audil6rio. repeliu
decidido:
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