Page 125 - Revista da Armada
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gens de  vistoria  do  mesmo   guarnição pela  derrota  portista   guesa  permaneceu]  dias  em   Celebrava-se o Carnaval, local-
         tipo, verificando·se  uma  sur·   e informado da  má  qualidade   San  Juan  de  Parlo  Rico, em   mente  conhecido  por  "Mardi
         preendente e progressiva  efici·   das  imagens  televisivas que   companhia  da  fragata  norue-  Gras" e  a guarnição da  "Álva-
         ência  das  equipas,  devido  ii   chegavam ~quera área da costa   guesa  ~Trondheim ",  tendo a   res  Cabral"  tomou  parte activa
         enorme capacidade de adapta·   <lIbanesa,  decidiu,  num  extra-  guarnição  sido  envolvida  em   nos  festejos,  participando  nos
         ç~o dos fuzileiros  e mergulha·   ordinário gesto  de  simpatia,   diversas  aclividades  sociais   desfiles,  na  coroação dos  reis
         dores  embarcados.  Essa  efici-  que  nessa  noite  a  área  de   promovidas  pela pequena  mas   do Carnaval e nos vários bailes
         ente articulação do  binómio   patrulha  da  fragata  portuguesa   lusitanissim"  comunidade  por-  que  tiveram  lugar  no  "Ovic
         navio/fuzileiros funciona  como   fosse  trocada  por outra, mais   tuguesa de Porto Rico.   (ente"""  da  cidade. No âmbito
         uma  peça  oleada e sem  ares-  próxima da  costa italiana, para   Terminada  a  estadia,  a   exclusivamente naval, O navio
         tas.  Aconteceu,  inclusivé,  que,   que a guarnição pudesse ver o   • Álvares  Cabral·  saíu  para  o   português  presenteou  os res-
         no meio de uma das frequentes   Benfica·Juventus.  Só  que,   mar,  juntando-se aos  restantes   tantes  navios  da  SNFL  com
         borrascas  que  sucedem  nesta   pouco depois do  primeiro golo   navios da  SNFL, para iniciarem   uma  festa  tipicamente  portu-
         área,  uma  destas  acções  levou   benfiquista,  ouviu-se  a voz  do   a preparação  conjunta  para  o   guesa,  que foi  baptizada como
         apenas  meia  hora, facto  que o   oficial  de quarto,  chamando o   ·Unified Spriti  9]~,  um  exercí-  ·Chouriço  Party", mas a habi-
         navio abordado agradeceu  por   pessoal  para  mais  uma  acção   cio que, em  Março, tentaria   tuai  recepção que em  cada
         ter perdido pouco tempo.   de abordagem.               retratar, da  maneira  mais  fiel,   porto é  oferecida  pela  Força,
           Quando a chuva pára, o mar   Passada essa  noite e recupe-  um  teatro de  guerra  no  qual   leve  lugar  a bordo  da  fragata
         acalma e a visibilidade aumen-  rado algum  ânimo  pela  vitória   participaria a SNFL.  Esta prepa-  alemã "Luebeck".
         ta. A vista da  montanha branca   benfiquista,  o navio  regressou   ração  inclufu  exercícios  de   No  dia  25  a Força  deixou  o
         do  upais  das  águias  H  ,  a  Al-  à sua anterior área de  patrulha   abordagem,  de  reabastecimen-  porto de Mobile, sendo surpre-
         bânia,  é  verdadeiramente  es-  na costa da Albânia.   to  no  mar, de  tiro  de artilharia   endida,  poucas  horas  depois,
         pectacular e faz  as  delicias  da                     de  100  mm  e diversas acções   por um  temporal  como até
         guarnição, atenuando os  efei-  (Co /aborolçJo  do  comando  do   tádicas.        então o navio não conhecera.
         tos  da  repetitividade  da  mis-  N.R.P.  ~Com.!nd,lnle 5dcddura Cabral·,   Esta  preparação operacional   No dia  28 os  navios fundea-
                                    em S de M.1fÇO de  /99J)
         são,  que  apenas  é  cortada                          foi  feita durante o trânsito  para   ram  ao largo  das  ilhas  Dry
         pelos  seus  treinos  diários de                       o porto  norte-americano de   T ortuga,  a QC5te de  Key  West,
         adestramento  e por ocasionais                         Mobile,  no  estado  do  Ala-  na  Florida,  aprovei tando-se
         reabastecimentos  por  helicóp-                        bama, e decorreu ao  largo das   para  levar  a  efeito  diversas
         tero.                        O  N.R,P.  "Álvares  Cabral"   Grandes  Antilhas, nomeada-  actividades de  confraterniza-
           No  dia  4 de Março o  navio   saíu  de  Lisboa  no  dia  8 de   mente Cuba, Haiti, República   ção entre as  guarnições, tendo
         teve  a  visita  inesperada  do   Janeiro, incorporou-se na  ST A-  Dominicana e Jamaica.  No dia   ainda  sido oferecida, pela  fra-
         comandante da Força  Naval da   NAVFORLANT  (SNFl) e esca-  1 B de  Fevereiro,  depois  de   gata  alemã,  uma  recepção aos
         UEO no Adriático, normalmen-  lou  a Base  Naval de  Roosevelt   entrar no golfo do México e já   oficiais imediatos dos navios.
         te  embarcado  no  navio  italia-  Roads,  em Porto  Rico,  onde   nas  proximidades  da  baía  de   No  dia  1 de Março  a Força
         no,  que  acedeu  ao  convi te   permaneceu  cerca  de  uma   Mobile, o  navio  acolheu  um   deixou  o fundeadouro  e nave-
         para  almoçar com  o coman-  semana. De  seguida,  a SNFL   grupo de estudantes  e profes-  gou para Fort Lauderdale, onde
         dante e oficiais  da  ~Sacadu ra   voltou  ao  mar  no  dia  5  de   sores,  acompanhados  por   chegou 00 dia seguinte.   1
         Cabral .... Durante o almoço, o   Fevereiro, para a realização de   alguns  oficiais da  Marinha
         jogo de futebol,  que na  véspe-  diversos exercícios, após os   Americana  na  reserva,  que   /CoIdboraçJo do  com,moo do N.R.P.
         ra  opusera o F.  C.  Porto e o A.   quais, os  navios se distribuiram   acompanharam  a aterragem  e   -,.(/vafeS Cdbral·,  em  5 de  M~'ço de
                                                                                            1993)
         C.  Milan,  surgiu  naturalmente   pelas diversas ilhas do arquipé-  a entrada do  navio no  porto de
         na  conversa. O  Almirante,   lago  das  Caraibas,  para  um   Mobile.
         compreendendo a tristeza  da   justo  repouso.  A fragata  portu-  A cidade estava  em  festa.





































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