Page 224 - Revista da Armada
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FORMACÃO DE CIVIS NO GRUPO N' 2 afluência de militares para cursos
DE ESCÕLAS DA ARMADA de actualização e treino por
acção da Flotilha, e de civis !XX"
acção de protocolos estabeleci-
A convite da Revista da Armada, o CMG Silva Serrano, dos em 1994 e 1995. As empre-
Comandante do G2EA, promoveu a elaboração deste artigo. sas civis que recorrem à for-
maçào na ELA (gráfico 2) são de
o âmbito da fOl'Tllação, as instituições são confrontadas com a diversos ramos de actividade,
necessidade de dar resposta ,'5 constantes evo!uções científi- destacando-se, nas industriais, as
Ncas, técnicas e tecnológicas que caracterizam os tempos actu- dos sectores mineiro, petrolífero,
ais, obrigando ii uma conjugação de esforços, de contactos e de qufmico e naval . e nas de
cooperação entre as várias entidades que possibilitem o aprofunckl- comércio e serviços, os grandes
menta do conhecimento e a rentabilização das suas potencialidades. espaços comerciais. Em 1994 foi
assinado um protocolo entre a Marinha e a Certitecna, Engenheiros
Consultores, Lda, segundo O qual esta empresa recorria à ELA para a
formação prática em combate a incêndios e, em contrapartida. os for-
madores da ElA, e pessoal de outras unidades da Marinha, frequen-
tavam cursos ministrados pela Certilecna na área da Higiene e
Segurança no Trabalho, Protecção Ambiental, Segurança Contra
Incêndios, Segurança na Construção Civil e Obras Públicas e Análise
de Riscos. Na vigência deste protocolo, fre:luentaram acções de for-
maçào na ELA 404 formandos a solicitação da Certitecna, CI1{luanto
23 oficiais e Sillb>entos da Marinha frequentaram os cursos ministrados
pela Certitecna, anterionnente identificados.
Em 1995 foi também assinado um protocolo com a Câmara
Grupo f'I' Z de Escol,)! d.! i\mWJ (ViSlJ Jffl>d parei,ll)
Municipal de Lisbo.l, em que o Regimento de 5.1paclores Bombeiros
A reconhecida qualidade da formação ministrada na Marinha, alia- de Lisboa (RSBL) passava a efectuar, na ELA, a fonnação prática de
da à saudável abertura ~ sociedade civil que tem vindo a ser demons-
trada, têm proporcionado uma apreciável procura, por parte de
organismos do Estado e de empresas públicas e privadas, de acções
de formação e treino nas nossas escolas, as quais têm sido possíveis
face às capacidades sobrantes que actualmente algumas delas apre-
sentam.
No Grupo N2 2 de Escolas da Armada (G2EA), a Escola de
Limitação de Avarias (ELA) e a Escola de Tecnologia de Educação e
Treino (ETE'D constituem exemplos marcantes deste tipo de relaciona-
mento e cooperação institucionais.
Criada em 1959 (1), a ELA viria a ser integrada no G2EA em 1961,
aquando da aiação deste grupo de escolas. Tendo por missão a for-
mação e treino de oficiais, sargentos e praças da Marinha na pre-
venção e combate a incêndios, em defesa NBQ, no combate a r0m-
bos e alagamentos, em técnicas de escoramento, salvamento e s0bre-
vivência no mar, a ELA alargou recentemente as suas acções de for- T.,..no prJctico de esroramenr05 (fL'J
mação às áreas de Socorri~ Elementar, Hisiene e Segurança 1'0 combate a incêndios, fonnação em escoramentos e na ârea NBQ,
T raballlo e Protecção Ambiental. contribuindo igualmente para a manutenção dos simul~ do par-
Além de ministrar formação aos militares, militarizados e civis da que de incêndios. Em contrapartida, os formadores da ELA, e pessoal
Marinha, a ELA fá-lo também a militares da Marinha dos PALOP, a de outras unidades da Marinha, frequentavam cursos de evacuação e
alunos finalistas da Escola Náutica e da Escola Superior de Polícia, a combate a incêndios em edifícios urbanos ministrados na Escola do
oficiais e tripulantes da Marinha rv\ercante, a oombeiros e a civis de RSBl. Desde a assinatura desde protocolo receberam fonnação na
diversas empresas. O número de formandos, militares e civis, que ELA 1044 bombeiros do RSBL, onde se integraram alguns elementos
anualmente recebem acções de formação e treino na ELA situa-se das Corporações de Bombeiros Municipais de Leiria, Coimbra, Braga
acima dos I.rês milhares (gráfico I ). O aumento do número de forman- e Setúbal. No mesmo periock> frequentaram cursos na Escola do RSBL
dos foi mais significativo a partir de 1994, em resultado de uma maior 36 sargentos da Marinha.
Além destes protocolos. nos quais tem um envolvimento directo e
NÚMERO DE FORMADOS POR ANO exclusivo, a ELA participa, juntamente com outros organismos da
Marinha, noutros protocolos, nomeadamente com a Fernave e o
Instituto Superior de Qualidade (150). Relacionado com o primeiro
desces protocolos, a ELA tem efectuado li formação de Il'lc1rinheiros da
Transtejo em Limitação de Avarias, onde são incluídas noções de
Higiene e Segurança no Trabalho, Protecção Ambiental e
Socorrismo. enquanto que no âmbito do segundo, o 150 efectua no
parque de incêndios os testes para a certiflcaçào de extintores. A ELA
mantém também um relacionamentô estreito com a Esso Portuguesa,
j empresa que, para além de efectuar a fonnação do seu pessoal na
.~ escola, colaborou activamente na recente construção do simulador"
1994 1995 1996 1997 de combate a incêndios em GPL (Gases de Petróleo Liquefeitos).
• O prestígio alcançado pela ELA nos meios civis está claramente
• MiliIOlrt'5 . Civis Tol.Jt
patenteado nos numerosos convites que lhe são dirigidos para pMtici-
GrJfico I par em certames nacionais sobre segurança, de que a SEGUREX, na
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