Page 274 - Revista da Armada
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voz da abita








           De  João  Orlando  Leal  de        «Gosto dos  passatempos,  em  especial   De  Abílio  Morgado  Martins ,
           Vasconcelos,  J .o_gr.  FZE:       das  palavras  cruzadas,  e  como  queria  l .o-gr.  FZ:
                                              contribuir  com  a  minha  quota-parte,
           «Angola,  19-4-72 .                junto envio um problema que se acha-  «Zaire,  17  de  Maio  de  1972.
           «É  com  enorme  prazer  e  orgulho   rem  que  vale  a  pena  publicar  muito   «Há, sim , até muito que contar! E isto,
           que  eu,  um  da  tão  grande  família   agradecia  ( ... ). »        resumindo  o  que  um  pequeno  mas
           da  Armada  e  assíduo  leitor  da  nossa                             .muito  significativo  grupo  de  homens
           Revista,  me  presto  a  dar  o  meu  pe-                             tem  feito  ao  longo  de  22  meses  de
                                              De  António  Veloso,  J .o-faroleiro,
           quenino  contribúto.                                                  espinhosa  comissão  em  Angola.  Afi-
                                              recebemos  a  seguinte  carta:
           «Tenho  dois  anos  e  meio  de  Mari-                                nal  do  que  se  trata?  Que  grupo  é   ~.
           nha  e  sou  fuzileiro  especial.  Estou                              esse?  Há  tantos  grupos  formados  e
                                              «Como  funcionário  civil  do  Ministé-
           integrado  num  D.F.E.,  prestando ser-                               tantas  comissões  que  se  fazem!
                                              rio  da  Marinha  - do  que  muito  me
           viço  na  grande  província  de  Angola.                              «( .. . )  O  grupo  de  que  vos  venho
                                              orgulho - ,  em  serviço  no  faro l  de
           «Cá  estamos  há  doze  meses  defen-                                 falar  é  a  «Equipa  de  Estudos  da
                                              Aveiro,  leio  sempre  com  muito  pra-
           dendo  o  bom  nome  de  Portugal  e  o                               C.F.  4»,  assim  designado  pelo  seu
                                              zer  a  «Revista  da  Armada».
           prestígio  da  Armada.  Antes  de  mais,                              guia.  Por onde começar? Talvez  pela
                                              «Apela  V.  para  que  sargentos,  pra-
           saliento  que  a  primeira  coisa  que                                sua  origem,  pela  sua  tão  difícil  for-
                                              ças  e  funcionários  civis  colaborem
           aprendemos  foi  a  união  dos  oitenta                               mação,  continuar  pelas  raízes  tão
                                              na nossa  Revista  com  narrativas,  ver-
           homens  de  que  se, compõe  o  desta-                                fortes  que  criou  e  acabar  nos  sabo-
                                              sos,  fotografias  e  desenhos.  Eu  que
           camento,  passando  a  actuar  como                                   rosos  frutos  que  já  deu  e  nos  que
                                              tenho  modesta  veia  para  versejar,
           num  bloco  uno  e  indestrutível,  desde                             ainda  tem  para  dar.
                                              resolvi  enviar  uns  versos  dedicados
           o  comandante à praça mais  moderna.                                  «Vou  tentar  resumir:
                                              ao  farol  de  Aveiro,  os  quais  V.  pu-
           «Passámos  a  utilizar  como  divisa  a
                                              blicará  se  assim  entender  ( ... ).»   QUERER  É  PODER  E  A  VON-
           bem  conhecida  frase  UM  POR  TO-
                                                                                    TADE  ABRE  O  CAMINHO
           DOS  E  TODOS  PP R  UM.               FAROL  DE  AVEIRO
           «A  grande  harmonia  existente  entre                                «Foi  ainda  na  Metrópole,  em  Junho
           nós  faz  que  formemos  uma  família   Ó  lindo  farol  da  barra    de  1970,  que,  após  obtida  autori-
           verdadeira  e  unida.                 Que  és  tão  lindo  e  altaneiro;   zação  do  respectivo  comandante,  o
           «( ... )  Nos  meses  que  nos  faltam   És  guia  dos  mareantes     imediato  da  Companhia  de  Fuzilei-
                                                                                             o
           para  regressar  à  Metrópole  faremos   E  sentinela  de  Aveiro.    ros  N.o  4,  2. -ten.  SE  Josué  Domin-
           o  que  estiver  ao  nosso  áIcance  para                             gos  Candeias,  em  reunião  com  o  seu
           deixar  esta  nossa  província  com  a   Com  os  teus  fachos  de  prata,   pessoal,  proferiu  esta  célebre  frase
           certeza  de  que  tudo  o  que  por  cá   Qual  estrela  rutilante,   e  pediu  voluntários  para  fazerem
           fizemos  foi  a  bem  de  Portugal.»   Tu  és  o  guia  da  noite     parte  de  uma  equipa  de  estudos  que
                                                 Para  todo  o  navegante!       tinha  em  vista  formar.
                                                                                 «Logo  que  a  C.F.  4  chegou  a  An-
                                                 E  quando  a  procela  aperta   gola - 19-7-1970 -, tratou aquele ofi-
           De  Manuel  José  Terra  Carneiro,    E  se  aproxima  o  perigo,     cial  de  reunir  os  voluntários  para  a
           I .o_gr.  FZ:                         São  teus  fachos  que  os  fazem   sua  equipa,  pedir  colaboradores  para
                                                 Procurar  porto  de  abrigo.    ministrar  as  aulas, distribuir  matérias,
           «Lungué,  29-5 -72.                                                   fazer  horários,  solicitar  a  aquisição
           «Foi  com  inteiro  agrado  que  vi  o   Se,  em  noites  de  tempestade,   de  livros  e  outro  material  didáctico,
           sonho  de  todos  nós  realizado;  todos   O  mar  ruge,  qual  leão,   etc.
           nós desejávamos uma revista só nossa .   És  tu , ó  farol  amigo,    ,« Iniciaram-se  imediatamente  as  au-  j. '
           «Desde o  primeiro  número que  a  leio   O  porto  de  salvação.     las,  com  um  grupo  aproximado  de
           do  princípio  ao  fim  e,  mesmo  encon-                             30 elementos, todos eles praças, tendo
           trando-me  no  Leste  de  Angola,  ou                                 em  vista  a  preparação  deste  pessoal
                                                 Por  isso,  ó  farol  amigo,
           melhor, nas Terras do Fim do Mundo ,                                  para  exame  ao  CICLO  PREPARA-
                                                 Continua  a  rutilar
           têm-me  chegado  todos  os  números,                                  TÓRIO das  escolas  secundárias.  Co-
                                                 Para  dares  vida  e  certeza
           os  quais  são  lidos  como  se  se  tra-                             meçaram  então  a  surgir  os  mais  es-
                                                 A  quem  anela  sobre  o  mar'
           tasse  de  uma  carta  da  família.                                   tranhos  e  insolúveis  problemas,  ori-
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