Page 417 - Revista da Armada
P. 417
COCHEIRO
H'ÊRCUlES
ANDRÓMEDA
ri
L IRA ~IEI'O ~
~
LUO
I SET U
VIRGEM
ORlONTftY
IS D[l. 15 ~'NÇ' ~
.......... 1;S'
C • • 'II . ~ .... h~' i .1.1.
CÁ;{::IOR CO RVO
ESCORPIÃO
C-
I Ali . "
CENTAURO
IIA.I . U -t C
CRUZEIRO
c •• " . Ui. , • •• • 1 . ..... 1 . .....
ii T .... · U .l1h ~, •• ,~J. õ. tt •••.
PercursodoaometadeHa11ey- desenhodeJuJietaeSilviaSaBlpaiD.
passámos a noite inteira em obser- judicado algumas vezes pelo luar, A HUMIDADE AO ENCONTRO
vação (. . .) o céu não parecia em excluindo, naturalmente, os as- DO COMETA
nada diferir do seu aspecto habi- pectos meteorológicos. Um bom
tual. Chega o dia e nada se mani- período para, com telescópios, bi- A ciência e a tecnologia moder-
festal O tennómetro e o barómetro n6culos ou mesmo à vista desar- nas permitem, a um ritmo impres-
nada indicam. de anonnal ( .. .) o dis- mada, passar o princípio da noite sionante, acumular conhecimen-
co do Sol não apresentava qual- ao ar livre. tos e esclarecer dúvidas em várias
quer indício do núcleo do cometa Depois da passagem no perié- áreas da cosmOlogia. Aceitamos
na sua frente, mas ele ainda não ti- tio (a 89 milhões de quilómetros do que há cerca de 15 milhões de anos
nha terminado a sua passagem. A Sol) em 9 de Fevereiro, o cometa o universo iniciou a sua formação
electricidade atmosfén'ca e o ma- passará para Oeste do Sol e será - construíram-se os milhões de
gnetismo terrestre não tinham observável de manhã. No entanto galáxias com milhares de milhões
apresentado qualquer variação. A ((vai baixando» no céu, pelo que se de estrelas e, provavelmente, mi-
nossa desilusão era completa! toma de difícil visibilidade no he- lhões e milhões de planetas. Acei-
Pois bem, o cometa de Halley misfério Norte, sendo então privi- tamos que há 4,5 mil milhões de
está aí de novo! Ao alcance dos legiados os observadores dalatitu- anos apareceu o nosso sistema so-
grandes telescópios desde 1982, de Sul. lar-uma grande bola no centro e,
ele vem aí mas ... cada ve2 mais ve-
lho! A cada passagem ele perde
matéria, essencialmente gases e,
por isso, o seu núcleo fica cada ve2
menos capaz de produzir o belo es-
pectâculo de uma cabeleira de de-
zenas de milhares de quilómetros
prolongada pela cauda de vários
milhões. A juntar a esta «debilida-
de» a menor distância do cometa à
Terra será da ordem dos 63 mi-
lhões de quilómetros, mais do do-
brode 1910!
Apesar disso, não percamos a
oportunidade de o observar, pois
muitos de nós esperamos por ele
em2061!
Em Dezembro e Janeiro tere-
•
mos, no hemisfério Norte, o melhor
período de observação apenas pre-
19