Page 383 - Revista da Armada
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Escorpião e que as suas coordenadas, hoje, coincidem algumas das caracterlstlcas catalogadas pelos astrólo-
com as de uma qualquer estrela desse agrupamento. gos em função da época de nascimento de cada um.
Se não nos esquecermos que a vida do nosso planeta possam vir a ser explicadas por via cientrfica, não pelos
é sempre condicionada pela energia solar, e recordar- signos, obviamente, mas, em grande parte, decerto,
mos que nesta época o Sol está, em cada dia, pouco pelas posições do Sol que, como se viu, estão relacio-
tempo à vista e sempre muito baixo, facilmente conclui- nadas com as constelações. Nesse contexto, poderemos
remos ser inevitável que a Intensidade da radiação a afirmar - em linguagem não astrológica, é evidente -
atingir o local onde vivemos e mesmo a filtragem intro- que nesta época, bem próxima do ano 2000, o mês de
duzida pela atmosfera, Influenciem de modo diferente, Dezembro está sob o domlnlo do Escorpião!
agora do que no Verão. por exemplo, não só o nosso
próprio organismo mas ainda os alimentos que ingeri- Máximo Ferreira,
mos. DaI, o não ser de excluir completamente que conferencista principal do OPCM
Vozd Ab
CARTAS AO OIRECTOR 30 contos por cabeça - a abarrotar financeiramente, a maior pane deles
de gente; vejo os meios de comuni- poderá, quandO muito, ser inc/urda
Dos nossos leitores e amigos cação social, em especial a televi- na mádia. Por seu turno, um mestre
recebemos a seguinte correspon- são, a Inventar concursos para de obras, um merceeiro, o dono de
dência: distribuir prámios chorudos, em uma sapataria, dum talho, etc., um
Do . Pezlnhos. , cabo M, Lisboa, dinheiro, automóveis, motos, etc. (ás comerciante de peixe ou de carne,
a carta que transcrevemos na vezes basta responder que o rei e isto para não fslar nos futebolistas
Integra: Lavrador era D. Dinis, para ganhar e outros que tais, sob o ponto de
mais que um reformado ganha num vista cultural e social situá-Ios-emos,
NÃO OÁ PARA ENTENDER. .. anal),· vejo a mesma coisa com as a uns na classe baixa, a outros na
Acostumado á mod6stia dos ven- várias marcas de sabões, de óleos, classe média, mas no aspecto finan-
cimentos dos militares, que passam de margarinas ... todos dão prámios, ceiro entram francamente na c/asse
a vida a contar os patacos para os em troca de pouco. alta.
esticar até ao fim do mês - por Afinal onde está a crise de Como não posso compreender
alguma razão chamam a esta profis- dinheiro, tão apregoada por alguns? isto, apenas posso falar pela vóz do
são a miséria dourada -, confesso Que há muita mlsária ... desem- povo, que dizem ser a de Deus, em
que me impressiona vivamente o prego... afirmam os pessimistas. relação aos oficiais generais e civis
que vai por este nosso querido Por- Pois á, digo eu, mas quando um equiparados. Se de facto pertencem
tugal que os optim(stas afirmam Ir amigo meu, de teres e haveres, A classe alta, devem ganhar o sufi-
muito bem e os pessimistas dizem á precisou de um pedreiro, um carpin- ciente para se aguentarem nela. Se
beira da rurna. teiro, um electricista, um canalizador não, como diz o povo na sua imensa
Sem tomar partido por qualquer ou um pintor para fazer uns biscatos sabedoria:
destas respeitáveis opiniões, limiter em casa, viu-se e desejou-se para o Senhoria sem comedoria é gaita
-me a observar o que se passa para, conseguir e pagou os olhos da cara. que não assobia ...
realmente, chegar á triste conclusão Onde está entAo o desemprego?
que não dá para entender, como E vamos agora a outro assunto o
muito bem dizem os nossos irmãos que tambám nAo dá para entender.
do lado de lá do At/ântico. Antigamente, havia na nossa socie- De António Fernando da Silva
Vejo milhares de portugueses dade três classes: clero, nobreza e Nova, ex-mar. C 128070. Póvoa de
irem passear ou gozar fárias no povo. Todos sabiam perfeitamente Varzim, uma carta de que trans-
estrangeiro gastando rios de dinheiro em qual delas eram inc/urdos. Agora crevemos:
em passagens, hotéis e extras; vejo 'tceita-se que continuam a existir (. .. ) O segundo motivo é o de
as estradas e as ruas de cidades, ainda três classes, mas com nomes fazer uma observação e uma suges-
vilas e, não tarda, as das aldeias diferentes: a classe alta, a mádia e tão a forma como á feita a comemo-
tambám, atafulhadas de carros; vejo a baixa. O que á diffcil á saber como ração do Dia da Marinha fora das
os restaurantes populares, já com havemos de incluir nelas as pessoas unidades. Na minha opinião n40 se
doses a rondar os _millO, completa- e em que bases. devIam limitar aos grandes centros
mente cheios; vejo espectáculos Por exemplo, um oficial superior, as cerimónias e visitas de unidades
carrssimos - _shows» de vedetas ou general, á ponto assente que, navais, mas sim efectuá-Ias também
nacionais e internacionais, jogos de pela sua cultura e n(vel social, deve nas localidades onde existam orga-
futebol, etc., alguns com entradas a ser Inc/urdo na c/asse alta, mas, nismos ou serviços da Marinha,
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