Page 175 - Revista da Armada
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GRUPO N,' 1
DE ESCOLAS DA ARMADA
J URAME NTO DE BANDEIRA
No dill 8 de Março. no Grupo 0.° ! de
Escolas da Armada (GIEA). Escola de Alu-
nos Marinheiros (EAM). realilOu-se a ceri-
mónia de Juramento de Bandeira dos recrutaS
da 4,· incorporação de \990.
Presidiu o superintendente dos Serviços
do Pessoal da Armada, VALM Canno Duro,
recebido li! entrada do G 1 EA pelo comandante
da Unidade CMG Ribeiro Reis. Assistiram
diversas entidades civis c militares, assim
como familiares dos 698 recrutas que jura-
ram bandeira.
A cerimónia iniciou-se com a imposição
de condecorações a diversos militares da
Armada, seguindo-se uma exonação aos
recrutas pelo comaooante da EAM, CFR
Marques de Sá. e a distribuição dos prémios
escolares (_Instrução Militar Básica., ao 2GR
Tcned6rio: _Aprumo MilitaI"'. ao 2GR Pica;
.. Aptidão física. , ao 2GR Nunes).
Os novos recrutas prestaram em seguida
o seu compromisso solene. ratificando o
Juramento de Bandeira. perante o Estandarte
NaciOnal. No rinal os recrutas entoaram o
Hino Nacional, acompanhados pela Banda da
Armada, o VAl.M CantlQ Duro e/JIrega iJ pr/mio .Inslru·
A cerimónia terminou com O desfile do rlliJ Miliwr Básim... (foto do r:abo fZE Jos~
batalhão escolar. Arcanjo) .
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ACADEMIA DE MARINHA Academia de Marinha. proferiu uma confe- que fez a apresentação da comunicação.
rênci3 subordinada 30 tftulo: O orador afirmou que quando estavam a ser
SESSÃO PLENÁRIA ~O PRJMEIRO NAVIO PORTUGUês QUE preparadas as cerimónias de inauguração do
ATRAVESSOU O CANAL DE SUEZ_ Canal de Suez, o governo ponuguês foi con-
Realizou·se no dia 13 de Março no audi- vidado para nelas panicipar. Foi escolhida,
tório da Academia uma sessão plenária, na A sessão foi presidida pelo CALM Ro- pal1l o efeito, a corveta .Eslephãnea~. mas
qual o CMO ESlácio dos Reis, membro da gério d'Oliveira, presidente da Academia. na viagem, um forte ~mporal que causou sé-
rios danos ao navio, fez com que este regres-
sasse a Lisboa, sem ter cumprido a missão.
Entretanto. o visconde de Bessone que
possufa uma empresa de navegação, decidiu
enviar a galera .Viajante- por aquela nova
rota. Este navio acabou por ser o nosso pri-
meiro a atravessar o Canal de Suez.
José Sabioo Alves. que era na altura o co-
mandante da referida galera. faleceu longos
an05 mais tarde e a Il()(fcia necrológica que
apareceu na revista O OcidMIt. de 3OdeJu-
nho de 1909. entre vários factos que relata-
vam a vida daquele olicial da Marinha
Mercante. informava que a "Viajanlc» tinha
chegado a Pon Said -00 próprio dia em que
se inaugurava a abenura do antigo istmo,
transformado em esplêndido canal.,
Esta flO(ícia levantou ao autor algumas dú-
vidas. pois o texto D~ Pon Said u Suez, que
Eça de Queiroz nos deixou nas suas NOUl.s
COfll~mpor{Jlleu.s, não refere o episódio.
Baseando-se em documentação existente
em arquivos franceses. o autor procurou pre-
cisar a data em que. de raclo, a .Viajanle-
IItrnvessoo O Canal. aproveitando II ocasião
parn. resumidamente. nos falar da atribula-
da história da construção deste grande em-
preendimento.
Após animado debate em que intervieram
3cadémicos e convidados. o almira.nte Rogé-
rio d'Oliveira encerrou a sessão com um elo-
gio ao ora.dor.
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