Page 284 - Revista da Armada
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NAVIOS ESTRANGEIROS
NO TEJO
No dia 5 de Junho, em visita de rotina, tOlalizava 1059 oficiais, sargentos e praças;
o navio cspanhol..catalufia., comandado pelo de 20 a 25 de Junho, o navio inglês HMS
CFR Aogel Taralla. com 222 oficiais, sar· .Binninghano, comandado pelo CFR Cass.
gentos e praças; no perfodo de 15 a 17 de com uma guarnição de 253 homens; de 27
Junho. o patrulheiro espanhol .. ServiOla., de Junho a I de Julho, o navio-escoJa
comandado pelo CTEN Torrente Sanchez, americano .. Eagle., comandado pelo CMG
com 37 oficiais. sargentos e praças; de 19 a O, V, Wood, com 192 oficiais, cadetes, sar-
25 de Junho. o submarino nuclear americano gentos e praças; de 4 a 8 de Julho, o navio
USS .. Hammcrl\ead... sob o comando do CFR italiano .. Minerva_, comandado pelo CFR
W. Canton, com uma guarnição de 135 ho- Giovannini Torresi, com uma guarnição de
mens; de 19 a 26 de Junho, em visita de 114 homens; de 16 a 20 de Julho, o navio-
rotina. a .. Stanavforlant., composta pelos -escola italiano .. Vespucci_, comandado pelo
navios HNLMS .. De Ruyte .... HMS .. Cha- CMG Mário Tumiati, com 242 homens de
tham~, HMCS .. Restigooche-, USS .. Pharris-. guarnição: no dia 27 de Julho escalou o Tejo.
FGS .. Schleswig Holstein_, comandados res- a fim de se reabastecer, o navio de ensaios
pectivamente pelos CMOs Simon is, Forbes. inglês .Rmas Neqton_, comandado pelo
CFRs O. Oakley, J. Davidson. O. May, e Sr. J. Hughes, com uma tripulação de 40
comandada pelo comodoro A. Van Gurp. homens .
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A MARINHA EM BRAGA O PRíNCIPE VOLTOU
o comando do Grupo n." 2 de Escolas do interior, como Braga, Viseu, Coimbra e Não foi numa manhã nebulosa e sombria,
da Armada levou a Braga a sua exposição outras tantas. E isto para melhor divulgação. mas sim numa manhã primaveril de sol
itinerante da Ane de Marinheiro. junto das gentes do interior, das potenciali- radiante, em 17..()6...91, que -o príncipe
Integrada na Larmóvel - 15.· Feira de dades da Marinha, sempre tão intimamente regente D. Joio>o. qual filho pródigo, regres-
Mobiliário, Decoração e Artigos para o Lar. ligada à História desta Nação velha de sou ao seu lar. o Hospital da Marinha (HM).
que decorreu de 15 a 23 de Junho - a Arte séculos. A história começou assim:
de Marinheiro. pela sua originalidade e per- Já decorreram quatro anos desde que, por
feiçiO. despertou real interesse em milhares iniciativa da Secretaria de Estado da Cultura,
de visitantes. inteiramente desconhecedores a bela eslátua do príncipe D. João (futuro rei
desses trabalhos valiosos que. numa antiga D. João VI) foi retirada do nicho que ocupava
tradição. continuam a ser cultivados pela no .hall,. da entrada principal do HM, mais
Marinha. conhecida por Sala do Prrncipe.
Um jornal local aludiu. expressamente, Esta excelente escultura do s&:ulo XIX.
ao .fatalismo das terras interiores_, como da autoria do escultor João José de Aguiar.
Braga. que vivem na ignorância de -aspectos foi uma das peças seleccionadas para repre·
interessantes de múltiplas activjdades da $Cntar Ponugal numa exposição sobre a arte
Marinha_. ponuguesa desse século, que decorreu em
Ocorre comentar que o . Oia da Mariohao, Paris no Museu do Pelit Palais, de 20 de
nonnalmente comemorado ao longo do nosso Outubro de 1987 a 3 de Janeiro de 1988.
litoral, seria de levar. algum dia. às cidades Asptao doI quadros apostos M Lorm6"tl. Estou pessoalmente convicto de que nos
representou dignamente.
Apenas uma contrariedade, O hospital
rlCOU mais empobrecido. e todos nós que aqui
trabalhamos ou OS que o visitam, sentimos a
sua falta, sobretudo ao encarar o nicho vazio,
mal disfarçado e mal encoberto por um painel
com o organigrama hospitalAr.
Houve quem pensasse que a estátua do
prfncipe teria sKio furtada ... E consta atI!' que
o prfncipe uria ~nviado um postal ilustrado,
algures de França, dirigido à direcção do
HM, mostrando satisfação pelas coiw belas
e locais aprazfveis por onde andara, mas já
muito saudoso e desejoso de regressar 90 seu
ninho e à Pátria lusa.
SaJienlo, para quem não saiba, que o prin-
cipc D. João, filho da rainha D. Maria I e
de D. Pedro m, foi o regente do Reino de
Portugal desde 1792 atI!' ao falecimento de sua
mãe.
Proclamado rei. D. João VI. reinou de
1816 a 1826, num dos períodos mais agilados
da história de Ponugal. a seguir às invasões
francesas. que o levaram a ex.ilar-sc no Brasil,
paIs que foi grandemente beneficiado com a
sua administraçio.
Ao príncipe regente D. João se r.lCOU
devendo a assinatura do alvará para edirlCa-
ção do Real HOSpital da Marinha. em 27 de
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