Page 193 - Revista da Armada
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COOPERACAO rECNICO-MILITAR
Quase 20 anos depois das suas independên-
cias e na linha da política de cooperação
técnico-militar definida a nível governamen-
tal, começam a aparecer os primeiros resulta-
dos das acções planeadas com os PALOP.
Mas, mais significativo que os encorajado-
res resultados já alcançados, será o entusias-
mo com que formadores e formandos se têm
envolvido no trabalho, numa clara demons-
tração de afinidades e de compreensões. A$p«/od<!;1ha dt S. JCt5I do GI::.aIlS",CUjaS dglU/5 ii s40 ptrrorridas ,ror 00t15 dos luzi/ti-
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Por isso, há que acreditar que nenhuma
des da mais alta hierarquia militar angolana, do Encarregado de
vicissitude pontual, nem tão pouco as difi-
Negócios e do Adido de Defesa de Portugal, além de familiares
culdades de um longo percurso conjunta- dos alunos e muito público_
mente vivido durante quase 5 séculos, A formação e a consequente integração de Fuzileiros no siste-
podem contrariar a profunda relação senti- ma de forças de Angola foi aprovada ainda na vigência da CCFA,
mental que existe entre todos os que falam a a Comissão Conjunta para a Formação das Forças Armadas
Angolanas, que fora criada na sequência dos Acordos de Bicesse,
língua portuguesa, como tem sido verificado assinados em Maio de 1991.
pela cooperação técnico-militar portuguesa. O primeiro passo desse plano de formação aconteceu no
Verào de 1993, quando a Escola de Fuzileiros preparou em
Vale de Zebro um primeiro grupo de 30 fuzileiros angolanos.
ANGOLA O segundo passo foi dado agora, através de um curso dirigido
pelo CFR FZ Pires Carmona e uma equipa de assessores portu·
FORMAÇÃO Df FUZILEIROS gueses, que contou com a colaboração de alguns oficiais ango--
lanos, que em 1993 tinham frequentado o curso em Vale de
Na belíssima ilha de S. José do Cazanga, no Mussulo, perto da Zebro.
cidade de Luanda, terminou o primeiro Curso de Fuzileiros da O êxito deste curso assentou no entusiasmo de formadores e
Marinha Angolana. fom\andos, e na fom\a como foram ultrapassadas dificuldades e
Na cerimónia de imposição de boinas, realizada no dia 26 de limitações de toda a ordem, que permitiram montar, organizar e
Março, os 135 novos fuzilei ros que lograram vencer as intensas pôr em funcionamento a nova Escola de Fuzileiros da Marinha de
dificuldades de um curso de 17 semanas. receberam das mãos Angola.
das entidades presentes a almejada boina azul-ferrete com A cooperação da nossa Marinha neste projecto que, para ter
âncora. profundidade e sustentação terá de caminhar em paralelo com
A cerimónia foi presidida pelo CEMGFA de Angola, General oulros projectos de âmbito naval, já em desenvolvimento, prevê a
João de Matos, tendo registado a presença do CEMA da Marinha organização da Força de Fuzileiros Navais e a preparação das
Angolana, Almirante Gaspar dos Santos Rufino, de outras entida- suas Unidades Operacionais.
Os dmlllllOlS do DtstllClllIItI,to di ItrStrutorts Fu:i/erros Portugll.tSt!, posamlo jl/n/o
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