Page 22 - Revista da Armada
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académica e civilista, como é frequentado por 4 cadetes da
a Universidade. Reserva Naval, não foi inicia-
do qualquer outro curso com
Nesse contexto, enlre 1958 essa designação. Os novos
e 1974, ioram organizados 25 regimes de prestação do servi-
cursos de íormação de oficiais ço militar conduziram, natu-
da Reserva Naval (CFORN), ralmente, ao "'desaparecimen-
que iormaram 1712 oficiais da to" daquele tipo de formação,
Reserva Naval.
Depois de em 1975 n~o se Quase 37 anos depois da
ter realizado qualquer curso sua criaçào, e quando o país
da Reserva Naval, a partir de é, geográfica, política, econó-
1976 esses cursos foram reto- mica e socia lmente, mui to
mados e naturalmente adapta- - diferente do que existia em
dos às novas necessidades e 1957, a generalidade dos ofi-
missões da Marinha. Nomi- À Marmha de ho;e ~ bem diierenle daque/d q~ os oflCiillS d.l Reserva Nd~'iJ1 conhe- ciais da Reserva Naval conti- •
nalmente íoram muitos mais cer.Jm ~ semrdm. Ê d l6giu do rempo: ootrDS n.ll·ios ~ OOlras lecn%siil5, atllras nua emocionalmente ligada à
cursos, por vezes 4 por ano, miS5Óf!S e OUtras" respor!Qbilidddes. POtêm, perm;l11t'Ct'I7I os vaJo,rs e ilS trJdiçOe$, Marinha, como símbolo de um
como simbolos de UmiI CNgulhosa e centenária IlefdrIÇd, em que subsiste, ~iva,
embora tivessem sido frequen- sábíd e sempre dCtud/, .J OrdenilfIÇa do Serviço Nd~dl! tempo irrepetível de boas
tados por grupos menos recordações. •
numerosos de cadetes. ioram incorporados, por razões nos dos cursos de pi lotagem A Mari nha recorda-os tam-
Até 199 1 realiza ram-se de economicidade, outros for- da Escola Náutica no cumpri- bém, como uma das suas boas
mais 41 cursos de preparaçào ma ndos, nomeada mente, os mento do seu serviço militar, memórias e como um prolon-
de oficiais da Reserva Naval, médicos que por concurso e outros. gamento da sua cultura e dos
em que foram prepa rados ingressaram no Quadro Após a realização do &6 11 seus va lores específicos no
1052 oficiais, entre os quais Permanente da Marinha, alu- ( FORN, realizado em 1991 e seio da nossa sociedade_ .t.
o CLUSE MILITAR NAVAL E A RESERVA NAVAL
o centenário Clube Militar Naval é, ~em sócios: os sócios correspol/dentes e os sócios
dúvida, um dos mais expressivos e prestigia- /IOIlOrlÍrios. Em ambas as hipóteses, a conces-
dos ex-libris da Marinha, nele convivendo, são dessa qualidade é feita na base de seroi-
de forma salutarmente democrática, os ofici- ços prestados à associaçiio 011 à Mari"ha,
ais e cadetes da Anil/Ida, ql/e /Ir!jam abrafodo dependendo a sua aprovação da vontade da
o correiro militar "oval como profissiío, Assembleia Geral, isto é, da rell"iiio de sócios
independen temente de gerações, hierar- em efectividade.
quias, mentalidades, concepções, credos,
experiências e interesses. Muitos dos sócios do CMN, que com tanto
Embora o CMN tenha por fim fazer con- orgulho conviveram e que, tantas vezes, tive-
vergir os esforços colectivos dos associodos ram O inestimável companheirismo dos ofici-
pom que o corpomçiio (lo Armodo s;roo com ais da Reserva Naval para levar a bom lermo
obuegoçiío, zelo e denodo o sel/ pais, assim as suas laboriosas fadigos, não têm mantido
como buscnr qllOlltO em si cOlluer pom qlle se o necessário empenhamento no que respeita
lonte con//ecido o sell préstimo, procl/mndo à possibilidade da sua aceitação como sócios
qlle o Morin/Ir! seja allimada e favorecida em doCMN.
sI/as laboriosos fadigas, o facto é que, para muitos dos seus Se muitos de nós abraçámos a Marinha por vocação e como
associados, sobretudo os que estão na Reserva ou na Reforma, profissão, a esmagadora maioria deles, embora transitoria-
o CMN é a expressão emocional de um tempo de intensa pai- mente, abraçou-a com devoção e com paixão. Eles comanda-
xão marinheira, de convívio inesquecível e de memórias irre-- ram navios e unidades de fuzileiros; partilha.ram connosco as
petíveis, que só a Marinha pôde proporcionar. longínquas paragens do Niassa, a solidão do Lungué-Bungo e
Os oficiais da Reserva Naval não estiveram ausentes dessa as perigosas bolanhas da Guiné; ensinaram nas nossas escolas
convergência de esforços, tendo prestado um notável contri- e estiveram na ponte dos navios; tiveram responsabilidades
buto para que a Marinha servisse o país, COIII abllegação, zelo administrativas e clínicas; dirigiram oficinas e prepardram
e deI/ado, sobretudo entre 1960 e 1975. estudos; combateram nas matas e nos rios.
Da dedicação e da generosidade com que serviram a Com a nossa farda. Com o nosso espírito. Com o nosso entu-
Marinha, e do companheirismo e da competência com que siasmo.
ombrearam com os seus camaradas q//e aurnçaram a correira A Marinha influenciou as suas vidas e a sua cultura, e, mui-
das anilas, ficaram marcas e memórias profundas, dispersas tas vezes, eles fazem questão de associar os seus êxitos profis-
por navios, escolas, bases, quartéis, matas e rios, por vezes sionais, políticos ou empresariais, àquilo a que, com orgulho,
localizados em longínquas paragens. chamam "a marca da Marinha".
Por isso, O CMN ê para eles, também, a expressão emocional Quaisquer que tenham sido as circunstâncias ou o local em
de um tempo de intensa paixão marinheira, de convívio ines- que connosco estiveram, eles souberam usar a nossa fa.rda do
quecível e de memórias irrepetíveis, que só a Marinha pôde botão de âncora, e, hoje como antes, continuam orgulhosos
proporcionar. desse tempo e certamente disponíveis para procurar que a
Porém, a centenária tradição tem-se mantido, só podendo Marill/la seja III/imada e favorecida em sr/as laboriosas fodigas.
ser sócios efectivos do CMN os oficiais e cadetes da Annada Chegou a hora dos sócios abrirem as portas do nosso CMN
que hajam abraçado a carreira militar naval como profissão. aos oficiais da Reserva Naval.
No entanto, além dos sócios efectivos, o Regulamento A. B. Rodrigrle5 da Costa
Interno do CMN contempla ainda duas outras categorias de (SOCio 11' 634 do CMN)