Page 7 - Revista da Armada
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Mensagem de Ano Novo
do Chefe do Estado-Maior da Armada
irijo-me a vós, mu- o planeamento de forças,
lheres e homens da onde persistiremos na sen-
D Marinha, neste iní- sibilização para a oportu-
cio do ano, para vos enviar nidade de pertinência das
u ma cu rta mensagem de nossas propostas, tendo
reflexão sobre o que juntos como objectivo um sistema
realizámos no ano fi ndo e de forças que reflita a nossa
de perspectivação relativa- condição marítima face aos
mente ao que, com maior cenários que se perfilam no
probabilidade, se nos irá início do novo século.
deparar em 1996. A gestão, cada vez mais
Orgulhemo-nos, em pri- realista, criteriosa e aperta-
meiro lugar, por virmos da, dos recursos financeiros
assegura ndo há 8 meses, e humanos que a Nação
com pleno êxito. o nosso haja por bem atribuir, os
primeiro comando da STA- quais, não nos iludamos,
NA VFORLANT numa oper- serão menores que os que
ação real no Adriático. Este gostaríamos de dispor para
resultado final, não o es- podermos cumprir mais e
queçamos, s6 loi possível melhor missões.
após muitos e longos esfor- O planeamento rigoroso e
ços de todos os sectores da dinâmico das prioridades
Marinha. O enorme desafio de todas as inúmeras
pluridisciplinar do domínio acções de manutenção,
das novas tecnologias, das quer de na vias quer de
novaS armas, sensores e infraestruturas, estará no
helicópteros, consubstancia- centro das nossas atenções,
do nas fragatas "Vasco da já que uma atitude casuísti-
Gama" - hoje navios-chefe ca é sempre geradora de
daquela força multinacio- desperdícios dos escassos
nal ., foi vencido. mas valiosos recursos
Ao mesmo tempo, estive- envolvidos.
mos presentes em todos os O funcionamento do sis-
novos países de expressão tema de autoridade maríti-
oficial portuguesa, através ma e a busca de um novo
duma discreta mas eficiente quadro normativo que,
cooperação técnico-militar que, abrangendo os mais diversos alento os interesses económicos do Estado, conceda um me-
sectores, vai auxiliando a construir as novas Marinhas irmãs lhor aproveitamento dos recursos disponíveis_
e contribuindo para o desenvolvimento dessas nações. O envoh'imento no esforço colectivo nacional. tendente à
Cumpridas foram, igualmente, a generalidade das missões realização das actividades culturais divulgadoras do nosso
atribuídas. Das do ãmbito da salvaguarda da vida humana vaslo património histórico-naval e realizar no próximo
no mar e do exercido da autoridade marítima do Estado, às biénio e, bem assim, da sustentação dos diversos organismos
de cariz científico e cultural, em todas nos empenhámos e, de acção cultural, sem colidir gravosa mente com os meios
com não abundantes recursos, soubemos ultrapassar muitas necessários às missões prioritárias da Marinha, merecerá
dificuldades, soubemos reagir ao infortúnio de uma invulgar todo o carinho e apoio.
concentraçào de sinistros envolvendo unidades navais.
Mantêm-se para o futuro, na linha das nossas principais Mulheres e Homens da Marinha!
pr~ocupações, algumas áreas que me cumpre destacar.
A formação marinheira e profissional e 11 respectiva certifi· Na instransigente obediência aos nossos seculares padrões
cação no mundo civil dedicaremos um esforço constante, já morais, exorto-vos a um forte, coeso e dedicado empe-
que é no Homem que teremos o nosso futuro e é ele que pre- nhamento - estamos a bordo do mesmo navio - nas tarefas
cisamos de cativar e incentivar para que a gloriosa tradição que nos aguardam no ano que ora se inicia.
do mar· futuro da humanidade - continue viva na nossa
gente. Bom-ano! II
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