Page 187 - Revista da Armada
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• E missões de serviço público, exercendo a autoridade do Poro além das missões que, 110 âmbito da política extema do
Estado nas águas de soberania e de jurisdição ou responsa· Estado, IIOS forem determilladas. a visibilidade da Marinha a nível
bilidade nacional, assegurando actividades no ãmbito do internacional está assegurada pela actllal participação de 1111111 fra-
salvamento marítimo, da vigilância e da fiscalização, da gata da ctasse nVasco da Cama" lia STANAVFORlANT - força
balizagem e da farol agem, do combate à poluição, da naval permanel/te da NATO IIOTa o Atlântico - bem como II
oceanografia e da hidrografia, da investigação científica no ossllllçâo do comando, ainda 110 corrente 0110, do força europeia
mar e da segurança da navegação, colaborando ainda com cOllstifllÍda COIII as Marillhas Francesa. Italiana t Espalll/Ota - a
as autoridades civis no apoio às populações. EUROMARFOR.
Manter i'hY1 a Marilllm sigllifica lambim estimular o espírito Por outro lodo, o cOl/lDl/do da STANAVFORLANT, a exercer
da maritimidade, traço de UI/ião da /lossa idelltidade 'Iaciol/a/. 1I0tla/tlmte por Uni COl/tra-Almirol/te Porfl/guis em 2001 ta
Neste :;el/tido. COl/tilll/ard a Marj,,11D empelllwda em dilm/gar o dispol/ibili:ação de ullla fragata Portuguesa a todo o tempo.
t'a/ioso aetroo histôrico de que lherdeira, da/ldo a cOllhrcer OS duraute dcr..e meses, repres/fltam compromissos que não deixarão de
feitos dos I/OSSOS al/tepassados e contribuindo. tallto quanto pes' St'T hOllrados ptla Marin/m, estaI/do já a decorrer, JX1TD esse efeito,
sÍL'fI, para honrar a sua memória. as acções de prt'fX1ração dos meios III/mal/OS e materiais a empelllmr.
Ao mesmo tempo. continuará, como incentivo para Mas, para manter viva a Marinha, que existe unicamente
todos, a partilhar com a sociedade os conhecimentos técni· para servir Portugal, será indispensável dotá-Ia continua-
cos e científicos que detém, enquanto instituição tradi- damenle e de forma estabilizada, com os necessários recur-
cionalmente virada para a investigação do mar e para ou- sos, nomeadamente os financeiros, uma vez que a com-
tras áreas do saber que lhe são inerentes. plexidade dos meios navais a impede de crescer por mobi·
Aiuda JX1rfl I1UlIItmnos vim a Mnrill/Ill, ptrSt'guimos o objectivo lização. A sua retracção temporá.ria não pode ser sequer
dr digllificar todos aqueles ql/e tsColI,ual1l as suas fiteiras para, equacionada por ser demasiado longo o período de tempo
atrm>is dela. seroirem Portllgal. No domíllio da fonl111ção, enda vt: necessário para a sua posterior reconfiguração.
mais exigmte, i meta já parcialmel/te alcal/çada a urtificação de Aos desafios que oldrora se cofocarem à Morin/lU, el/qual/to
Imbi/itações q/le melllOr pt'Tlllita o acesso ao merendo de trabalho dos motor do expal/são marítima, cOlltrapãem-st agora outros, lião
que segl/em a vida lIaml em rt'gime de cOl/lrato. A reforçada aproxi· mel/os iII/portantes, /111m MUlldo em que as all/eaças bem ide/ltifi-
mação dos estabelecimentos de el/sino superior COIII as universi- cadas. deram lI/gar ã proliferação de cOl/flitos e a U/1/ ambiente de
dades do País é também uma realidade que em muito COllcorre para imeguTallça ã escala ptol/etária. COllflitos que podem ec/odir
a dignificação dos mais elevados I/ÍL'fis de fonllação académica. subitamente e descI/volver-se COllluma grande rapidez. UII/a rapi-
A presença da Marinha por todo o Ijtoral do Continente dez ;'Icollciliável com a morosa formação de uma Marinha.
e das Ilhas, tem configurado igualmente uma tradição de Em face da tIVtlUação estratigica já efectuada em sede própria,
eficácia, que muito tem contribuído para o excelente entro- creio ser impe/lsdrel outra opçdo q/lt lião seja IJ de Portugal dis·
samento da Marinha com as populações ribeirinhas, em por, em permallincia, de 11m poder Ilat'tl/ minimamellte credÍl'fl,
especial com as comunidades de profissões ligadas ao mar quc contribua efica:melllt para a protecção dos interesses
e, tam~ém, com aquelas que o usam para navegações de /laciOl/ais. quer I/a ârea do sell território arquipelágico, quer
lazer. E uma á.rea onde gostariamos de ver melhoradas as I/ol/tros espaçO!' mais longínquos. De uma Morin/Ia IISf1l1do OS
infra·estruturas e os meios operativos, umas e outros IIIt'Smos mares de sempre, carregados de illcertrdls e de adl'frsi·
atingidos pela redução dos orçamentos militares, apesar de dades, que lhe COI/ferem lili/a especialidade que lhe e exc/usiVll t
se inserirem numa área de puro interesse público - O que ao mesmo tempo, é el/riqul!ccdora do sistema complexo da
Sistema da Autoridade Marítima. Refiro-me aos defesa lIaciOl/al que integra os Irt'is Ramos das Forças Armadas.
Departamentos Marítimos, às Capitanias e seus órgãos de Na época actual em que "gerir a iI/certeza" constituirá um dos
apoio de t~o longa e respeitada tradição e ainda de tanto principni:: drsafios que se colocam às orgalli:nções em geral, a
potencial futuro, como demonstram também vários exem- MarillllD tem cOllsegltido idelltificar as soluções que se afiguram
plos bem sucedidos noutros países. Il111is adl.'quadas. ~
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