Page 32 - Revista da Armada
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o COllfl/(III/" USS ~Miss"lIri . [um/nu/o no
TI'i" 1[11/0' RA . - Rui SIIIIII}. NAVIOS DE GUERRA
ESTRANGEIROS
Em Novembro findo. apartaram ao ra da Coreia. em 1950. Em 26-2-56 foi
Tejo. em visitas de rotina. o porta-aviões abnlido ao serviço e, posteriormente,
britânico J-IMS «Ark Royal». o eouraça- transformado em monumento nacional.
do norte-americano USS «Missouri» e o sendo visitado anualmente por uma me:-
drag,l-minas belga «Astcr». comandados dia de 180 mil pessoas. Recuperado e
pelos capilães-de-m'lT-e-guerra J. Weat- actu.t1izado com armas modernas e meios
herall e J. Cnrney e primeiro-tenente Hel- ae:reos. reentrou reeentemente ao serviço
lemans. respectivamente. Tinham. na to- da Armada norte-americana.
taJid'lde. 2786 oficiais. sargentos e praças Tambe:m o portado Funchal foi visita-
de guarnição. do. em Outubro passado. pelos navio-hi-
O ",Missam!". onde vinha embarc'Ldo drográfico hol,mdês «Tydeman» c navio-
o vice-almirante Schotlltz. e: um antigo -oceanográfico francês «O'Entrecas-
eour,Lçado lançado 11 águ,L em 1944 e que treaux". os quais eram comandados res-
participou. no Pacífico. na última Guerra pectivamente pelos capitães-de-fragata
Mundial. Foi no seu conve:s que. em 2-9- Van I-Icngel e Vegnante. As suas guarni~
-45. na bala de Tóquio. foi assinada a ren- ções eram compostas. na totalidade, por
diçiio japonesa. Participou ainda na guer- 139 oficiais, sargentos c praças.
AQUILO QUE A GENTE NÃO ESQUECE (20)
Por ali não passou marinheiro português!
mar Mediterrâneo t inha~o eu cruzado por duas ve- comparáveis que estâo na mira de quem pode disfrulá·
zes. Uma aquando do término da volta ao Mundo los. Por ele são banhadas terras dos mais díspares e maio~
O no navio-escola «Sagres» e oulra no paquete res contrastes possíveis. Por ele são banhadas ilhas para~
«Funchal». em cruzeiro or~an izado pelo Automóvel Clu- disíacas como Ibiza, Palma, Córsega. Sardenha, Sicília,
be de POrlugaL No último Vcrüo. uma nova oportunida- Creta. Malta e Chipre , as duas últimas constilUindo esta~
de se me ofereceu quando. a bordo do N/M «Dmitriy dos independentes. Daí que, embora não sendo fáci l. em
Shostakovich», e a convite da Agência Abreu, tomei par- especial pelo que toca ao aspecto económico, um cruzeiro
te no designado Grande Cruzeiro aos Três Continentes. pelo Mediterrâneo constitua uma das grandes aspirações
Argel, Heraklion, Izmir, Odessa, Istambul, Pireu, Nápo- de muitos monais.
les e Tânger foram os portos de escala que permitiriam Por mim, não posso queixar-me da fa lta de felizes
um desbravar de lerras encantadas nas costas da A rgélia, oportunidades que, removidos alguns empecilhos, tenho
Creta. Turquia, Rússia, Grécia, Itália e Marrocos. Cen- podido aproveitar. O cruzeiro aos três continentes teve a
tro e palco das grandes civilizações, o Mediterrâneo foi, particularidade de propo rcionar contactos com povos de
e será, um mar de encanto, um mar de sonho. Navegado contrastes bem nagrantes.
outrora por fenícios, egípcios, gregos, romanos e tantos Assim, na costa norte do Mediterrâneo, o fe rvilhar de
outros povos. ele é agora o mar idílico dos cruzeiros in- povos ricos e de índole religiosa cristã católica numa per-
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