Page 33 - Revista da Armada
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AIt>mlS-o rt>m/adll gUllrdlll10 Plllácio Prt>sidt>flcilll.
centagem de noventa e cinco por cento. A sul, países po-
Odt>ssa- Uma visllldoporlo
bres e a mesma percentagem religiosa de cariz diferente,
o islamismo. A ocidente. uma sociedade aberta e folgazã.
A leste, uma população soturna e fechada. Por isso é que, de regresso a Lisboa, deixando atrás,
Mas, num e noutro lado, uma ausência notória: o ras- lá ao longe, ° mar Negro, o Bósforo, o mar de Mármara ,
to lusíada. os Dardanelos, o mar Egeu, o mar Jónio, o Tirreno, em
Outro mar se navegasse, Atlântico, Pacifico ou Índi- que se misturam as águas do Mediterrâneo, alguém que
co, e as suas á~uas. e as suas costas, das Âfricas ou das percebe de letras e de história me dizia: estas nunca foram
Américas. das Indias ou dos Brasis, falariam , a cada pas- as nossas águas: são fechadas. são limitadas. Depois. ali-
so, da nossa presença. Na fé e nos costumes, no linguajar mentando conversa que eu puxava , comentando terras e
e no sentir, nas fortalezas ecastelos, lá está a nossa marca. gentes que aquelas águas banham, terminou em desaba-
Ali no Mediterrâneo, apenas uma Ceuta sombria e tí- fo: bem se vê que não andou por ali marinheiro portu-
mida, apenas uma Tânger preguiçosa e calma nos atiram guês.
com o ressoar longínquo da voz de D. Sebasti,10 que um
pouco mais além se esconde na penumbra de Alcácer Delmar Barreiros,
Quibir. capeMo grlllhllldo em cap. Irag.
ISlambul-A mesquita Do/mabahcht>. jmuo ao Bós/oro, mlllla/roilede luar.