Page 257 - Revista da Armada
P. 257

a Nota de Abertura








                                          Grupo n?  1



            de Escolas da Armada (G1EA)*





           M         uito temos dito acerca desta grande
                     unidade da Armada, nomeadamen-
                     te no n~ 57/Junho 1976, onde se fez
           a  síntese  da  sua  história  e  no  n. o
           113IFevereiro 1981, onde se descreveu o seu
           funcionamento.
               Voltamos  hoje  a  falar  nela,  desta  vez
           apenas  para  fazer  algumas  considerações
           sugeridas pela análise da fotografia que publi-
           camos na capa e  para a  qual chamamos a
           atenção do leitor.
               O  G1EA.  a  maior  unidade  militar  da
           Marinha e do Pais,  com uma população que
           anda  pelos  2500  homens,  entre  oficiais,       pelos  desportos  náuticos,  tão  salutares  e
           sargentos  e  praças.  estende-se por  uma  já    adequados ao desenvolvimento tisico e men-
           acanhada área.  a  Oeste de Vila Franca de        tal dos jovens e, em especial, dos marinheiros.
           Xira, entre a margem norte do Tejo e a antiga         E a cidade de Vila Franca de Xira, certa-
           estrada nacional Lisboa-Porto (note-se que o      mente  muito interessada  também  no  caso,
           bairro de casas,  ao  fundo  e  à  esquerda  na   respiraria  aliviada  daquele pesadelo da via
           fotografia.  não faz  parte dele e fica do outro   férrea, que impede os habitantes de gozar as
           lado da citada estrada).                          delícias do rio e provoca um autentico pande-
               Mas, e que grande mas este, salta à vista     mónio no  trânsito interno, com os prejuizos
           que aquela linha de caminho de ferro que o        que dai advêm,
           ladeia pelo sul,  o separa completamente do           Não será possivel transformar este sonho
           rio.  Podem dizer que ela já existia quando a     em realidade? As populações ribeirinhas têm
           Escola de Mecânicos, que foi  o embrião do        o direito de conseguir acesso ao rio e ctisfrutar
           G1EA,  ali  se  instalou,  É  verdade.  Mas,      de todos os seus encantos e por isso esta via
           também é  verdade que  não  há nada nesta         férrea, tal como a do Estoril, tem que mudar
           vida  que  não  tenha  remédio  (a  não  ser  a   a  sua rota actual de modo a  que o lendário
           morte ... ) e, no caso presente, nem parece ser   Rio  Tejo,  transforme  a  sua  margem  norte
           assim tão dificil. Bastava desviar a via férrea   naquilo que, turisticamente, pode e deve vir
           para norte da auto-estrada, fazendo-a correr      a ser.
           pelo sopé dos montes existentes.
               Se isso se viesse a  concretizar o GIEA
           ficaria  a  dar directamente para o rio, o que
           permitiria  construir  cais  para  atracarem
           navios para instrução, ao vivo, dos alunos das
           várias escolas, e hangares para embarcações        • -  Os matmhem:ls,  com o sentido de humor que os Cémlcr.eIÚB,
           de remo e  à  vela  para incrementar o gosto      acê nas horas amargas. chamanHhe a VaI..   Ld  cU l.afrl.I.



                                                                                                             3
   252   253   254   255   256   257   258   259   260   261   262