Page 271 - Revista da Armada
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Estão em curso, na capital da Catalunha, os
             jogos da xxv Olimpíada e, mais uma vez, se
            espera da delegação portuguesa um
             comportamento positivo e, se possível, a
             conquista de mais alguma medalha olímpica,
             para acrescentar  às 13 que já trouxemos para
             Portugal, nas 9 edições em que até agora
             havíamos participado.
             Em Barcelona, não há marinheiros portugueses
             nas pistas, nas piscinas, nem nos estádios. Mas
            se tal acontecesse, não era inédito.

                 s  imagens dos Jogos Ollmpicos de Barcelona "invadem as
                 nossas ca~s~ e estão, naturalmente, ti despertar o interesse.
            Ao entusiasmo e até as emoções dos povos de todo o Mundo.
            Na realidade, quer o aspecto puramente desportivo, quer o
            conjunto de  actividades complementares que os envolvem,
            tornaram-se no mais importante acontecimento mediático dos
            tempos modernos, pelo que, até 9 de Agosto. haverá por lodo o
            planeta milhões de pessoas amarradas aos televisores, vivendo a
            espectacularidade daquela grande festa do desporto ou sonhando
            apenas com os feitos dos seus allelas, tornados verdadeiros
            srmbolos nacionais.
            Temos bem presentes as noites de euforia nacional proporcionadas
            pela vitória de Carlos Lopes em  Los Angeles (1984) e pejo sucesso
            de Rosa Mota em Secul (1988), de resto, os únicos campeões
            olímpicos que alguma vez  tivemos.

            Mas os Jogos OHmpicos  não são apenas uma singular consagr<Jção
            de campeões à escala universal, que quadrienalmente se
            realizam desde  1896.
            Num pequeno país como Portugal, ii simples participação
            olímpica de qu.1lquer alleta  já  representa  uma compensação para
            os muitos anos de trabalho e treino, árduos e anónimos, e atesta
            sempre a consagração de desportistas de eleição.
            Essa participação, que se enquadra necessariamente nos grandes
            objectivos do movimento oHmpico, de ~promover o
            desenvolvimento das qualidades físicas e morais", que são
            basilares no desporto e um contributo para a construção de um
            mundo melhor e mais pacifico, tem, no Comité Olímpico
            Português e nos seus dirigentes, os seus (iéis garantes.
            Atletas de élite e dirigentes de prestigio, são, consequentemente,
            os elementos indispensáveis à regular realização da grande (esta
            olímpica.

            Como sempre sucede  nestas ocasiões, a generalidade da
            Comunicação Social tem divulgado, através de muitas iniciativas
            editoriais, os grandes objectivos do movimento olímpico, O
            hiSlorial das 24  anteriores Olimpíadas e das 9 participações
            portuguesas,  bem como  a  referência às 13 medalhas olímpicas já
            obtidas pelas representações nacionais, através dos 526 atletas
            porlugueses que até  1992 tinham participado nos Jogos Olímpicos.
            Na  nossa perspectiva, apenas desejamos destacar na actual "maré"
            olímpica que se vive em Barcelona e num breve apontamento, os
          ~ únicos marinheiros portugueses que até hoje tiveram o privilégio
            de ser "olfmpicos", quer como atletas, quer como dirigentes
            máximos do Comité Olímpico Português.
             !\í':   ~    ,       ;xx:  ~~...,
                                                                                        ItEVIsrA$ARMADo\ • AGOSTO  92  17
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