Page 278 - Revista da Armada
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Nor'C'AS


                             COLÓQUIO SOBRE "MAASTRICHT E PORTUGAL"


      •  Promovido pela Associação   Rosado  Fernandes  e  o  Dr.   simo debate, bastante esclare-  económica  e de progrl'Sso cul-
      de Auditores dos Cursos de   Paulo Portas.             cedor, consolidou-se a  ideia,   tural, científico e tecnológico 1:',
       Defes.,  Nacional.  realizou- se   Perante uma  vasta, diversi-  porventura  já existente em   oxalá,  também  espiritual  e
       no  pas&'ldo dia 8 de Julho, no   ficad"  e interessada  assistên-  muitos dos presentes, de que o   moral,  possam ficM conscien-
      Centro de Congressos da Feira   cia, em que se notavam alguns   Tratado da  União  Europeia,   tes de serem  devidamente 5<11-
       Internacional  de Lisboa,  um   oficiais da  Armada, auditores   pela  magnitude da importân-  vaguardadas algumas dispasi-
      colóquio sobre o Tratado de   dos  referidos cursos,  foram   cia  que tem para  o futuro da   c;ões, de que se destaca a regril
       Maastricht e os seus efeitos no   expostos, por vezes com gran-  Nação  Portuguesa e,  conse-  da unanimidade, impeditiva,>
       nosso  País,  ii que presidiu o   de vivacidade, os  pontos de   quentemente, das geraf:;ões   de eventuais futuras aliena~
       Dr.Carlos buarte Ferreira,   vista,  nem sempre coinciden-  vindouras, aconselha  a que   de parcelas  importantes da
       presidente da direcção daque-  tes, dos vários oradores, que   outros debates, aos mais varia-  soberania  nacional, que pos-
       la  Associação,  tendo como   suscitaram intervenções por   dos níveis e cada  vez mais   5<1m  põr em risco a liberdade c
       moderador  o  brigadeiro   parte  dos  assistentes,  que   alargados  e  aprofundados,   a independência deste velho
       Lemos Pires, e em que partici-  apresentaram judiciosas  refle-  venham a  ter lugar a breve   Jiaís com oito séculos c meio
       param, como interventores, os   xões, em  que sobressaíram   prazo, de modo a que os por-  de história, CU~1 edificaf:;ão tan-
       Drs.  Noguei ra  de  Brito  e   dúvidas pertinentes e críticas   tugueses, nesta desejával etapa   tos sacrifícios impôs aos nossos
       Victor Constâncio, o  general   salutares e construtivas.   para uma Europa de paz,  de   heróicos, valorosos, abnegados
       Abel  Cabral Couto, o  Prof.   Após este oportuno e utilís-  coesão social, de prosperidade   e respeitáveis antep.:1ssados.



                                                                       O PALÁCIO FOZ ACOLHEU
                                                                                A MARINHA


                                                             •  A  Biblioteca  Central  da   oulra de obras do Coma n-
                                                             Marinha  vem  promovendo    dante Pinto  Basto, ambas cm
                                                             anualmente uma exposição    Cascais,  não foi  considerado
                                                             bibliográfica  temática,  no   oportuno integrar nas come-
                                                             sentido de dar a conhecer ao   morações oficiais do  Dia  da
                                                             grande público algumas par·   Marinha a  habitual exposição
                                                             celas do seu  património, no·   bibliográfica.
                                                             meada mente no que respeita a   Apesar disso,  a  Biblioteca
                                                             livros rMOS e antigos.      Central  da Marinha, em cola-
                                                               Assim, em  1990, apresentou   boração com outros organis-
                                                             em  Viana do Castelo a exposi-  mos, decidiu  manter aquela
               RECUPERAÇÃO DA F~GATA                         ção "A Construção Naval atra-  sua  actividade anual e apre-
                                                                                         senta r,  no  Palácio  Foz, em
                                                             vés dos  tempos", e,  cm  1991,
              "D. FERNANDO II  E GLORIA"                     em Aveiro, mostrou  "A  Pesca   Lisboa,  uma  exposif:;ão  intitu-
                                                             numa perspectiva histórica".   lada  "O Céu e a Terra", na
                                                               Este ano, estando incluídas   qual  foram  mostradas 40 pre-
       •  A Marinha e a Comissão    A fragata  ficará  integrada   nas comemorações do  Dia  da   ciosidades bibliográficas dos
       Nacional  para as Comemo-  no  património do Museu de   Marinha uma exposição sobre   séc. XVI e XVII, representati-
       raf:;ões  dos  Descobrimentos   Marinha.              os primeiros  passos da ocea-  vas das ciências  do Céu e da
       Portugueses (CNCDP) assina-                           nografia  em  Portugal e uma   Terra.
       ram  em Outubro passado um   Recorda-se que a  fragata
       protocolo, agora  publicado na   "O. Fernando II e Glória"  foi
       edição  de  3/7/1992  do   construída em  teca,  nos esta-
       "Diário  da  República", atra-  leiros da  Ribeira  de Damão,
       vés do qual  se propõem cola-  tendo sido lançada à água em
       borar na  recuperação  da  fra-  1843. Tinha  uma  bateria de 50
       gata "D.Fernando II e Glória",   peças  e,  em  1845,  veio  a
       vitimada por um  incêndio em   Lisbo.1  pela  primeira  vez. Em
       1963  e  que  até  há  pouco   1878, fez  a sua  última viagem
       tempo pennaneceu encalhada   e  não  mais  saiu  do  Tejo.
       no lodo, próximo do Alfeite.   Tornou-se depois  Escola  de
        Mediante esse  protocolo, a   Artilharia  Naval,  Brigada de
       Marinha  compromete-se  a   Artilheiros  e  sede de  uma
       desencadear  "os procedimen-  Obra Social.
       tos  necessários para  a realiu-
       ção das obras de recuperação   Conhecida como "a  última
       e  reconstrução da  fragata" ,   nau da  índia", a sua recupera-
       ficando a gestão do projecto   ção constitui  um  relevantíssi-
       cometida  ao  Arsena l  do   mo serviço prestado ao  nosso
       Alfeite.                   património histórico e cultural.
      24  AGOSTO 92 .  tEVIST~RMAn.o.
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