Page 117 - Revista da Armada
P. 117

II. Di. II. eolpO






                                         IIe IUlileiros








               ais  uma  vez  foi  come-
               morado  o  Dia  do
        MCorpo  de  Fuzileiros,
        com diversas  cerimónias  evo-
        cativas, a que  presidiu o Chefe
        do Estado-Maior da  Armada  e
        ii  que  compareceram  muitos
        convidados,  nomeadamente
        muitos dos  homens  que, entre
        1961  e 1975,  integraram  as
        unidades  de  fuzileiros  que
        prestaram serviço em África.
          As  comemorações  tiveram
        lugar  no  dia  2S  de  Fevereiro,   sivas  ao  significado dos  32   o CMG  FI A/meirl,l  Vieg,15,  falando  ,lOS ofici.lÍs fuzileiros na  presen(tl  do
        nas instalações  da  Escola de   anos decorridos sobre  ii recria-  Almirante CEMA,
        Fuzileiros,  e  iniciaram-se  com   ção  dos  fuzileiros  na  Marinha               Depois,  dirigindo-se directa-
        uma  cerimónia de homenagem   e dos seus 375 anos de glorio-  sentando, ao  longo  desses  14   mente ao  Almirante  CEMA,  o
                                                               anos, em comissões sucessivas,
        aos fuzileiros mortos em defesa   so  passado, através  de  uma   cerca de 12.250 fuzileiros.   comandante  do  Corpo  de
        da  Pátria, na  presença  dos  es-  evocação histórica.  Nessa  ev0-  Seguidamente, o CMG  FZ Al-  Fuzileiros disse:
        tandartes de todas as  unidad~   cação,  lembrou  que  data  de
        de fuzileiros,  que  inclu íu  a   1618 a criação do  Terço  da   meida Viegas abordou a proble-  o  Corpo  de  Fuzileiros,
        deposição de  uma  coroa  de   Armada da  Coroa  de  Portugal,   mática actual e futura dos  Fuzi-  mesmo  em  dia  de  .1nivers.irio,
        flores  no  Monumento  ao   o  mais  antigo  corpo  militar   leiros, nos seguintes termos:   está pronto!
                                                                 As reestruturações sócio-eco-
        Fuzileiro,  feita  pelo  Almirante   conslitufdo  em  Portugal  com   nómicas, que "'disciplinada-  Não (ormaremos em escarpa
        Fuzela  da  Ponte,  que,  nesse   carácter permanente,  e que,
                                                               mente" vínhamos observando   como as  forças  n.lvêús, nem
                                                               desde  há  anos, começaram   nos espera  Malaca  01/  Ormuz,
                                                               mais  recentemente a produzir   de Albuquerque. Dele, temos a
                                                               os  seus  reflexos nas  Forças   terrfvel  vontade anímica  que
                                                               Armadas,  e  na  Marinha  em   nos  permite  simholicamente
                                                               particular.  Percebemos que as   afirmar  que,  se  preciso  for,
                                                               opções disponfveis  não  5.10   qu.1ndo os outros I.i chegarem,
                                                               fáceis, e, como tal, aguarda-  já lá estará um Fuzileiro.
                                                               mos que os  venlOS  de  mudan-
                                                               ça  "rondem  de quadrante" e
                                                               nos  bafejem, mesmo que  só
                                                               com  "leve  .1ragem". Conti-
                                                               nuamos  a estar prontos  pMa
                                                               qualquer compromisso  naeio-
                                                               nal, sendo apenas  necessário
        Aspecto dJ cerimónia mil,r.lr jUnlo iJO Monumenlo ;!() Fuzileiro.
                                                               alguns meios básicos mínimos,
        acto simbólico, se fez acompa-  passados 375 anos, as  missões   para  ombrearmos  com  qual-
        nhar  pelos comandantes  do   dos fuzileiros actualmente defi-  quer outra força.
        Corpo  de  Fuzileiros  e  da   nidas  são  muito  similares.   Pensamos  que há muito a   Os COffit1Mln/es Reis  Trigoso e LhilTIQ
        Escola de Fuzileiros.       Recordou, também,  o passado   fazer,  porque é  necessário   Prelo /10'10  f.l/t~r.lm ,h cOlllemor.JÇÕt'S.
         Seguiu-se  uma  cerimónia   ainda  recente  dos  fuzileiros,   ajustar mentalidades, rentabili-
        militar,  em  que,  depois  de   durante  os  14  anos de guerra   zar os recursos materiais dispo-  Terminada  a alocuçào, as
        serem  prestadas  honras  milita-  em África, em acções comple-  níveis e motiV.lr os  recursos   forças em parada desfilaram.
        res ao Almirante CEMA e deste   tamente diferentes, para  as   humanos existentes.   O  Almirante  CEMA  teve
        ter passado revista às forças em   quais  sucessivas  gerações   Acreditamos no  futuro, não   então oportunidade de  visitar
        parada,  foi  feita  uma  alocução   foram  habilmente  treinadas   por ingenuid.1de, mas  pela   uma  exposição de  áudio-visu-
        pelo CMG  FZ Almeida  Viegas,   nesta Escola  de  Fuzileiros  e   força  da razão,  e mais uma vez   ais  e a  Sala-Museu  do  Fuzi-
        comandante  do  Corpo  de   também,  nos  últimos  anos   lembro ,1  todos que ser fuzilei-  leiro,  a que se seguiu  um  con-
        Fuzileiros.                deste  período, no  próprio  te.1-  ro  não  tem  sido  uma  maneira   certo  pela  8anda da Armada  e
         Depois  de  saudar o Almi-  tro  de  operações da  Guiné,   de estar, nem tão  só  uma  pro-  um  almoço, com  um  grande
        rante  CEMA  e os  convidados   salientando que  foram  criados   fissão, mas aeim.l de tudo uma   bolo  de aniversário, cujo  pri-
        presentes,  aquele oficial  diri-  15  Destacamentos de  Fuzi-  causa justa, que deve ter, em   meiro corte foi  executado com
        giu-se  aos  fuzileiros em  para-  leiros  Especiais  e  13  Com-  cada um de nós, um defensor à   espada  pelo  Almirante  Fuzeta
        da,  com  algumas  palavras alu-  panhias  de  Fuzileiros,  repre-  justa medida.   da Ponte.             .t
                                                                                           REVISTA  DA ARMADA ·  ABRIL 93  7
   112   113   114   115   116   117   118   119   120   121   122