Page 367 - Revista da Armada
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EDIfORIAL
MENSAGEM
do Chefe do Estado-Maior da Armada
o espírito de Natal está nuará a ser, se formos dotados
sempre presente, para dos meios mínimos indispensá-
N além das diversas opções veis para taL A par disto, recehf..
individuais, uma mensagem de mos os helicópteros, substituímos
esperança num porvir melhor. O nosso prindpal meio de reabas·
E este, certamente, o sentimento tecimento no mar, disponibilizá-
de todos 05 que aqui servem, soli- mos ao país a nossa capacidade
dários em torno de \·alores que técnica no domínio das ciências
nos são caros e que se traduzem, do mar, desenvolvemos iniciali·
simplesmente, na vontade de vas de grande mérito no âmbito
construi r uma Marinha ainda cultural, e garantimos, com indis-
melhor ao serviço de Portugal e cutível eficiência, o exercício da
dos Portugueses. Autoridade Marítima.
É importante - e tem-se traba- No ãmbito das missões, estiv~
lhado para isso - que todos, sem mos onde foi necessário: no
excepção, se sintam parle do Adriático; em África, cumprindo
nosso presente e futu ro comuns. missões de cooperação com os
De faclo, a Marinha é, e será sem- PALOP; em exercícios inlernaciÜ"'
pre, o produto das nossas vonta- nais com as Alianças; junto das
des, e, se é certo que esse sentido nossas comunidades de emigran.
de participação constitui condição tes, seguindo as rotas daqueles
necessária de sucesso, não é, con- nossos antepassados que deram
tudo, garantia suficiente de que "novos mundos ao mundo" e,
tal venha a concretizar-se. sempre, afirmando a soberania de
Existem, como sabemos, d r· Portugal na maior zona económi-
cunstancialismos, designadamente ca exclusiva da comunidade eurÜ"'
no domíniO dos recursos, que peia.
excedem o âmbito da Marinha.
1ulgo que, de facto, nos pode-
Tenho, porém, a certeza que mos orgulhar, muito justamente,
tudo faremos pa ra que, por nós do que fizemos. Tal só foi possi-
próprios, possamos vencer, com vel porque estamos - todos -
devoção, profissionalismo e gran- determinados a garantir, com o
de sentido das realidades, as difi- nosso esforço e capacidade, o
culdades - e muitas serão - que se prestígio da nossa Marinha, com
nos irão deparar. a qual grande número dos
Funda·se esta minha convicção Portugueses se identifica e que
no facto de considerar que um balanço desapaixonado daqui- nada mais lhes requer para além do reconhecimento do seu
lo que se tem feito. muito nos honra e dignifica. trabalho.
Na realidade, as bases dos processos de profunda Temod~ Sendo o Natal a festa da família, saúdo nesta ocasião, atra·
lação eslrutural • com incidência em praticamente lodos os \'és da nossa revista, esses milhares de homens e mulheres
sectores da Marinha - estão lançadas, radicam em soluções que, na discrição das missões que anonimamente se cum-
modernas e ajustadas e, obviamente, não esquecem os funda· prem, prosseguem animados do espírito de serviço, que só as
menlos de uma cultura naval centenária, que é nosso patri· causas nobres levam o Homem a concretizar.
mónio inestimável e nos confere uma identidade. A todos e muito especialmente àqueles que, por razões de ser-
\;ÇO, não podem compartilhar com a família e os amigos esta
No domínio da utilização de recursos. lemos sabido mer~ data, formulo votos de Bom Natal e exprimo a esperança que o
cer a confiança que os Portugueses em nós depositaram, ao ano de 1994 prolongue, no espaço e no tempo, a vontade de ven-
mantermos e operarmos, com indesmentível sucesso, os cer as dificuldades, em nome de uma Marinha ainda melhor, que,
novos meios navais. Não me restam dúvidas que assim conti- sendo obra de todos, ê, tão - SÓ, pertença dos Portugueses. J,
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