Page 58 - Revista da Armada
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nossas  zonas de  tráfego marítimo e nos
                                                                                nossos  portos constituir  um  cenário
                                                                                improvável na actual situação de desanu-
                                                                                viamento  mundial, a eventual  utilização
                                                                                dessa arma de baixo custo e grande eficá-
                                                                                cia,  por forças  indeterminadas  e de cariz
                                                                                anti-europeu,  não é  uma  hipótese de
                                                                                excluir.  Nessa  medida, a era dos draga-
                                                                                -minas só aparentemente terminou.   .t


                                                                                                                       •






                                                                                                            R. Costa
                                                                                                              CTEN


                                                                                o DrIlSII-MIIlIIS C(ljtt iro  · 5.  RO'lllt'  dI!  clQ55t
       O DrllgII-Mmas Ordn.icoo "Corro", dacltist "S. Jcwgc".                   · S.RDljllt".



       nos cenários  operacionais da  Guiné,
       Angola e Moçambique,  verificado em
       meados dos anos 60, e com o paralelo
       aparecimento de  novas  necessidades e
       novos tipos de navios, nomeadamente as
       novas fragatas, as lFG e as LOC, e com a
       criação das unidades de fuzileiros, a mÍ$--
       tica  dos draga-minas entrou  em  declínio,
       sobretudo porque escasseava o  pessoal
       para os guarnecer.
         No dia 17 de Outubro de 1973, o draga"
       -minas "Pico"  foi  abatido ao efectivo dos
       navios da Armada e, em 1974, foram aba-
       tidos os draga-minas  "Ponta Delgada",
       "Angra do Heroísmo",  "S.  Pedro",  "S.
       10rge", "Graciosa" e  "Corvo". Em  1976,
       foram  abatidas mais cinco unidades, res-
       pectivamente, o "Horta", "Vila do Porto"
        "Velas", ''Santa Cruz" e "lajes".
         Em  1992,  terminaram os seus dias, ao
       serviço da Marinha, os draga-minas "S.
       Roque", "lagoa" e "Rosário".
         O N.R.P. "Ribeira Grande" foi  o último
       sobrevivente dessa  "escola", e é,  inc1usi-
       vê, o mais antigo navio da Armada, com
       mais de 35 anos de idade.
                               ll
         Porêm, através da Portaria n 321 / 92 de
       12  de Outubro, "o N.R.P.  'Ribeira Graflde',
       alimentado ao efectivo dos  navios da  Annada
       pt/a  Portaria  n' 16.162 de  7 de  Froereiro  de
       1957, como draga-minas costeiro, i  redassifi-
       CIldo, a partir de 30 de Nrwembro de J992, em
       navio auxiliar', sendo-lhe atribuído o indi-
       cativo de chamada visual e número de
       amura A 5207.
         Quase 40 anos depois da entrada ao ser-
       viço  do  N.R.P.  "Ponta  Delgada" ,  a
       Marinha não tem qualquer navio draga-
       -minas.  Apesar da  ameaça  de minas  nas   O DrIIga-Minas C~/(inJ "RDs.irio". da cllls$t · S.Roqur".
       20  FEVERflR093 .  RfVlSTAARMADA
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