Page 340 - Revista da Armada
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COOPERACAO TfCN'CO·M""AR
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A primeira companhia
de fuzileiros
moçambicanos
conduíu a sua
preparação e fez
o seu juramento.
Apesar de algumas
vicissitudes
e dificuldades,
o compromisso das FADM, uma tarefa que havia tos familiares dos no--
português de formar sido confiada a Portugal, após OS vos fuzileiros moçam-
uma companhia Acordos de Roma. Na mesma bicanos_ Presentes,
de fuzileiros data e integrando-se na mesma também, vários ex-
em Moçambique cerimónia, foi assinado O proto- -militares da Marinha
que, por razões diver-
colo através do qual se fez a
foi cumprido. entrega às FADM das infraestru- sas, se encontram a
turas, materiais e documentos de viver ou a trabalhar
cerimónia de juramento instruçào. em Moçambique.
de fidelidade e imposição A cerimónia foi pl'"esidida por A cerimónia emo·
A de boinas aos alunos que dois oficiais generais, represen- cionou os presentes
frequentaram o CUM de Forma· tantes do Governo de Moçam- pelo rigor, pelo brilho e pela cedeu à selecção prévia dos
çAo de Praças (CFP) Fuzifeiros bique e da Renamo, tendo tido a postura dos mititares moçam- alunos em bases governamen-
das Forças Armadas de Defesa presença do dr. Lopes da Costa, bicanos, representando uma tais e em centros de acantona-
de Moçambique (FADM), reali- embaixador de Portugal em justa compensação pelo profissi- mento, no Norte e no centro
zou-se no dia 25 de Agosto de Moçambique, do chefe da onalismo, entusiasmo e esforço de Moçambique.
1994. Missão Militar Portuguesa em com que os fuzileiros portugue- O curso decorreu de forma
Com este simbólico acto Maputo, Brigadeiro Albuquerque ses se entregaram à sua missão. muito empenhada por parte
encerrou-se a formação da pri- Gonçalves, do embaixador do dos alunos e instrutores, salien-
meira companhia de Fuzileiros Reino Unido em Moçambique, Para este primeiro (FP que tando-se que já havia sido reali·
de representantes da ONU e agora terminou, uma equipa zado um Qutro curso que termi-
autoridades locais, além de mui· de fuzileiros portugueses pro- nara em Maio e que formara 11
oficiais e 21 sargentos, muitos
dos quais vieram a servir como
instrutores neste CFP.
O programa de formação
adoptado no curso incluiu um
conjunto diversificado de
matérias, em tudo idênticas às
que são ministradas na Escola
de Fuzileiros, de Vale de
Zebro.
No final do curso, dos 152
alunos que o haviam iniciado,
137 lograram aproveitamento.
Foi entretanto apresentado °
pedido formal ao Governo Por-
tuguês, subscrito por ambas as
Partes, para que se inicie a for·
mação de uma segunda compa-
nhia de fuzileiros. Esse pedido já
foi aceite e os instrutores poou-
gueses estão já a preparar o iní·
cio das respectivas provas de
selecção. J..
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