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ENTREGA DE COMANDO
COMANDANTE NAVAL
¬ÊNo passado dia 22 de Abril recebeu o mitir assegurar a continuada obser-
cargo de Comandante Naval o Vice-al- vância dos procedimentos de treino e
mirante Alexandre da Fonseca, renden- manutenção do material, numa dupla
do o Vice-almirante Américo da Silva perspectiva operacional e de segurança.
Santos, Comandante Naval desde 13 Referiu a importância do bem-estar do
de Novembro de 2000. pessoal, passando pela satisfação dos
A cerimónia de entrega de comando, justos anseios de quem serve a Marinha
que decorreu no Alfeite e à qual assis- no mar, cimentada numa comunicação
tiram diversas individualidades civis e franca e leal e na defesa da coesão e dis-
militares, foi presidida pelo Almirante ciplina institucional.
Vidal Abreu, Chefe do Estado-Maior da Finalmente referiu que a situação que
Armada, que nessa oportunidade pro- o novo Comandante Naval ia enfrentar
feriu um discurso após a imposição da era difícil, mas de aliciante desafio, ten-
Medalha Militar de Serviços Distintos do a Marinha um projecto e um caminho
– Ouro ao Vice-almirante Silva Santos. claramente definidos que considerava co-
O Almirante CEMA começou por nhecido e assumido por todos, não sendo
justificar a sua presença na cerimónia, a sua execução fácil face a uma Marinha
não só pela obrigatoriedade formal mas demoradamente adiada, mas relembran-
também pelo sentido de importância do a mensagem de esperança, de deter-
que confere ao Comando Naval como minação e de confiança que tem transmi-
linha da frente da estrutura da Mari- tido desde o início do seu mandato, sendo
nha, afirmando que o Comando Naval o melhor sinal para marcar esta mensa-
é o principal comando operacional da gem a assinatura do contrato dos subma-
Marinha e, por isso, nas suas diversas rinos realizada no dia anterior.
incumbências orgânicas, a face visível A cerimónia de entrega de comando
do desempenho das suas missões fun- terminou com um desfile das forças em
damentais. Realçando ainda que para parada, constituída por dois Batalhões
que a Marinha possa cumprir com a sua integrando militares das Guarnições dos
missão, de entre outros factores, existe navios, fuzileiros e mergulhadores, se-
um que constitui em si a essência desta, guidos de uma força motorizada.
a componente operacional do sistema
de forças, da qual o Comando Naval é o ór- racional, afirmando ter este a mesma con- O Vice-Almirante Henrique Alexandre Macha-
gão de cúpula do Comando e Controlo de fiança e apoio merecida pelo seu antecessor, do da Silva da Fonseca nasceu em 1946 e concluiu o
todas as forças e meios operacionais. não concebendo cargos a este nível, e prin- Curso da Escola Naval em 1967, especializando-se
Dirigindo-se ao Vice-almirante Silva Santos, cipalmente de comando, que pudessem ser em Armas Submarinas. Licenciou-se em Ciências
o Almirante CEMA enalteceu a forma como exercidos sem total confiança da hierarquia, Sociais e Políticas na Universidade Técnica de Lis-
boa e possui, entre outros, os cursos: “Curso Supe-
exerceu o cargo de Comandante Naval com ou com apoio condicionado. Afirmou ainda rior Naval de Guerra” e o “Naval Staff Couse”.
inegável brilhantismo e sentido de bem servir, que a sua experiência de comando no mar, e Prestou serviço em diversas unidades navais,
dizendo, o louvor por si criteriosamente con- a forma como tem desempenhado cargos da nomeadamente no N.R.P. ”S.Gabriel”, ex “Cte João
cedido, tudo da sua personalidade e carácter, mais alta responsabilidade, eram uma garan- Belo” e “Cte Hermenegildo Capelo” e comandou
os N.R.P.’s “Ribeira Grande” e “Ariete”.
na certeza de um comando bem exercido por tia de sucesso e um selo de qualidade. Foi instrutor na Escola Naval de Cálculos Náuti-
sentido, por experiência, por conhecimento, Salientou ainda que: “Os novos desafios cos e Professor de Marinharia. Cumpriu comissões
por prazer e por sensibilidade. em termos de defesa e segurança exigem de serviço em Moçambique e Guiné.
Ao novo Comandante Naval, Vice-almi- continuada aposta na preparação e treino Como oficial superior foi Oficial Imediato do
te
rante Alexandre da Fonseca, o Almirante das unidades e forças navais, de fuzileiros N.R.P. “ALM Magalhães Corrêa” e comandou os
N.R.P.’s “Afonso Cerqueira” e “Corte Real”, tendo
CEMA enalteceu a sua carreira brilhante e e de mergulhadores. Esta aposta tem como por três vezes incorporado a STANAVFORLANT.
maioritariamente dirigida à actividade ope- fim último, não o treino pelo treino, mas ga- Prestou serviço no EMGFA, na Divisão de Relações
rantir elevada profi- Públicas, no CNC como Chefe na DIV INFO e DI-
ciência em operações VOPS, no CINCIBERLANT, na Div. De “Plans &
Policy”. Como CMG dirigiu o CITAN e foi CEM
reais, como resposta do CN em Oeiras e comandou a Esquadrilha de
a crises, a operações Escoltas Oceânicos.
de apoio à paz ou Em 1999 foi promovido a CALM e serviu como
humanitárias, para 2º Comandante do Comando Naval. Foi promo-
que vierem a ser vido a VALM em 24 de Maio de 2002, sendo de-
signado para as funções de Superintendente dos
solici tadas. Esta é a Serviços do Material, funções que exerce desde 18
razão de ser de uma de Junho daquele ano. Em 22 de Abril de 2004 as-
Marinha moderna e sumiu também as funções de Comandante Naval,
opera cional.” em acumulação com as funções de Superintenden-
te, situação transitória que se espera que se não es-
Relevou a aten- tenda por mais de três meses.
ção especial que O VALM Alexandre da Fonseca possui diversos
deve merecer a ac- louvores e condecorações.
tividade inspectiva,
essencial para per- (Colaboração do Comando Naval)
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