Page 77 - Revista da Armada
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a Nota de Abertura
Há
dias de sorte
ssim apregoam os cauteleiros pe~ te, mesmo lá, tenho continuado a afirmar
las ruas de Lisboa para tent ar os com orgulho que sou acima de tudo mari-
A transeuntes. Compre uma caute~ nheiro. E acrescentou: Quando se assen-
la ... Olhe que há dias de sorte ... ta praça na Armada, é como se fôssemos
É verdade. Todos sabemos que há marcados com um ferro em brasa. A ferida
dias bons e dias maus, tanto na vida das cicatriza e saIa no mar, mas permanece
pessoas como das instituições. para o resto da vida no coração! Mesmo
A manhã de 14 de Janeiro passado foi sentindo-me muito honrado de pertencer
de um d ia bom para a Revista, se tivermos agora à Força Aérea.
em conta que as pequenas coisas tam~ Por último, recebemos o fi. o 145/Dez.
bém contam. E muito! de 84 da revista ((O Colégio Militar)), com
Primeiro, foi a visita de um camarada, dois artigos sobre assuntos de marin ha,
colaborador e amigo, que nos veio mos~ acompanhado de um cartão, escrito pelo
trar um maravilhoso álbum de fotografias punho do respectivo director-adjunto, no
de Macau. Como todos, teve o condão de qual, além dos cumprimentos do Corpo
avivar recordações que, com o tempo, se Redactorial aos seus congéneres da ((Re-
estavam a apagar na nossa memória. Sa~ vista da Armada II , se inserem palavras de
bendo~se o fascinio que essas terras do apreço, que muito nos desvanecem.
Ê, realmente, consolador e estimulan~
Oriente exercem sobre os marinheiros
portugueses, os primeiros que ali chega~ te saber que os actuais ratas, lídimos her~
ram do Ocidente, pelo mar, fácil é calcular deiros de honrosas e nobres tradições da~
o prazer que nos deu relembrar o que por quele estabelecimento de ensino, ho~
lá vimos. mens de amanhã, militares ou não, lêem
Depois, outra visita de amigo, este re~ a nossa Revista e gostam dela.
É caso para afirmar, mesmo descon~
formado da Força Aérea, oriundo da Avia~
ção Naval, que o mesmo é dizer da Mari~ tando a costela de marinheiro que têm to~
nha. Da amena conversa que tivemos, dos os portugueses, que nem tudo vai mal
ressaltou o seu entranhado amor à Mari~ na juventude do nosso país, como dizem
os que perderem a fé no futuro e nas virtu~
nha e a tudo o que nela viveu-os navios,
o mar e os hidroaviões. Dizia ele: O facto des da raça ...
de ter passado à Força Aérea, quando se
fundiram numa só as aviações Militar e
Naval, não dá o direito a ninguém de me
alcunhar de renegado pois, em toda a par~ c/sim
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