Page 210 - Revista da Armada
P. 210

25 DE ABRIL
                                                                                  - DIA DA LIBERDADE

                                                                                     Uma sessão solene  na  Assembleia da
                                                                                  Repúbliea e uma parada mililar foram os
                                                                                  principais aetos oficiais que assinalaram o
                                                                                  12,<>  aniversário do 25 de Abril de  1974.
                                                                                  No entanto, um  pouco por lodo o pais o
                                                                                  evento foi  recordado com festejos popu-
                                                                                  lares,  manifestações culturais ou  provas
                                                                                  desportivas, de que se salientaram o des-
                                                                                  file na Avenida da Liberdade e o comicio
                                                                                  no Rossio que movimentaram muitos mi-
                                                                                  Iharesde pessoas,
                                                                                     A Praça do Império e o Mosteiro dos
                                                                                  Jerónimos serviram de cenário ao desfile
                                                                                  militar  que  envolveu  cerca  de  2000  ho-
                                                                                  mens dos três ramos das Forças Armadas
                                                                                  -3 Marinha esteve representada por um
                                                                                  batalhão de fuzileiros e estandartes nacio·
                                                                                  nais das unidades - e das Forças de Segu-
                                                                                  rança, o qual foi presidido pelo Presiden·
                                                                                  te da República. dr. Mário Soares. Na aI·
                                                                                  tura,  o  chefe  do  Estado·Maior·General
                                                                                  das Forças Armadas, general Lemos Fer·
                                                                                  reira.  leu  uma  mensagem  aos  militares,
                                                                                  Em frente ao local. estavam fundeadas as
                                                                                  corvetas  .. Jacinto  Cândido»  e  .. João
                                                                                  Roby»,  tendo  a  parada sido sobrevoada
                                                                                  por uma esquadrilha de aviõcs A-7PCor-
                                                                                  sair.
                                                                                     Na sessão na  Assembleia da Repúbli-
                                                                                  ca, que - tal como a cerimónia militar-
                                                                                  teve a presença de lodos os órgãos de s0-
                                                                                  berania,  chefias militares,  Corpo  Diplo-
                                                                                  mático, antigos presidentes da República
                                                                                  após o 25 de Abril e de alguns capitães de
              Serigrafia a/usil'a ao 25 dt Abril tdiladQ pt/o C/ubl' MiIi/Qf NavQ/. dQ  QUIOfiQ do Qf/UIA moçam-  Abril, falaram os representantes dos gru-
              bicano Malwlguwnu.  Em  anQ$  Unlt fiorts o  CNM  lançou strigrufias  dt Vtsptiro,  MQriQ  Vtltz,   pos  parlamentares.  o  presidente da  As-
              Armando A/I.,.s. João Abl'1 MQnla (duas' t RQglfin Ribl'ifQ.        sembleia e o Chefe do Estado.



             A SAÚDE EM CAUSA

              Cancro-inimigo n. o 1 ou D. o 2?



              Começo do estretor do seu império?




                    o número 152 desta Revista, em artigo com o títu-  outro escrito em  1984 (Maio). achando-nos no dever de
                    lo  «Cancro -  Inimigo  n,"  b, qualificou-se este   continuar o  daquela data (<<Cancro -  Inimigo  n."  b).
              Nmal como o maior flagelo da humanidade, sinóni-
              mo de morte fatal e moralmente arrazante.                                  :.
                 Sublinhamos que, com  boas razões se afirma que o
              grande mal é alimentado pelos usos e abusos de produtos   Tememos incorrer num certo tom charadístico com o
              cancerígenos, todos eles lucrativos como o tabaco, o ál-  título que usámos (<<inimigo  n. 2»), porque o «mal» em
                                                                                            O
              cool, etc., e tantos outros, drogas ainda mais assustado-  vista é de tal modo cruel que se nos mingua a vontade de
              ras. O assunto tem sido debatido em todas as linguagens   divulgar, sem razões firmes, sinais de que em breve será
              e lalitudes. Hoje trataremos a "peste" que dá nomea este   vencido. No entanto, sem dúvida, há tentativas esperan-
              artigo, de modo mais empenhado, pois «novas" têm sido   çosas  de  que  «amanhã"  O  cancro  não  será  a  primeira
              divulgadas em todos os quadrantes médicos.  Há boas ra-  doença. Sofreá-Io já seria minimizar o sofrimento moral.
              zões de, ao menos, sofrearo mal, daí a razão de oapelidar   No artigo de Maio de 1984 escreveu-se o seguinte res-
              de «inimigo n." 2».  A seguir tentaremos justificar a gran-  saibo de  desalento:  O  cirurgião corta,  os Raios X  quei-
              deza do sucedido.                                  mam, o fdrmaco envenena.  Todos ma/am o mal, em parre,
                 Antes de  rechar esta  introdução convém-nos referir   porém,  «levando,.  o doente no todo!.  Hoje, a esperança
              que consideramos este artigo como a continuação de um   espreita em desfavor do desalento.

              28
   205   206   207   208   209   210   211   212   213   214   215