Page 22 - Revista da Armada
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os esforços para que esta Nau, tal seus esclarecimentos, que muito
como todos os navios da Armada, irão, certamente, interessar aos nos-
seja um exemplo de asseio, ordem e sos leitores, deixe que o felicitemos
arrumação, o que só se consegue pelo bom trabalho que vem desen-
com a colaboração de todos. volvendo na Unidade que comanda,
«RA» - Senhor comandante o qual temos seguido de perto.
Malhão Pereira, ao agradecer os ••••••••••••••••••••
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AS NOVAS EMISSÕES DE SELOS PORTUGUESES
CASTELOS E BRASÕES DE melhoramentos. Todavia, grande
PORTUGAL - Os correios portu- parte do actual castelo data do sécu-
gueses iniciaram, em Fevereiro de lo XIV, verilicando-se também uma
1986, uma,emissão de selos dedica- reforma da época manuelina.
da aos castelos e brasões de Portu- O selo que mostramos, com a
gal, compreendendo este grupo, o '. taxa de 22$50, representa, tanto
terceiro, os castelos de Belmonte e quanto é possível em tão pequeno
de Montemor-a-Velho. • espaço, o castelo de Montemor-o-
Como lugar fortificado, para ser- -Velho.
vir de relúgio ou mesmo como resi- te fez com que a traça arquitectónica O carimbo de 1.° dia de circula-
dência permanente, os castelos ção tem uma particularidade com
aponte para essa êpoca. Os Cabrais
eram construidos nos cimos das coli- muito interesse, arquitectónico e fila-
foram seus alcaides a partir dos
nas, ou nas ilhotas dos rios e lagos, tético, pois nele se vê a pequena mu-
meados do século XV, tendo o pri-
o que permitia uma boa visibilidade meiro sido Luís Álvares Cabral, bisa- ralha exterior (barbacã).
e, ao mesmo tempo, dificultava o
vô do descobridor do Brasil.
acesso aos invasores. A primeira li-
O selo que se reproduz, com a
nha de defesa consistia normalmen-
taxa de 22$50, ilustra o castelo a que
te numa alta muralha, com torres sa-
nos referimos.
lientes (cubelos), dispondo' se em
O Castelo de Montemor-a-Ve-
volta diversos obstáculos. como lho: quem seguir o rio Mondego, de
rampas, baluartes, paliçadas, barba-
Coimbra para a Figueira da Foz, en-
cãs e, à entrada da porta principal,
contra na margem direita a povoação
um grande fosso, sobre o qual era
de Montemor-a-Velho. Espreitando
colocado uma porta levadiça. Ao tan-
a vila, lá do alio como era de esperar,
go da muralha eram abertas as setei- está o velho castelo onde se notam
ras, de onde os archeiros dispara-
vestígios que fazem admitir por ali te-
'/am as setas, e as ameias, de onde
rem passado, antes da nacionalida-
lançavam, sobre os assaltantes,
de portuguesa, povos romanos, visi-
agua quente. pedras, pez em cha- godos e cristãos.
mas e outros materiais capazes de
É atribuída ao conde Sisnando
dissuadir os sitiantes. de Coimbra a sua grande restaura-
O Castelo de Belmonte: este
ção em 1088, e pensa-se que o con-
castelo, que é também o brasão de
de D. Henrique ali tenha também
Castelo Branco, está situado na po-
mandado efectuar consideráveis
voação do mesmo nome. Encontra-
-se junto à margem esquerda do Zê-
zere, nas proximidades da linha que
é considerada a via militar romana
entre Méridae a Guarda.
Num documento, datado de
1258, diz-se que o bispo de Coimbra Marques Curado,
concedera a D. Egas Fafe autoriza- I.o../en.SG
ção para construir naquele local uma
torre e um castelo, oque naturalmen- ••••••••••••••••••••
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