Page 345 - Revista da Armada
P. 345

1 e o Museu de Marinha









          cional que anulassem ou reduzissem o nosso atraso      Essa comissão que deveria instalar-se na Escola
          técnico,  cientifico  e  cultural  em  relação  aos  países   Naval,  era  presidida  pelo  capitão-de-mar-e-guerra
          mais  desenvolvidos,  considera  como  prioritário  o   José Nunes da Mata,  lente de astronomia e director
          estabelecimento da hora legal em Portugal.          da referida Escola, tendo como vogais:  o director do
             Deste modo, o Governo Provisório reconhecia as-  Observatório Meteorológico da Escola Politécnica de
  •       sim as vantagens do estabelecimento da hora legal   Lisboa,  tenente-coronel de Artilharia João Maria de
                                                              Almeida  Lima;  o  capitão  de  Engenharia  Frederico
          assente no principio dos  fusos  horários  e  da conta-
          gem das horas de zero até às vinte e quatro nas rela-  Dom,  astrónomo  do  Observatório  Astronómico  de
          ções internacionais, de harmonia com a  Convenção   Lisboa, na Tapada da Ajuda; o capitão de Engenharia
          de Washington de 1884, já adoptado na maioria dos   Pedro José da Cunha, lente de astronomia da Escola
          países cultos.                                      Politécnica;  o  engenheiro civil  e  de minas  Luis  da
             Para o efeito, e por portaria de 24 de Maio de 1911,   Costa Amorim,  e  o  capitão-de-fragata  Hermogénio
          do M.N.E., o.G. dos Negócios Comerciais e Consula-  Calvo  da  Silva,  vogal  permanente  da  Comissão  de
          res, o Governo nomeia uma comissão destinada a ela-  Cartografia,  que serviria de secretârio. Também fo-
          borar O estudo de um meio prático da sua aplicação   ram convidadas diversas instâncias oficiais e colecti-
          no Continente de Portugal. ilhas Adjacentes e  Coló-  vidades de interesse publico relacionadas com a hora
          nias Ultramarinas (3).                              a enviarem um seu delegado, a fim de serem integra-
                                                              dos na referida comissão.
                                                                 Como consequência desse estudo, ainda em 1911,
             (l)INICM _DiáriodoOovemo. n. "Z08. de 1911.
                                                              o Governo, por decreto-lei do M. L,  D. G. da Instrução
                                                              Secundária, Superior e Especial, de 19 de Agosto, no-
          o estlldo acwal do relógio de hora J"I1aJ, no Cais do Sodré. Lamen·
          tável" IIlixaçlo de canazes,  um mal que se vai tornando crónico
          nesUl linda cidada de Lisboa (loto de Amándiode Jesus Gonçalves   o mecanismo do relógio do Cais do Sodre na sua base e supone
          do VaJ).                                            (lOtodeAmlndiodeJesus Gonçalvesdo VaJ).




















   I


   •




















                                                                                                            19
   340   341   342   343   344   345   346   347   348   349   350