Page 152 - Revista da Armada
P. 152

,ÁRIAS                            lho Raposo, juiz vogal do Supremo Tri-  Alm. António Egídio de Sousa Lei·
                                            bunal  Militar. Vlalm.  Alfredo  Ramos   tão.  grã-cruz  da  Ordem  Nacional  do
                                            Rocha,  director do  Museu  de  Marinha   Infante D.  Henrique· Cap.·m.-g. João
             Foram recellfemellfe empos,çados tiOS
                                            •  Cap.-m.-g.  José  Rodrigues  de  Oli-  António Jorge Mendes e Nuno Gonçalo
          cargos  indicados os seguimes oficiais,
                                            veira, comandante do Flotilha de Navios   Vieira Matias e cap.-frag. Carlos Antó-
          aos qUlIis desejamns os maiores êxiros fiO
                                            Patrulhas.  I.o-ten.  Fernando  Manuel   nio  David  da  Silva  Cardoso,  medalha
          desempellho das  lIoms fimçtJes:
                                            Antunes Marques da Silva. comandante   militar de prata de Serviços  Distintos·
             V/alm.  António Emílio de Almeida   do  NRP  .. Auriga •.         Cap.-frng. EMA Carlos Eduardo Vigoço
          Azevedo Barreto Ferraz Sacchetti. vice·                             Saldanha Carreira.  medalha  de  Mérito
          -chefe  do  Estado-Maior da  Annada  •       ***                     Militar  de  2.·  classe  •  I. o_sarg.  SE
          V/alm.  Anur  Aurélio  Teixeira  Rodri-                              Manuel José dos Santos António. meda-
          gues  Consolado,  comandanle  naval  do   Aos camaradas ituJicados.  agracia-  lha  de  Mérito  Militar  de  4.·  classe.
          Conünenle e comandante-chefe da Área   dos com as cOIuJecoraçtJes mencionadas,
                                                                               **********
          lbero-Atlãntica· V/alm. Jorge Rasqui-  apresentamos  as  nossas  felicitações:



















                                             AO





                                                                                          P~lo vla/m.  Silva  Braga


          IV - Um drama na Baía de Ana Chaves




                homem movia-se, agitado e ner-  pujame de vegetaçl10 e de vida por que   Os  grmllies  coveiros.  os  tubarbes.
                 ~'Oso, na faina  do  castelo.   vinha an.siwllio, ao gratufe navio que era   estlJo  sempre a postos,  niJo descansam
          O  Vfamo-Io com o binóculo, da    o seu orgulho, aos camnrat/as que con-  na  sua faina  sinistra ...
          pont~ da  "Save»,  amarrada na bafa de   linuariam  a  vivu.  a  amar.  e ...  mais   Naquele  dia.  tiveram  o seu festim.
          Ana  ChtJv~s. ~m S.  Tomé.        noda!."                            festím satállico,/ó no jwIdo, onde os pol-
             Na proa do paquete,  qu~ havia che-  Aquele salto imprevisto, aquela par-  vos  lhes  seguraram  lalvel.  a presa  nos
          gado da  Metrópole,  aqu~le contrames-  tícula  que  se  desagregou  do  costado.   seus  tentdculos  repugnantes,  para
          tre,  actil'O,  irriquieto.  cheio de  vivaci-  átomo em relaçl10 d massa arrogante do   melhor a despedaçarem!  ...
          dade,  andava de um lado para o outro,   paquete. pareciam-nos antes o efeito de   O mar,  ali  traiçoeiro  como  a  sua
          fazendo ele mesmo aquilo que os outros   uma visl10 que fiOS houvesse penurbado  fauna asquerosa, cobriu rápido o triste
          pareciam  igllorar, dispondo  tudo para   o  espfrito!               drama.  Que  lhe  importava  mais  uma
          que a (lI1J(1rra  co"use clara, para que   Nuns segutufos - tiJo frigi! é a  vi-  vida.  se nlJo  tinha  que  a  chorar como
          s~  I~ssem  bem  as  manilhns  safdas,   da! - aquele homem imprevidente ditou   aqueles que aguardal'am ansiosos o seu
          para  ...                         a sua sentença de mane!".          regr~sso ao lar distante?
             O homem, o pobre desgraçado. foi   Nada poderia mler-lhe, nem o esca-            ...
          ao TTUJr! ...                     ler da .. Save» que seguiu lesto em direc-
             Horror! ...                    çdo ao grond~ navio.  nem as próprias
             Um  passo em falso,  sobre a  borda  embarcaçDes (lo paquete".       Pobre  contramestre!  Para  que  te
          escorregadia, húmida da  água salgada   Em  S.  Tomé nlJo há perdOO para os   conheci  eu,  nessa fugaz  apariçlJo,  se.
          e do vapor do cacimba. dois braços que  que  caErem  ao  mar.        para toda a  vida.  a ma  imagem h6-de
          ainda s~ estenderam num como amplao   Cair ao lnar ~. ali. saltar para den-  perturbar os meus sentidos como o exem-
          tkrradeiro ao sol criador que o inebriava  tro do seu próprio túmulo, fazer descer   plo mais fulgurante  do pouco que  IlÓS
          nas suns claridades diáfallas da  manM  sobre si uma  lousa  que nunca  mais se   somos em comparaçdo do muito que Jul-
          e nos seus ocasos  de  púrpura,  d  tura  lemntard! ...              gamos ser!  ...

          6
   147   148   149   150   151   152   153   154   155   156   157