Page 201 - Revista da Armada
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9 de Abril -Dia do Combatente
o passado dia 9 de Abril a dever dos cidadãos, incluindo os FALA UM HISTORIADOR
Liga dos Combatentes pro- militares, exaltar a memória de
N moveu a 52.· Romagem ao Quantos fizeram pela defesa da Pá- A cerimónia da Sala do Capítu-
Túmulo dos Soldados Desconhe- tria o sacrifício da própria vida: lo foi iniciada por uma alocução do
cidos, no Mosteiro da Batalha, «Também nós, como os prof. dr. Jorge Borges de Macedo,
conferindo-lhe este ano um signi· Apostólicos, não podemos calar qpe se referiu ao português comba·
ficado acrescido. o de Dia do Com- as acções valorosas daqueles tente do seguinte modo: uA motiva-
batente, dedicado assim aos que de armas na mão ou de ção do combatente português nos
portugueses que, ao longo de nove qualquer outro modo, deram a 900 anos em que dwa a sua exis-
séculos e em numerosos locais, vida em defesa da liberdade e tência como integrada num estado
combateram em defesa da nossa da honra dum Portugal que é próprio, é a defesa do interesse na·
Pátria. nosso. cuja glória tanto preza· cional, a expansão da sua identida-
Simultaneamente, como é hábi· mos, e cujo nome queremos ver de. Ela não se define nos momentos
to, a Liga dos Combatentes promo- sempre exaltado, porque nin- fáceis, exprime-se muito mais nos
veu, em diversas localidades ao guém ama a Pátria porque é momentos incertos, nos combates
longo do país, cerimónias de igual Grande, mas porque é sua. duvidosos, quando a determinação
signüicado. transforma o poder ser em ser, ou
(Séneca).
se conserva a força necessária pa-
uSufragar os combatentes e
apontar os seus feitos heróicos ra esperaru, e salientou o acerto da
CERIMÓNIAS NO MOSTEIRO como paradigma da bravura do escolha da efeméride feita pela
DA BATALHA soldado português é mister nos Liga dos Combatentes: «Não esco-
dias de hoje para sacudir os pu· lhemos para celebrar o Dia do Com-
Na Batalha, onde se concentra· silâmines, arrastar os indecisos batente português, em todas as
ram dirigentes e sócios daquela e confirmar os fortes . horas e situações. os dias faustosos
instituição, associaram-se às ecOs militares de hoje, têm de das vitórias que tivemos. Escolhe-
comemorações diversas entidades dizer à Nação inteira, como os mos, precisamente, para sermos
civis e militares, nomeadamente o Apóstolos o fizeram ao Sinédrio nós, um dia diffcil, uma ocorrência
vice-primeiro-ministro e titular da de resultado incerto e quase anÓni-
judaico: Não podemos deixar de
pasta da Defesa Nacional, que re- falar (Act. 4, 20), temos de pro- mo, para com ela pensarmos, inti-
presentava também o Presidente clamar bem alto Que amamos a mamente, um momento sobre o
da República; os chefes dos nossa Pátria, servimo·la com glorioso sem que seja triunfal, so-
Estados-Maiores da Armada, do nobreza e estamos nesta data e bre o que precisamos ser. no com-
Exército e da Força Aérea, que neste local histórico, a orar bate interminável da nossa
representava o general CEMGFA; pelos Combatentes que por ela sobrevivência».
o secretário de Estado-adjunto do já tombaram com abnegação e Marinhe;ws do cruzador-auxiliar .Pedro
ministro da Defesa Nacional; os cuja memória veneramos com Nun6SJI. combatentes da Grande Guerra.
comandantes das Forças de Segu- respeito, galhardia e muito desfilam em Cherburgo, França. após a
rança e da Região Militar do Centro; orgulho.1I aumatura do Armistlcio. numa granda
parada comemorativa do fim do conDito.
comandantes e alunos dos estabe-
lecimentos militares de ensino
superior e directores de outros
estabelecimentos de ensino; a
subdirectora e alunas do Instituto
de Odivelas; o governador civil de
Leiria; os presidentes dos Municí-
pios de Alcobaça, Batalha e Leiria;
adidos militares e representantes
de associações de combatentes.
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PALAVRAS DA IGREJA
A missa de sufrágio pelos com·
batentes foi celebrada pelo vigário-
-geral Castrense, o qual. na sua
homilia, viria a recordar que é um
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