Page 233 - Revista da Armada
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profissões Já descritas, se foram per- IBERFILA 91 - 1.. Exposição Fila-
dendo no tempo, e hoje raramente télica Geral Lu»Espanhola, organi-
se vêem. Para Isso, multo contrlbufu, zada pelo Clube Nacional de Filatelia
também, a proliferação das barbea- e pela Direcção Regional de Cor-
rias, espalhadas por todos os bairros reios do Norte, e com o patroclnlo
e para todos os nlveis económicos. dos Correios e Telecomunicações de
O adivinho é parte integrante do Portugal, Câmara Municipal de Vila
dia a dia do povo chinês de Macau. Nova de Gala, Federação Portugue-
Muito raro é aquele que o não tives- sa de Filatelia e Federação das
se consultado para ouvir -cantar a Sociedades FlIatélicas de Espanha
slna-, ao menos uma vez na vida. (FESOFI).
Saber o futuro no tocante aos negó- Vão estar patentes ao público as
dos, à vida sentimental e às relações do honorários altos. Antigamente melhores colecções de selos de Por-
familiares, é uma constante, que leva viam-se nas ruas, sentados, aguar- tugal e de Espanha, para além de
esta gente a procurar o adivinho dando os clientes, principalmente na representações oficiais dos correios
como o doente procura o médico ou Rua dos Mercadores e no Largo do de ambos os pafses, comerciantes
o curandeiro. Pagode de Hong-Kong Mio. Hoje tro- da especialidade. Atente-se no facto
O adivinho é sempre um homem caram a rua por bons gabinetes e é de apenas poderem participar colec-
grave, que escolhe as palavras, por lá que atendem a sua clientela. ções que em cada pais possam
vezes eruditas, para Impressionar o Integrar exposições de ãmbito nacio-
consulente. Observa as Unhas da * nal, o que faz prever a qualidade
mão e do rosto; disserta por fim, res- desta iniciativa.
pondendo a perguntas. Quase sem- NOTicIAS FILA TEUCAS
pre começa por falar do passado e
quanto mais acerta, mals ganha con- Grande exposlçllo filatélica Luso·
fiança e poder junto do cliente. Há- -Espanhola
-os com reputação feita que são
procurados por gente com dinheiro, De 17 a 27 de Outubro próxi-
deslocando-se por vezes até Hong- mos, no Pavilhão de Exposições de Carmo Pinto,
-Kong, Singapura e Taiwan, cobran- Vila Nova de Gala, vai ter lugar a 1TEN OT5
o mar paixão comum
Dizer que Portugal, é esse pequeno rectângulo de terra à Penso encontrar uma explicação para a existência de uma
beira-mar plantado, no extremo Ocidental da Europa, é uma tão diversificada população na Marinha Ponuguesa.
verdade insofismável que se transformou num lugar-comum. Para além de tudo e a uni-los fortemente, existe um gran-
Mas Portugal é também um sentimento, o sentimento l.AJso de elo e apelo comum que os irmana, dando corpo e alma a
que foi levado além-mar aos quauo mais distantes cantos do uma Marinha, a Portuguesa, que se deseja cada vez mais
Mundo, onde se fala e se sente como português, com um brioso renovada, momento a momento, e tendo como sentimento
orgulho bem manifesto nos luso-descendentes, tanto mais sublime e prim?rdial uma intensa e comum paixão pelo mar.
quanto se sentem os filhos e filhas desses navegadores intr&
pidos sardos da Escola de Sagres,
Sou médico da Marinha e como tal, no inrcio do atendi-
mento de um doente, ao preencher os elementos de identifi-
cação. apercebo-me das suas origens, ou melhor dizendo em
que cantinho de Portugal nasceram.
Facilmente deduzo que me chegam constantemente mari-
nheiros, jovens e menos jovens, provenientes de Norte a Sul
de Ponugal, de Leste a Oeste e até alguns deles radicados no
estrangeiro, quando das suas vindas de romaria a matar sau-
dades à Pátria-Mãe.
E se muitos são algarvios. ilhéus ou de outras zonas limí-
trofes do mar, muitos deles são serranos, de zonas tão inte- Marques Robalo,
riores como as Beiras ou Trás-os-Montes, lugares para onde CIFN /.lN
no fim da sua carreira militar e depois de longos e árduos anos
de vida no mar, transportam tantas boas e más recordações. ••••••••••••••••••••••••••••
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