Page 286 - Revista da Armada
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C'ARrAS AO DIRfC'roR
Lisboa, 24 de Junho de 1997 26 de Junho de 1997
AS COMUNICAÇÕES NAVAIS E AS CAMPANHAS DE ÁFRICA
Ex.\l Sr. Almirante Director da Revista da Armada,
Do autor do artigo (~A ARMADA NAS CAMPANHAS DE
Tendo em conta a defesa da História da TSF da Armada, da ÁFRICA") recebemos o seguinte comentário:
qual eu participei mSEC) e escrevi, agradeço a publicação
Agradeço c1 observilç.'io, que vem preencher uma das mui/,JS
do esclarecimento que abaixo se transcreve.
lacunas que o resumidíssimo re/alo forçosamente apresenta.
Tinha e lenho plena consciência das grandes limitações do
"Diferentemente do que transparece da cone/us,io sobre
trabalho, que ali,is i,i é um ex/raclo da comunicação aprese/JI,)-
Estações e Postos Radionavais rio artigo "A ARMADA NAS da Ilum seminârio promovido pelo Instituto de Allos EslUdos
CAMPANHAS DE ÁFRICA It - NUs 297 e 298 de Maio e de
Militares, e 56 espero que outros testemunhos sejam publicados.
Junho da RA, - o Centro de Comunicações da Armada, não O parágrafo com que iniciei o meu artigo, "se"i muito difícil
obstante a sua import.'incia para a feilllr,l das Comunicações esgotar o tema da ,1cçio da Armada durante as Camp.1I1has de
- processamento (' encaminhamellfo das mensagens - nada
Árrica ... pretende-se apenas corresponder ao esforço que .l
teve a ver, nem antes nem depois de 1959, com a cons- Revista da Armada vem desenvolvendo, no sentido de reunir e
/ruç,io das infra-estruturas as quais em 1972 terminaram a
divulgar alguns testemunhos desse período ... " bem como, e
cobertura radiotelegr.ífica de todo o Mundo Porlllguês.
muito especialmente, o par,ígrafo da cone/usão.. "que me per-
doem os camaradas e os responsáveis por decisões e acções que
Tudo isso sim, foi tarefa e miss,io da Direcçlio do Serviço aqui deveriam ter sido referidas e que omiti, numa se/ecç,io
de Electricidade e Comunicações (OSECJ, no cumprimento quase impossível de ser justa", tinham, exactamente, o prop6sito
da política de Comunicações do Estado Maior d,1 Armada.
de justificar as faltas e de alltecipadamente pedir que tal me
fosse relevado.
A DSEC foi criada em 1924 e desmantel,1da em 1976,
Em espaço limitado, procurei referir a cri.1Ção, a reestrutu-
período durante o qual foi o mentor técnico e logístico das ração ou o desenvolvimento de alguns comandos, unidades e
radiocomunicações d,1 Armada.
serviços, a partir de 1957. Mas preocupei-me, muito especial-
mente, em salientar a not,ível antevisão e a prontidão com que a
Par,l a obtenção de mais dados sobre as comunicações Marinha, de forma ímpar, se preparou para dar resposta a um
radiotelegráfic,15 sugere-se a consulta do livro d,l minha problema político nacional, um dos mais graves ou o mais g(,1\1('
autoria "AS COMUNICAÇÓES NAVAIS E A TSF NA ARMA- que, neste século, leve que enfrentar.
DA H publicado pelas Edições Culturais da Marinha em Reconheço o trabalho meritório, anterior e posterior, c/,l
1988.
Direcção do Serviço de Electricidade e Comunicações (DSEC), ('
presto a minha homenagem ii todos quallfos contribuiram p,lra
que este Serviço tivesse tido, como teve, uma projecção ver-
dadeiramente nacional.
Moura da Fonseca António Emílio Sacclletti
Vicl.'-AlmirJntl.' REF Vice-Almir,lfl/!'
C'ONVIVIOS
BODAS DE OURO DO IX ALISTAMENTO DE ALUNOS MARINHEIROS 1947/1997
• Meio século apôs o dia em naquela unidade. A VjSita~pelO capelão da unidade, A históriil aqui oon~
que pela primeira vez trans- que foi do agrado geral. ~. a alocução proferida por NJoéclemimque/em \'Ol
puseram os umbrais do ponão constituiu para 05 ex- 1'. um dos ex-alunos, a Pois ne/iI está 1'I.'!r.J1i1d.3
A vid.! de todos nós
da Escola de Alunos Marinhei- alunos uma romagem de .: • deposição de ílores
ros, reencontraram-se, em 17 saudade aos locais que os ~ junto ao pedestal H A Esej8riosi1eudl.'\'O
A-\c:InlernOS bons que passei
de Maio, neste mesmo local, viram nascer para a vida PATRIA HONRAI", os Dec:f'fIO eliI me dI.'\-e
alunos do IX Alistamento, naval. O caris dinãmico e evo- toques de clarim e o recolhi- Os ilnos que lã deixei
familiares e amigos para lutivo do ensino ministrado na menta num minuto de silêncio
comemorarem O S(Jl aniversário Armada, presente na exposição, por alma e em homenagem aos Também este ano, a exemplo
deste acontecimento. prendeu o interesse de miúdos que já paniram, constituiram o do que havia sido feito em 1987
Apresentados cumprimentos e graúdos, constituindo a e5- ponto mais signiiícativo das aquando da passagem do 4(Jl
ao Delegado do Comando do cassez do tempo precioso auxi- comemorações. aniversário (vidé Revista da
Q
GN l da E.A., efectuou-se a liar dos avós embaraçados com No almoço que se seguiu Arma nll"J87 - 17/4/87), foi cria-
visita às instalações, ao museu e as perguntas de que eram alvo. num restaurante da zona, houve do um símbolo evocativo desta
à exposição didáctica patente A missa cantada, celebrada enseja para rememoriar acon- data o qual, aglutinando
tecimentos. avaliar os estragos motivos navais, se destina a
de an05, invocar figuras e ler ornamentar o museu das nossas
versos alusivos, dos quais recordações.
respigamos: O IX Alistamento agradece a
todos quantos participaram ou
,\t.lsqwndoil Siludi1de. iI{JI.'f!a
Abro o SiICO da511l1.'f71ÓridS de algum modo contribuiram
E ilíil[;dndo os meus netos para a realização deste con-
Rf",;''C)ils mmh.ls hiSlÓl'iilS vívio.
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