Page 106 - Revista da Armada
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QUARTO DE FOLGA
JOGUEMOS O BRIDGE PASSATEMPO
JOGUEMOS O BRIDGE
PASSATEMPO
(Problema Nº 5) A figura representa um barco de pesca de Timor, designado
“Beiro”, do tipo Patmaran, com vela de esteira, mastro triplo e
Norte (N): Sul (S): balanceiros de bambu.
♠ – RV9 ♠ – AD1053 Estes dois desenhos contêm, todavia, sete diferenças que
♥ – A654 ♥ – 3 desafiamos o leitor a identificar.
♦ – R62 ♦ – AD85
♣ – AR5 ♣ – 863
A
Como deve S jogar 6 ♠ com saída a ♣ D e ♠ 4-1.
(Solução nesta página)
(Problema Nº 6)
Norte (N): Sul (S):
♠ – R1084 ♠ – ADV975
♥ – R7643 ♥ – A52
♦ – A2 ♦ – 3
♣ – 43 ♣ – R76
W defende até 5 ♦ e empurra NS para 5 ♠ saindo a ♦ R. Como
deve S jogar.
(Solução no próximo número)
SOLUÇÕES
PROBLEMA Nº 4
A preocupação do carteador será a de defender o ♥ R e portanto deixa
fazer ♣ R e se W continuar com a ♣ D deixa também fazer; no ♣ A balda B
um ♦ e testa se os ♦ estão 3-3 para apurar o quarto e baldar uma ♥ após
destrunfo a acabar no morto. Se não estiverem ou o ♣ A for cortado só lhe
resta esperar pelo ♥A bem colocado. Não confie só na sorte e analise
sempre outras hipóteses.
PROBLEMA Nº 5
À mesa o carteador pensa inicialmente no “morto invertido”, como vimos no
problema nº 3, para cortar 3 ♥ na mão e baldar uma das suas perdentes: ♦
(se não estiverem 3-3) ou ♣. Assim começa o carteio ♣ A, ♥ A e ♥ que
corta; como existem entradas suficientes em N deve-se, no entanto, verificar
a distribuição das ♠ dando duas voltas de trunfo nas 4ª e 5ª vazas a terminar
no morto; ao constatar os 4-1 altera-se a linha de jogo e recorre-se à chama-
da “manobra de Guillemard”, ou seja, testar a distribuição dos ♦ e esperar
que, caso estejam 4-2, a mão que tenha as 4 ♠ tenha também os 4 ♦ para
cortar o ♦ perdente no morto, dando apenas um ♣. Para este tipo de mãos
passa, assim, a dispor de duas técnicas de carteio, seguindo a melhor linha de
jogo conforme as circunstâncias.
Nunes Marques
CALM AN Desenho da autoria do CMG Sousa Machado
DESCUBRA AS PALAVRAS EM FALTA
DESCUBRA AS PALAVRAS EM FALTA
Transcrição do Livro “Batalhas e Combates da Marinha Portuguesa”, (Vol II do Cte. Saturnino Monteiro)
Aconteceu então que, certa noite, foi a Ternate, sem combinação nosso capitão dizia que já que dois ——— por natureza tão hostis
prévia, um soldado espanhol que, por esse facto, D. Jorge de um ao outro conseguiam viver em harmonia quando metidos no
Meneses ——— prender. Pois tanto ——— para que Fernão de la mesmo ———, porque é que os portugueses e os espanhóis que
Torre enviasse àquela cidade, com grande espalhafato, um embai- estavam nas Molucas, todos cristãos e súbditos de monarcas tão
xador a fim de reclamar a ——— do soldado. Foi no âmbito dessa amigos, não haviam de viver em paz?! Agradeceu o embaixador a
embaixada que ocorreu um episódio que, pelo seu pitoresco, não ——— e mandou perguntar a D. Jorge qual das duas nações represen-
resistimos a contar. tava o cão e qual o gato! Não se desconcertou aquele e respondeu-
A dada altura, para obsequiar o embaixador ———, D. Jorge -lhe que lhe parecia que o ——— representava os Espanhóis porque o
mandou-lhe um bolo em cujo cesto iam um pequeno cão e um tinha arranhado muito e que o cão representava os Portugueses porque
pequeno gato. Acompanhava o presente uma missiva em que o tinha fé de que os havia de abocanhar de uma só vez!
32 MARÇO 99 • REVISTA DA ARMADA