Page 330 - Revista da Armada
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PONTO AO MEIO DIA
Gestão de Infra-Estruturas
Uma Dinâmica de Mudança e Modernidade
“Preparar o futuro é mais nobre do que Em 19NOV84, e após 23 anos de funcio- porta desenvolver e que a seguir se men-
ape nas viver o presente” namento, é extinta a CANIFA, sendo transferi- cionam:
Vidal Abreu, ALM das para a DIN a competência e a totalidade No âmbito da Directiva de Política Naval
(NOV.2002) das suas atribuições em matéria de obras no- nº 03/03 (A) 20MAI04
vas, da Marinha. No âmbito desta Directiva, interessa rele-
INTRODUÇÃO Em 2001 e sem negar o princípio da homo- var a elaboração e aperfeiçoamento dos
Esta oportunidade que me é concedida geneidade de objectivos, operou-se uma planos directores para a área de infra-estru-
pela Revista da Armada, decorrido que foi nova modificação na estrutura da DI, com a turas, acção que terá o seu pleno desenvol-
um ano no exercício das funções de Direc- extinção da Divisão de Telecomunicações de vimento em 2005, com a aprovação recente
tor de Infra-Estruturas, oferece a vantagem acordo com um novo modelo organizativo das ILA 8.
de suceder à intervenção, nesta mesma ru- nas áreas de Tecnologias de Informação e Co- Igualmente, durante o ano de 2005 e
brica, de diversos responsáveis da Marinha municação imposto pelo progresso e como se guintes e no âmbito desta Directiva,
focando, entre outras, as vertentes Operacio- um caminho para a aplicação mais eficaz dos prossegui rão actividades no âmbito do pro-
nal, dos Recursos Huma nos, Financeiros e recursos dis poníveis nessa área. jecto e/ou execução de obras, de grande im-
do Material. portância para a Marinha, de que se salien-
Atendendo ao tema seleccionado, gostaria O PROCESSO DE MUDANÇA ta: Reordenamento do Parque Escolar (RPE),
de salientar a abordagem sobre “Remodela- Nos anos mais recentes, a DI tem vindo a com o objectivo de em 2007/2008 ser iniciado
ção de Infra-Estruturas” efectuada anterior- desenvolver a desejada mudança, tanto por o primeiro ano lectivo da ETNA; Reordena-
mente pelo VALM SSM, elucidativa sobre a factores de ordem externa associados à activi- mento Infra-Estru tural do Comando da Zona
dimensão do conjunto de infra-estruturas dade do mercado e modernidade, como de Marítima dos Aço res; Automatização das Es-
atribuídas à Mari nha e desafios a enfren- ordem interna, que obrigaram a diferentes tações Rádio Navais e entrada ao serviço do
tar no futuro. métodos de gestão, com aumento da moti- Centro de Comunica ções, de Dados e de Ci-
Para o responsável directo pelo Organis- vação e produti vidade, para além de um in- fra da Marinha (CCM), no Alfeite; Edificação
mo de Direcção Técnica de Infra-Estrutu- cremento do recurso ao “outsourcing”, tanto das novas instalações do Comando Naval em
ras da Marinha, é claro que, quanto à situ- na execução de pro jectos de arquitectura e Monsanto; Remodelação e adaptação da Es-
ação actual, o diagnóstico está efectuado e especialidades e fiscali zação de obras, como quadrilha de Submarinos, no Alfeite.
existe doutrina, legislação, procedimentos e na análise de riscos e segurança contra-in- No âmbito das ILA 7 - Instruções para a
orientação superior que permitem exercer cêndios dos edifícios e instalações. Orga nização da Manutenção das Infra-Es-
as competências atribuí das e desenvolver as Por outro lado, a política de descentraliza- truturas
actividades de acordo com os planeamentos ção na execução, tem vindo a ser desenvol- É essencial proceder à reabilitação do
aprovados. vida, em paralelo com a necessária fiscali- sis tema de gestão de manutenção de infra-
zação e controlo ao nível do ODT. -estrutu ras, principalmente no que respeita
MISSÃO E COMPETÊNCIAS às vertentes do planeamento a curto, médio
A Direcção de Infra-Estruturas é um Orga- OBJECTIVOS E ESTRATÉGIA e longo prazo e da execução, promoven-
nismo de Direcção Técnica da Superintendên- No prosseguimento das acções e activida- do uma maior disci plina dos Organismos
cia dos Serviços do Material, exercendo as des já definidas anteriormente, pretende- e Unidades no cumpri mento da doutrina
competências conferidas pelo art.º 35º do De- -se, no futuro, consolidar e desenvolver em vigor, em especial quanto à calendari-
creto-Regulamentar n.º 23/94 de 1 de Setem- as medidas conducentes ao aumento da zação das diversas fases de intervenção dos
bro, com exclusão das respeitantes à área de eficácia e eficiên cia no exercício pleno da Organismos ou UA’S, das entidades coor-
Telecomunicações, as quais se podem resu- actividade da DI como Organismo de Di- denadoras e da Direcção Téc nica.
mir no exercício das funções de direcção téc- recção Técnica. No âmbito da Formação e Qualificação
nica das Infra-Estruturas em todo o seu ciclo Para esse efeito, torna-se necessário a Em toda a actividade da Direcção, é
de vida, incluindo o equipamento e primeiro adopção das seguintes linhas de acção: essen cial garantir a formação e valoriza-
apetrechamento. − Planeamento e gestão rigorosa dos ção dos recursos humanos, nomeadamente
Isto em todos os 1706 imóveis afectos à Ma- projectos. nas áreas específicas de arquitectura e en-
rinha, organizando e mantendo actualizado − Coordenação de acção através do diá- genharia onde, em paralelo com o recurso
o respectivo arquivo, de modo a assegurar, logo, cooperação e articulação dos à subcontratação, interessa dispor de capa-
também, a execução das actividades relativas vários interlocu tores e Unidades/ cidade técnica que viabilize a actualização
ao estabelecimento e fiscalização das servi- Organismos da Marinha. dos quadros e um processo contínuo de
dões militares e licencia mento de construções − Investimento na formação e valorização inovação e aquisição de conhecimentos.
e obras nas áreas por elas abrangidas. dos recursos humanos. Igualmente a formação e especialização
− Iniciativa no desenvolvimento de um em aquisição pública de bens e serviços é
EVOLUÇÃO ORGANIZACIONAL pro cesso contínuo de mudança. impor tante para o desempenho de funções
A DI é sucedânea da Direcção de Infra-Es- − Execução e prestação de serviços com na Direc ção de Infra-Estruturas.
truturas Navais (DIN) criada em 31JAN70, quali dade.
por despacho do Ministro da Marinha e na − Exercício pleno da autoridade de ODT. ACTIVIDADE DESENVOLVIDA
decor rência da criação em 1968 da Superin- Este plano de actividades, abrange um A maioria das actividades desenvolvidas
tendência dos Serviços do Material. conjunto de objectivos estratégicos que im- compreende as obras planeadas no âmbito
4 NOVEMBRO 2004 U REVISTA DA ARMADA