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No dia 28 de abril, completaram-se vinte anos sobre a
data em que a fragata D. Fernando II e Glória foi aumen-
tada ao efetivo das Unidades Auxiliares da Marinha, pelo
Despacho n.º 24/98 de 27 de abril, do então Chefe do
Estado-Maior da Armada, Almirante Nuno Gonçalo Vieira
Matias.
O processo de restauro da fragata, impulsionado pelo
Almirante Andrade e Silva, teve como marco iniciador a
assinatura de um protocolo, celebrado entre a Comissão
Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos
Portugueses e a Marinha, em 2 de outubro de 1990.
As comemorações alusivas à data consistiram num
almoço-convívio a bordo e na inauguração de uma expo-
sição relativa à reconstrução estrutural na Ria-Marine, em
Aveiro, o aprestamento no Arsenal do Alfeite e cerimónia
de aumento ao efetivo da Marinha.
A cerimónia de inauguração da exposição evocativa
do vigésimo aniversário da reconstrução decorreu no
pavimento da Bateria, no dia 4 de maio. Presidida pelo
VALM Mourão Ezequiel, Diretor da Comissão Cultural de
Marinha, contou com a presença de inúmeros convida-
dos civis e militares, realçando-se a presença das esposa
e filha do Almirante Andrade e Silva.
A D. Fernando II e Glória, última nau da Carreira da
Índia, integrada no património do Museu de Marinha e
funcionando como museu e local de exposições, constitui
uma oportunidade de preservar um valor cultural, repre-
sentativo do período final de uma época histórica que
durou quase quatro séculos, de uma epopeia marcada
pela iniciativa e pela coragem dos portugueses.
A fragata encontra-se desde novembro de 2007 insta-
lada na Doca Seca nº 1 dos antigos estaleiros da Parry
and Son, em Cacilhas, tendo aberto a visitas em março de
2008, permanecendo neste local ao abrigo de protocolo
formalizado com a Câmara Municipal de Almada para a
constituição de um polo museológico, em conjunto com
o Farol de Cacilhas e o submarino Barracuda.
Atual guarnição do navio