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SUMÁRIO
OS CÃES NO CORPO DE FUZILEIROS
02 700 Anos da Marinha – Cerimónia de Encerramento OS VALORES E MÉRITOS
DOS FUZILEIROS 04
07 NRP Viana do Castelo. Frontex – Missão Lampedusa s Cães de Guerra no Corpo de Fuzileiros surgem no decor-
09 Lusitano 17 Orer da Guerra Colonial, tendo os primeiros Pastores Alemães
sido adquiridos à África do Sul, com o objetivo dos Destacamen-
18 Cerimónia Militar tos e Companhias enfrentarem a profusão de minas e armadilhas
colocadas pelo inimigo nos vários teatros de operações.
22 Direito do Mar e Direito Marítimo (13) biose única, e o uso destes animais no serviço militar foi, e é, um
O relacionamento do homem com o cão sempre foi uma sim-
24 Academia de Marinha fator importante e fundamental para o combate. Aproveitando
a mais-valia proporcionada pelas características destes animais,
25 Notícias tais como o seu faro, a audição, a visão, a mobilidade, a velo-
cidade e a sua capacidade de aprendizagem, os primeiros cães
28 Novas Histórias da Botica (66) 11 BALANÇO DAS empregues pelos Fuzileiros foram treinados para guarda, dete-
ção de minas e armadilhas, e emboscadas.
29 Estórias (37) ATIVIDADES 2017 – MARINHA todos os teatros de operações, foi em Moçambique que a sua
Apesar de haver registos do emprego de Cães de Guerra em
30 Vigia da História (97) utilização teve maior destaque, utilizados em patrulhas de com- No âmbito das operações anfíbias em Porto Amélia, o Desta-
31 Desporto bate, em vigilância à Estação Radionaval de Lourenço Marques camento de Fuzileiros Especiais N.º 1 (DFE 1) também utilizou,
(atual Maputo) e ao aquartelamento dos Fuzileiros na Machava,
por diversas vezes, os Cães de Guerra. Apesar destes animais
32 Saúde para Todos (51) em patrulhas da Polícia Naval e, ainda, em Paradas militares. nunca terem entrado diretamente em combate, e mesmo tendo-
Em 13 de janeiro de 1966, foi registada pela primeira vez a utili-
-se registado a morte da “Lady” que tropeçou numa armadilha
33 Quarto de Folga zação em combate de um cão de guerra, numa operação em que durante uma operação, os Cães de Guerra deixaram-nos valiosos
três secções do Destacamento de Fuzileiros Especiais N.º 12 (DFE
ensinamentos sobre a vantagem do seu emprego operacional.
34 Notícias Pessoais / Convívios 12) foram reforçadas por uma secção da Companhia de Fuzileiros em curso, foi necessário multiplicar as forças com recurso ao
No final da guerra colonial, com o processo de desmobilização
N.º 6 (CF 6), um Cão de Guerra e o seu tratador:
CC Símbolos Heráldicos “Iniciada a progressão para o interior, foi avistado numa curva emprego dos Cães, para serem usados como sentinelas na defesa
de picada um grupo IN, constituído por 7 elementos armados.
BALANÇO DAS Foi aberto fogo imediatamente mas o IN que ainda se encon- das instalações e dos pontos sensíveis das unidades do Corpo de
ATIVIDADES 2017 – AMN 20trava longe, fugiu, não dando tempo a que se lançasse o cão[…] Fuzileiros, sobretudo no arco noturno, período durante o qual
eram colocados em certas posições estratégicas do perímetro
[…] De registar o comportamento impecável do cão de guerra defensivo para realizarem serviço de guarda, substituindo cada
que pela primeira vez acompanhou uma Força numa operação um três militares.
do género”. No verão de 1974, a Escola de Fuzileiros, com o apoio do Clube
DFE 12, Operação “Teimosia”, Janeiro 66 Português de Canicultura, adquiriu seis cães de raça Serra da
Estrela, de pelo comprido (4 fêmeas e 2 machos), iniciando-se
assim o Centro de Criação e Treino
de Cães de Guerra.
No espaço de um ano foram cons-
truídas oito boxes para os animais,
e começaram os treinos com o
objetivo de formar cães de guarda
e cães para a intervenção, ficando
para segundo plano os “Cães de
Água”. Em setembro de 1975, o
Capa Comando da Escola de Fuzileiros
Pelotão de Fuzileiros desfilando com o uniforme
da Brigada Real da Marinha. submeteu uma proposta para asse-
Foto SMOR L Almeida de Carvalho gurar a/o:
“a) Manutenção e apuramento das
raças caninas nacionais “Serra da
Revista da
ARMADA Estrela” (pelo comprido) e “Cão de
Água Português”.
b) Treino de exemplares de raça
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Capa da Revista da Armada nº151, de abril de 1984
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JANEIRO 2018 3 MARÇO 2019