Page 29 - Revista da Armada
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UMA EMBAIXADA MUSICAL várias centenas ou os vários mi-
NA GUINÉ E CABO VERDE Iharesde eleme,ntos das Forças
Armadas para quem "Os Náuticos»
Nem as pessoas nem as coisas actuaram. Marinha, Exército e
são fruto da mera casualidade. Força Aérea, sem referenciar a
A música também não aparece ao inúmera população civil, em Buba,
acaso. ° esforço, trabalho, sacri- Farim, Ganturé, Bige'ne, Vila Ca-
fício, persistênoia e dinamismo cheu, Bolama, Te,i«eira Pi n to,
estão na base de qualquer obra, Cumeré e Bissau, na Guiné, e
de qualquer realização. ainda em Mindelo, na ilha cabo-
Assim aconteceu com o apare- verdiana de S. Vicente, consti-
cimento do Conjunto Musical "Os tuíram, de mãos dadas, o auditó-
NáuUcos» no Grupo 2 de Escolas rio activo, alegre e entusiasta de
Aspecto do desfile das Forças em
da Armada. Recordo muito bem "0's Náuticos». Parada
como um e outro elemento que Aqui e além, na cidade o'u no
hoje compõem o Conjunto foram mato, em estádios ou em peque- DIA DE PORTUGAL
aparecendo. R e c o r d o também nos re'cintos, em grandes salas de
. como o instrumental foi" adquirido. espectáculo ou em telheiros res- No dia 10 de, Junho celebmu>-se
E, quer num campe quer neutro, guardados por muros de "bidons», uma vez mais o Dia' de Portugal,
foram muitas as dificuldades a su- feram "Os Náuticos» portaderes com a concentração na Praça do
Comércio, de· cerca de 4.000 ho-
pe'rar. de uma sã alegria e boa disposi-
mens das unidades da guarnição
Contudo, valeu a pe,na. Das reu- ção.
militar de Lisbea, da Armada,
niões da Associaçãe dos Marinhei- Talve'z nunca a música tivesse Força Aérea, estabe,lecimentos
ros Catól'icos, o campe obscuro uma linguagem tão eloquente, para militares e cerperações militari-
de grandes sementeiras, onde "Os aqueles milhares de marinheiros zadas.
Náuticos» trautearam os primei- e soldados! Disso se tornaram eco Pe'rante Suas Excelências o
Chefe: do, Estade e' Presidente' do
ros acordes, viriam a ser pro- os seus pedidos: Hquem ou voltem
Conselho, outres membros do
jectades para grande,s auditórios, depressa. Governo, altas entidades civis e
grandes palcos, grandes fe'stas; Porém, "o.s Náuticos» tinham de militares e autoridades religiosas,
projectados par.a a grande im- regressar à Metrópole. foram conde: corados 100 milita-
prensa, a rádio e a televisão. Mas, Nos hespitais tinham deixado re:s de várias patentes e' de diver-
sas armas, alguns a título pós-
continuamos a dizer, as coisas um sinal de espe'rança, nas pica-
tumo.
não nascem per ac'aso. E também das um rasto de ale:gria, no ~mato Das condecoraçõe's atribuídas
não foi casualmente que "Os Náu- um apelo de ceragem, em toda a destacam-se! duas medalhas da
ticos» saíram do Grupo 2 de Esco- parte um pouco de conforto. Ordem Militar da Torre e Esp'ada,
las para fazer uma digressãe pelas E se muito eles deixaram de si, entregues pelo Chefe do Estade
ao 1.° sargento de' infantaria Ma-
Províncias da Guiné e Cabo transformado em música, muito
nuel Isaías Pires ,e ae 2.° sargento
Verde. Dos seus efeitos e das eles trouxeram transformado em fuzileiro especial Martins Teixeira.
suas vantagens poderiam falar as vontade de mais poder dar.
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