Page 206 - Revista da Armada

«Mar. FZE Eduardo Henriques Pereira, 24 anos, sol- emboscadas desencadeadas da margem ao longo do
teiro, sofreu em 21 de Maio de 1969 no Chilombo, em percurSQ)).
Angola, um acidente em serviço e por motivo do (Extraído dos louvores dados pelo comandante do .
mesmo, do qual lhe resultou a morte. DFE 9, na Guiné, em 1964, pela comandante das Ins-
Duas medalhas de Mérito Militar de 4.a classe que talações Navais da Ilha do Cabo (Luanda) em 1968, e
lhe foram concedidas em 1965 e 1967, respectiva- pelo comandante do DFE 2, em Angola, em 1968).
mente, premiaram uma exemplar carreira de militar:
bravo no combate, sempre pronto para missões arris- E creio que não são precisos mais exemplos para
cadas, corajoso e altruísta em todas as circunstâncias, demonstrar a justiça de registar e dar a conhecer os
carreira essa que a morte prematuramente encurtou. nomes destes heróis, porque de heróis se trata de
Em 1964, durante uma operação realizada na Guiné, facto, apesar de não terem morrido em combate. São,
o marinheiro Pereira colaborou voluntária e activa- tal como estes últimos, dignos do respeito e da admi-
mente em socorro dos feridos da sua unidade, muito ração de todos os portugueses que verdadeiramente
próximo das posições ocupadas pelo adversário; pos- amam a sua Pátria.
teriormente, desenvolveu intensa actividade na traves-
sia de um rio por três destacamentos, atravessando-o
a nado, vezes sem conta, acompanhando pessoal e
N.R. - As rslaçlJes dos mortos e louvores mencionados neste tnI-
material, contribuindo decisivamente para o êxito da balho fonun elabomdas pelo cap.-fmg. Henrique Ferreira Pinto, vogal
operação. da COLOREDO e facultadas pelo ela/m. Toste Cardoso, presidente
Em Fevereiro de 1968, por ocasião de um incên- daquela Comiss4o, a quem apresentamos os nossos agradecimentos.
dio ocorrido em barracas do bairro nativo da Ilha do
Cabo, em Luanda, correndo sérios riscos e sofrendo
queimaduras e um ferimento, salvou uma criança que *
se encontrava dentro de uma das barracas que ardiam,
Confonne foi dito para o caso dos mortos em com-
só vindo a retirar-se do local depois de instado por
bate, é natural haver omissões e deficiências nos
vários camaradas. registos transcritos neste artigo. Pede·se ás pessoas
Em Agosto do mesmo ano, numa acção no leste
que as notarem o favor de as comunicarem à COLO-
de Angola, na impossibilidade de se conseguir a vinda
REDO, Instalações Navais de Alcântara, Praça da
de um helicóptero para a evacuação de um camarada
Armada, 1399 Lisboa Codex, tel. 661141142, ext.28.
gravemente ferido, transportou-o s6zinho num bote
até ao Chilombo, durante cerca de duas horas de
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trajecto no rio, indiferente ao perigo de possíveis

Termin logia Naval

• RETÉM - Pessoal escalado para • RETORNO - Mudança de direc- • REVESSA - Corrente que se des-
substituir elementos que por qual- ção imprimido a um cabo através de loca em sentido contrário ao da cor-
quer eventualidade possam faltar ao adequada peça de poleame. rente normal ou principal;
serviço ou para reforçar esses mes- contra-corrente; revesa.
mos elementos. • RETRANCA - Verga destinada a
envergar a esteira de uma vela latina • REVESTIMENTO DE QUERENA
dispondo no lais de dentro de uma - Forro de madeira revestido de
• RETENIDA - Cabo de fibra, de
pequena bitola, dispondo de uma boca de lobo ou de um cachimbo chapa de cobre ou zinco que outrora
pinha num dos chicotes para maior para apoio no mastro. Em calão se aplicava à parte mergulhada do
facilidade de arremesso e que habi- naval, .. pôr-se na retranca .. significa casco dos navios de ferro com o fim
tualmente é usado nas manobras de acautelar-se, prevenir-se. de lhe evitar ou reduzir corrosões.
atracação, para passar uma espia ou
• RETRIBUIR A SALVA - Corres-
virador para terra, outro navio, ou
ponder a uma salva efectuada.
embarcação.
• REVÉS - Reverso; contrário;
• RETIDO PELO MAR - Navio oposto.
impedido de prosseguir a sua via-
gem por motivo de mau estado do • REVÉS DA VELA - Face de S. Elpldio,
mar. sotavento de uma vela. cap.-m.-g. AN
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