Page 244 - Revista da Armada
P. 244

CONvivlOS

          Os alunos voluntários de  1949 e seus fami-      •
          liares, reuniram-se num almoço-ronvívio, na
          Amora, em  14 de Maio passado. O almoço,   Os  ",filhos  da  escol a~  de  1944  e  seus
          que decorreu num ambiente de franca cama-  familiares,  reuniram-se  recentemente  num
          radagem e são convfvio, serviu para relem-  almoço-convívio em Lisboa. Segundo carta
          brar alguns episódios pitorescos passados na   que nos escreveu um deles, 1. _sarg. M RAa
                                                                 0
          Marinha e para abraçar amigos que há muito   Joaquim  Cabrita  Machado,  decorreu  num
          se  não  viam.                    ambiente de grande camaradagem e alegria,
             Alguns  .filhos  da  escola_  fIZeram-se   sendo  relembrados  episódios  passados  na
          acompanhar  dos  seus  netos,  o  que  tornou   Marinha  que  todos  os  presentes  muito  se
          mais  garrido aquele  convívio.   orgulham de  ter servido.
             Para o ano, prometem juntar-se de novo,
          desta  vez  em  Tomar,  a  linda  cidade  do
          Nabão .
          •••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••


                                            NOTiCIAS DA ACADEMIA
                                            DE MARINHA

                                            No dia  18 de Maio passado,  realizou-se  na   nário da 6. ·  Repanição do  Ministério  das
                                            Academia  de  Marinha  uma  sessão  plenária   Finanças.  Desde  então  o  eng."  Sampaio
                                            para ouvir uma comunicação do engenheiro   Ribeiro  é  um  admirador  e  um  amigo  da
                                            Manuel  Sampaio  Ribeiro  subordinada  ao   Marinha.
                                            título  «A  Verdadeira  Efígie  do  Infante   O orador começou por dizer que há peno
                                            D.  HenriqUe».                    de um século que investigadores e historia-
                                               Dirigiu a sessão o presidente da Acade-  dores,  nacionais  e  estrangeiros,  procuram
                                            mia, contra-almirante ECN Rogério de Oli-  esclarecer qual das quatro figurações - está-
                                            veira que fez  a apresentação do conferente,   tua jacente do  seu  túmulo,  no  Mosteiro  da
                                            um estudioso de longa data da vida e obra do   Batalha; retrato dos painéis de S.  Vicente de
                                            Infante D.  Henrique, com vastíssima biblio-  Fora; iluminura do manuscrito da Cronica da
                                            grafia sobre o assunto, homem ligado ao mar   Guiné, de Zurara, e estátua do ponal sul da
                                            (fOi engenheiro maquinista da Marinha Mer-  Igreja dos Jerónimos -, será a verdadeira.
                                            cante),  filho  de  Mário  Sampaio  Ribeiro,   O  trabalho  do  orador  incidiu  sobre  a
                                            também ele  um estudioso da  musicologia e   última, que julga ser a autêntica, sendo, aliás,
                                            história dos  Descobrimentos.  Foi  pela mão   a única referenciada nas cronicas ou códices
          o engenMiro Manuel Sampoio Ri~iro.pronuncia   deste que,  ainda menino, veio muitas vezes   coeyos.
          a sua  confuincja  (fo/Q  de  Reinaldo  de  Castro).   ao Ministério da Marinha,  onde era funeio-  Vários autores de mérito reconhecido -
                                                                              Mello e Castro, Luís Rcis Santos, Selard da
                                                                              Fonseca,  Mário  Sampaio  Ribeiro,  Ernesto
                                                                              Soares e, muito recentemente, a Dr. ·  Tereza
                                                                              S. de Castelo Branco -, têm tentado demons-
                                                                              trar que o homem  do  chapeirllo bolonhês,
                                                                              figura  bizarra e seráfica que  se vê nos pai-
                                                                              néis e na crónica de Zurara, muito parecidos,
                                                                              não é o Infante que, nem sequer está retratado
                                                                              nos painéis.
                                                                                 O  eng."  Sampaio  Ribeiro,  muito  bem
                                                                              documentado, apresentou  no  final  o  retrato
                                                                              do Infante, feito a panir da estátua dos Jeró-
                                                                              nimos  e  colorido  por  pessoa  competente.
                                                                              Representa um jovem guerreiro,  bem cons-
                                                                              tituido,  de olhar expressivo  e  yoluntarioso
                                                                              igual aos que, a seu mando e sob a sua direc-
                                                                              ção,  se  fizeram ao mar  para  levar a cabo a
                                                                              maravilhosa  epopeia  dos  Descobrimentos.
                                                                              Foi assim que o representaram nessa estátua,
                                                                              que  foi  feita  através do  testemunho de pes-
                                                                              soas  que o conheceram em  vida.
                                                                                 No final  da sessão houve um período de
                                                                              perguntas e respostas, mostrando-se o orador
                                                                              muito  seguro  nos  esclarecimentos  que  lhe
                                                                              foram  solicitados.  O  presidente encerrou a
                                                                              sessão,  sendo  o  conferencista  muito
                                                                              aplaudido.
                                                                                              •
                                                                                 No Auditório da Academia de Marinha.
                                                                               realizou-se  no  dia  4  de  Maio.  uma  sessão
                                                                              plenária da  Academia de  Marinha.  em  que
                                                                              o  Arquitecto  José  N.  Cid  Tudela,  membro
                                                                              efectivo daquela Academia. apresentou uma
                                                                              comunicação subordinada ao título «A  Fra-

         26
   239   240   241   242   243   244   245   246   247   248   249