Page 190 - Revista da Armada
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Enquanto não chegam 05 ((Lynx»
Pilotos de helicópteros
cumprem outras missões
.. Foi rápido e espectacular o salvamento dos tripulantes do cargueiro já era enorme e a tragédia estava à
Petlélope /, que encalhou na Foz do Douro. Pilotado por um oficial de vista, chegou o helicóptero.
Marinha, um helicóptero da Força Aérea conseguiu evitar o drama que A tensão aumentou. De terra,
se antevia, se só estivessem disponíveis meios de socorro terrestres ... avistavam-se os tripulantes reunidos
a ré do navio, adivinhand<rse-lhes a
in .publir:o~. ~diç40 de 3/13/92
angústia pela situação difícil em que
se encontravam, mas em terra temia-
a madrugada do dia 30 de tentados os procedimentos comuns -se que o vento e a chuva impossibi-
Março, repetiu-se um acon- neste tipo de acideme, como O cabo litassem a manobra do helicóptero.
N tecimenlo, infelizmente cr6- vaivém, sistema que, através de uma Ainda segundo a já referida edi-
nico, na área marítima de aproxima- b6ia, costuma ser eficaz com mar de ção do «Público .. , depoisjoi um ver-
ção ao porto de Leixões. feição. Mas rapidamente se tomOIl dadeiro festival de penda e profis-
Acossado pelo temporal, um car- percept(vel que os riscos seriam sionalismo, em viagens sucessivas o
gueiro grego, que arvorava pavilhão momes. piloto (evava o aparelho alé poucos
de conveniência panamiano e se en- Por isso, foi decidido pedir auxf- metros do convés, recolhia um tripu·
contrava fundeado à entrada do porto, lia à Base Aérea de S. Jacinto, onde (ante, com um cinto de segurança
partiu a amarra e, à deriva, foi enca- o responsável pela pilotagem do heli- especial, e deixavo--o, soo e salvo. em
Ihar nas proximidades do Castelo do c6ptero de serviço era o 2TEN de cima de um rochedo na praia. Ambu~
Queijo. marinha João Antunes Dias. láncias iam e vinham entre o Hospital
Uma vez mais aquelas penedias, Cer<.:a das 8 horas e 30 minutos, de Matosinhos e o Castelo do Queijo,
onde até há pouco eram bem visíveis quando a ansiedade no mar e em terra d medida que o helicóptero {ibenava
os destroços do Jacob Maersk, que
no mesmo local naufragara em 1975, ~
confirmavam a sua tendência para ~
serem um verdadeiro «cemitério de ~
f
navios... . . \
Eram cerca de 6 horas e 25 ml- ~ \
nu tos quando, na escuridão da noite l •
e sob nevoeiro, com chuva copiosa, ~
forte ventania e vagas alterosas, a ~
tripulação do Penélope I lançou o ~
alarme através de «very-lights... ~
AJenadas a Capitania do Porto de ~
Leixões e os Bombeiros. de imediato ~
foram tomadas as medidas mais apro- <lo:.
priadas e possíveis, no sentido de
recolher em segurança os tripulantes -l< I...,";;
. •
d o navIo. ~
De acordo com o jornal "Público .. "'-
de 31/3/92. as vagas de 4 metros e
a imempérie tomavam pralicameme
inúteis os meios de sah'amento displr
,,(veis em terra. Apesar disso. foram O tull"iQ Erika Bojer t'ncalJsuM na barro da Figwt'lro da F~
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