Page 334 - Revista da Armada
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N.R.P. "Baptista de Andrade"
regressou do Mar Adriático
A corveta "BAPTISTA DE ANDRADE",
que desde 5 de Setembro esteve no mar
Adriático integrando a força naval da UEO,
terminou a sua missão e chegou a Lisboa no
dia 6 de Outubro.
Entretanto, a fragata "COMANDANTE
ROBERTO IVENS", que participara na mesma
força da UEO durante o mês de Agosto e que
depois foi integrada na STANAVFORlANT,
continua a sua missão de âmbito NATO.
Durante mais de 2 meses, um navio português
controlou os acessos marítimos à ex-Jugoslávia,
nos termos das Resoluções da ONU.
Conferência Interna- mandante Roberto Ivens" que
cional de Londres sobre largou de Lisboa a 22 de Julho
a
A ex-Jugoslávia, reali- e que, após ter sido rendida no
zada em 27 de Agosto. e as dia 4 de Setembro, no porto
reuniões preparatÓfias da Con- italiano de Brindisi, pela corve-
ferência de Paz, iniciadas em ta "Baptista de Andrade'", se
Genebra em 3 de Setembro, integrou na ST ANAVFORLANT
tardam em dar resultados satis- e se tem mantido integrada
fatórios. naquela força permanente, em
Embora os combates no ter- missão no Mediterrâneo
reno tenham diminuído de Oriental.
intensidade. fado que é notório Depois, roi a corveta "'Baptis-
pelo menor espaço que a Co- ta de Andrade- que, no dia 1
municação Social vem dedi- de Setembro. largou para o
cando ao contlito, parece estar- Adriático, onde substituiu a fra-
-se ainda longe da paz. O can- gata "'Comandante Roberto
saço, as dificuldades logísticas, Ivens" na força naval da UEO.
a pressão internacional, a pre- Rendida por um navio belga, a
sença de quase 20.000 solda- corveta portuguesa deixou
dos da ONU e eventuais arran· aquela força no dia 1 de Outu-
jos politicos entre as partes, bro e, no dia 6, entrou no porto
vêm atenuando a brutalidade de Lisboa, depois de ter cum-
dos primeiros meses de guerra, Portugal tem assumido, de Resoluções 713 e 757 do Con- prido 37 dias de missão.
embora à margem de um acOI'"- forma coerente e consequente, selho de Segurança das Na-
do de paz global. Os beligeran. as suas responsabilidades pe. ções Unidas. R.Costa
tes parecem querer assegurar O rante a comunidade intemacio- Primeiro, foi a íragata "Co- CTEN
domínio das áreas ocupadas nal, no sentido de contribuir
até Agosto e, com algumas para uma solução equilibrada
excepções, têm-se limitado a e justa do conflito. Nesse senti-
pequenos confrontos. do, disponibilizou os meios de
De qualquer forma, as rivali- carácter diplomático, humani-
dades em presença são de tal tário e militar, que foi conside-
ordem radicais e as diflculda- rado necessário agregar ao
eles são tão grandes, que o pro- contributo europeu . incluindo
gressivo "adormecimento" da a participaçâo de um navio na
opinião pública internacional força naval da UEO. em mis-
para a situação, nâo pode nem s:io de controlo e vigilância na
deve contagiar quem deva estar área do estreito de Olranlo, no
atento ii realidade no lerreno. mar Adriático, nos termos das
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