Page 378 - Revista da Armada
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A IISagres" de regresso a Portugal
A "Sagres" visitou a costa americana do Pacífico,
designadamente os portos de S. Diego e S. Fran-
cisco, e, confonne a Revista da Armada noticiou
na sua anterior edição, já iniciou .a sua viagem de
regresso a Portugal .
Tendo largado de
S. Francisco no dia
16 de Outubro, e
depois de ter esca·
lado o porto mexi·
cano de Acapulco
entre os dias 30 de
Outubro e 3 de
Novembro, o N.E.
·Sagres· atraves-
sou o canal do
Panamá, de Bal- no dia 4 de Dezembro, inicie a
boa para Co160, entre os dias derradeira tirada da sua longa
13 e 15 de Novembro, voltan· viagem, por (orma a chegar a
do a navegar nas águas do Lisboa antes do Natal. Nesta
oceano Atlântico. tirada, a "Sagres- navegará
Já com mais de 7 meses de via- entre os 30 e os 40 graus de
gem, o navio atravessou o mar latitude, evitando os ventos ali-
das Caraíbas e rumou para NE, seos de NE e aproveitando os
em direcção ao porto de ventos favoráveis de oeste, pro-
Kingslon, na Jamaica. venientes da circulaçao antici-
Depois desta escala, navegará clónica em volta das altas pres-
ainda para NE, até Hamilton. sões situadas na latitude dos
na Bermuda, prevendo-se que, Açores.
o processo de paz em Angola
(continuação da pág. 8) linguísticas, foi a obseNaç30 observadores inclui diversos República marcou as eleições
ainda 32 GF nos aeroportos e portuguesa aquela que desem- oficiais portugueses, incluindo gerais para 29 e 30 de Se-
bases aéreas, 22 GF nos portos penhou o papel mais activo e um oficial da Armada. tembro de 1992. Verificaram-
e 37 nos postos fron teiriços, influente nesta (omi5530, A CCFA recebeu regularmente se atrasos no acantonamento,
embora alguns destes não embora limitada pelo facto da grupos de militares de ambas na desmobilização, na forma·
tivessem chegado a ser activa- complexidade do processo ser as partes, aos quais ministrava ção das FAA, no controlo e
dos. Cada um dos 141 GF era de natureza política e os obser- cursos de formação durante entrega dos armamentos e
constituído, em média, por 12 vadores, nesse domínio, nao cerca de um mês, nos centros algumas outras anomalias, atri-
militares de cada uma das par- terem poderes decisórios. de instrução espalhados par buíveis sobretudo a alguma
tes. A coordenação de toda todo o território angolano. No falta de vontade politica de
esta actividade foi feita por Os Acordos de 8icesse previ- caso específico da Marinha, uma ou outra parte, dificulda-
6 Grupos Regionais (GR), di· am a criação das novas Forças em que o processo se revelava des logísticas e de comunica-
rectamente subordinados à Armadas Angolanas (F AA), que de menor complexidade, foi ção, e inexperiência.
CMVF. estariam formadas à data das realizada e implementada a Embora com dificuldades, o
A missão da CMVF revelou-se eleições, e a responsabilidade reestruturação da nova Ma- cessar fogo foi cumprido e o
muito complexa, pelo ineditis- pela sua formação foi cometida rinha Angolana, que terá sido diálogo entre as partes foi per-
mo do processo, pelas grandes a uma Comissão Conjunta para bem acei te, quer pelo Go- manente, factos que importa
distâncias a percorrer, pela a Formação das Forças Arma- verno, quer pela UNITA. realçar e que mereceram o
existência de estradas minadas, das Angolanas (CCFAl. aplauso unânime da comuni-
carências logísticas, indecisão A CCFA inclui representantes O desenvolvimento do proces- dade internacional. Nos dias
politica das partes e dificulda- do Governo e da UNITA, e SO de paz desenvolveu-se com 29 e 30 de Setembro realiza-
des de comando e controlo. observadores de Portugal , alguma normalidade. Nos ram-se as eleições, que foram
Naturalmente que, por razões Inglaterra e França. O grupo de finais de 1991 , o Presidente da fiscalizadas pela ONU. 1
16 DEZEMBRO 92 . REVISTA DA ARMADA