Page 202 - Revista da Armada
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dante da Força Naval promo- nhar, em cenários de crise por
veu uma coníerênCia de vezes bem complexos.
imprensa, que suscitou muito A generalidade das activida·
interesse e que foi largamente des consideradas ilícitas pela
divulgada. comunidade internacional
Por outro lado, na linha de levanta novos problemas no
uma tradição que a Marinha quadro da segurança das na·
conserva, o comandante da ções, requerendo, por vezes em
Força Naval ofereceu um primeira mão, uma actividade
"cocktail~ às autoridades civis naval aparentemente supletiva,
e militares portuenses, a bordo mas que é fundamental.
do navio-chefe. Embora os exercícios não
Na tarde de domingo, os constituam as missões navais
Empenhamento em vigor; a Submarinas, que embarcaram navios estiveram abertos ao prioritárias, tornam-se absolu-
segunda, respeita às acções de nas várias unidades da Força publico, tendo sido visitados tamente necessârios para ade-
abordagem e vistoria propria- Naval e que, nos Centros de por cerca de 6.000 pessoas, a quar o treino dos homens, dos
mente ditas, que incluem O Operações dos navios, partici- que não terá sido estranho o equipamentos e dos navios à
acesso a navios de bordo livre param nos exercícios como faClo das fragatas "Vasco da multiplicidade das missões
bastante alto, bem como o cor- adjuntos dos oficiais de Acção Gama'" e "'Corte Real" terem com que podem ser confroma-
recto comportamento e actua- Táctica. Estes oficiais comple- escalado o porto de Leixões dos. Além disso, é através da
ção da equipa de vistoria. taram recentemente os seus pela primeira vez. realização de exercicios navais
Além disso, a íiscalização de estudos relativos à área da e do profissionalismo com que
navios mercantes é uma tareia Táctica Naval no CJTAN são preparados e executados.
cuja dificuldade é proporcio- (Centro de Instrução de Táctica que pode ser aprofundada a
nai à boa ou má cooperação Naval), incluídos nos seus cur- autêntica cultura naval, que
que o navio IIscalizado estiver sos de especialização, pelo suporta o espírito de uma iorça
disposto a dar. que este embarque se enqua· naval pronta, em operações.
Neste capítulo, a participação drou na aplicação prática dos O EXERCíCIO CONTEX-932
de desembaraçados e bem pre- conhecimentos adquiridos inseriu-se neste conceito e reve-
parados fuzileiros, utilizando nessa área. Pese embora o lou que as nossas unidades
botes pneumáticos, revelou-se facto do embarque só ter ocor- navais se encontram aptas para
muito importante. pela rapidez, rido a meio do exercfcio, o desempenho de missões
eficiência e segurança com que quando a Força Naval escalou navais, em completa paridade
executam essas tarefas. o porto de Leixões, toda a pre- de desempenho com os seus
paração e acompanhamento aliados. A participação dos sub-
NOVIDADES /1/: do tráfego do exercício roi feito marinos revelou-se fundamen-
pelos oficiais-alunos, de modo tai, quer no treino das unidades
AINSTRUÇÁO
a que a sua rentabilização a navais, quer no seu próprio trei-
bordo fosse efectiva. no, quer ainda no lançamento
Mas as novidades não se de acções encobertas. em que
ficaram apenas pelos exercíci- Por outro lado, toda a Força Simu/dç,Jo do Iratamento de um mais uma vez sobressaíram as
-acidentado em comb .. .,e'"
os propriamente ditos. As com- Naval após o Plano de Treino suas evidentes capacidades de
ponentes de instrução e simu- de Porto, organizado no âmbi- dissuasor estratégico.
lação foram um contributo to da Divisão de Operações do AUDITORES
essencial no desenvolvimento Comando Naval, executou pre- DOS CURSOS DO IDN O entusiasmo foi a nota
do exercício. viamente a maior parte das dominante do exercício. O seu
No mar estiveram os oficiais séries de exercícios no simula- No dia 23 de Abril, a Força prévio e rigoroso planeamento
que actualmente frequentam os dor do CITAN, o que permitiu ioi cumprido nas suas linhas
cursos de especialização nas corrigir ou aperfeiçoar previa- Naval re<:ebeu a visita dos audi- essenciais, tornando-o numa
áreas de Comunicações. Na- mente alguns procedimentos e tores dos cursos do IrtStitulo da quase operação de rotina. A
Defesa Nacional (Lisboa e
vegação, Artilharia e Armas acções, que comribuíram para Porto), que assistiram a um "bri- ambição de quem muito pro-
a sua acrescida rentabilização, efing~ inicial sobre as finalida- curou fazer ioi satisfeita.
quando posteriormente foram des do exercício e ao desenro- A Marinha ganhou mais
executados no mar. lar de várias séries, no âmbito experiência e mais confiança
do treino das unidades, por nos seus índices de operacio-
A ESCAlA forma a poderem perspectivar a nalidade.
condução das operações no Natura Imente, também hou-
NO POlUO DE LEIXÕES mar, designadamente no que ve dificuldades e imprevistos.
respeita às poSSibilidades de No entanto, a superação des-
Nos dias 17 e 18 de Abril, a comando e controlo das fraga- sas dificuldades, sobretudo de
• Força Naval escalou o porto de tas da classe "Vasco da Gama-. ordem humana e material,
Leixões, em acção de presença
ioram vencidas com proiissio-
naval e para descanso das nalismo, abnegação e espírito
guarnições dos navios. COMENTÁRIO de missão, que, graças ao espí.
A presença simultânea de rito marinheiro e de solidarie-
O desenvolvimento dos exer-
• tantOs navios despertou curio- dcios navais é hoje o mote uti- dade que nunca faltou aos
sidade entre a população
homens e vontades que partici-
matosinhense e atraiu a aten· lizado em todas as Marinhas de param no CONTEX-932, dele
ção da Comunicação Social. Guerra. para fazer face às inú· íizeram um exercício motiva-
Em resposta a solicitações de meras e diversificadas missões dor, bem sucedido e muito
A ('~8iJta -Com. SaCildura C.Jbral" diversos jornalistas, o coman- que são chamadas a desempe-- proveitoso. .t
20 JUNHO 93 • REV1STA DA ARMADA