Page 84 - Revista da Armada
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OPERACAO IICRUZEIRO DO SUL"
I
Saída de Lisboa a 7 de Dezembro, a corveta Portugal. Os problemas com o que restou foi dedicado à
câmbio de escudos por francos praia.
"Baptista de Andrade" regressou a Lisboa,
CFA foram ultrapassados, com A 13 de Janeiro, quando o
depois de ter navegado mais de 10 mil milhas ii colaboração nào desinteres- navio largou com destino a S.
e ter visitado 5 países africanos, além das ilhas sada dos comerciantes portu- Tomé e Príncipe, ainda a guar-
gueses por lá estabelecidos e nição esperava voltar a este
Canárias. dos vendedores congoleses de porto, tendo havido elementos
A Revista da Armada, que na sua anterior artesanato, que acampavam que, inclusive, efectuaram
edição, descrevera a primeira parte da missão nas proximidades do navio. algumas encomendas de arte-
Além das tarefas normais de sanalo, que afinal não vieram a
do navio, apresenta agora a sua segunda parte. reabastecimento de combustí- concretizar.
Porém, quando O navio fun-
navio entr,lra o ano de - deou na Baía de Ana Chaves,
no dia 15 de Janeiro, foi rece-
1993, atracado no bida a noHcia de que a missão
O porto de Pointe-Noire, iria terminar mais cedo. com
na República Popular do Con- chegada à Ba se Naval de
go, mas iniciou de imediato Lisboa prevista para a primeira
um período de cruzeiro, até ao semana de Fevereiro.
dia IOde Janeiro, data em que
voltou novamente a Painle· DE NOVe;> EM S. TOMÉ
Noire.
Durante este cruzeiro, verifi· E NO PRINCIPE
cou-se algum abaixamento no
estado psicológico da guarni- Esta segunda estadia da
ção, resultante da naHeia do ~ B aptista de Andrade~ em S.
prolongamento da missilo, em Tomé, permitiu que todos
cerca de 20 dias suplementa- tivessem conheCido melhor a
res, ficando o regresso adiado ilha, as suas gentes e as suas
para o final de Fevereiro. No belezas naturais.
entanto, essa quebra foi curta e apresentou nada de novo, vel e água, e da realização de No dia 17 de Janeiro. aos
rapidamente ultrapassada. salvo a confirmação da enorme algumas reparações mais primeiros alvores. o navio fun·
O porto de Pointe-Noire, já dificuldade e do elevado custo urgentes para as quais havia deou na Bafa de Santo
conhecido da guarnição, não das chamadas telefónicas para sobressalentes, o pouco tempo António, na ilha do Príncipe,
após uma calma noite de nave·
gação, que deliciou os convi·
dados embarcados.
Nas navegações nocturnas
em torno das ilhas de $. Tomé
e do Príncipe, constatou-se
que todos os faróis e farolins se
encontravam inoperativos.
Por solicitação expressa do
Ministro·residente do Prlncipe,
e dado que nesse dia se come-
morava a data da chegada dos
primeiros descobridores portu-
gueses a esta ilha, há 521
anos, o navio apenas largou
por volta das 23 horas. Dessa
forma, a guarnição pôde assis-
tir a um diversificado programa
de festas, que indu ia danças,
o N. R. P. -8.1plISlil de ... ndrade~, iundeado na WI:' de 5.mto Ant&lIo, n.1 illM do PrínCipe músicas e representações tea·
10 MARÇO 93 • REVISTA DA ARMADA