Page 127 - Revista da Armada
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A for •• fio IIe 'u.l'elros





           o INíciO (')

                cm o advento do con-
                ftito  armado  nas  pro-
           C  vfncias  ultramarinas.
           no  princípio  de  60,  a Mari-
           nha  de  Guerra  Portuguesa
           recriou  os  Fuzileiros.  dando
           corpo  a  uma  das  compo-
           nentes  do pensamento  estra-
           tégico  do  então  Chefe  do
           Estado  Maior  da  Armada
           AlM  Roboredo  e  Silva,  res-
           peitante  ao dispositivo  naval
           para  aquelas  parcelas  do  ter-
           ritório  português  e  à  ade-
           quação  do  cumprimento  das
           responsabilidades  da  Mari-
           nha  relativamente  à  orla
           marítima.  às  zonas  ribeiri-
           nhas e às águas interiores.

            A  recriação  dos  Fuzileiros
           assentou ,  principalmente.
           em dois vectores: os recursos   ' EntendI/tlIM/o do Mar'" _ Form.l('do mvllo ~illc~ e di: dpfe1)d;Zd[;efTI grMÚllfil.
           humanos e a formação.
                                     instruir  para  o  combale  em  lasse  para  combale  e  os   o primeiro  aspecto  não
            Os  recursos  humanos  lerra  e  para  o  comando das  capacitasse  para a  reconver-  representava  novos  desafios.
           foram  adquiridos  junto  do  Unidades de  Fuzileiros  que  são de classe.     Era  hã  muito a  missão da  Es-
           universo  de  recrutamento  viessem a ser constituídas. Já                     cola de Alunos Marinheiros.
           constitufdos por jovens ofici-  possuíam  fo rmação  militar   Aos  restantes  era  neces-
           ais,  sargentos  e  praças  da  naval  e  já  eram  oficiais  do  sário  começar  por  lhes  dar   Restava  pois  identificar  e
           Armada  e  cidadãos em  cum-  Quadro Permanente.    formação  como  militares  da   definir  a  formação  a  ser
           primento das  obrigações  mi-                       Marinha  e  em  seguida,  mi-  ministrada  para  assegurar  a
           litares prescritas na  lei.   Os  sargentos e  praças  te-  nistrar-lhes  também  a  neces-  preparação para o combate.
                                     riam  também  que  receber  sária preparação para o com-
            Aos  oficiais  era  necessário  uma  íormação  que os  habili-  bate.          Com  esse  objectivo,  um
                                                                                          oficial  e trés marinheiros fre-
                                                                                          quentaram  um  curso  de  fOf-
                                                                                          mação  nos  Royal  Marines,
                                                                                          no Reino Unido.

                                                                                           Paralelamente.  a  Marinha
                                                                                          desenvolveu  estudos  ten-
                                                                                          dentes a definir:
                                                                                           - O  tipo e  constituição das
                                                                                          unidades a criar;
                                                                                           - O  armamento  com  que
                                                                                          deveriam ser guarnecidas;

                                                                                           - O  apoio e  a  sustentação
                                                                                          de que iriam necessitar;

                                                                                           - O  dispositivo  a  ser  im-
                                                                                          plantado.

                                                                                           Do  contacto  com  forças
                                                                                          congéneres  resultou  in-
                                                                                          fluência  do  modelo  inglês
                                                                                          na  formação  e  do  modelo
                                                                                          francês  na  estrutura  e  orga-
           "Tudocomeç .. em PiKifld- - AdJplJç~ ao meio aquJlico. de diJ e,jo noite.      nização.                <
                                                                                          REVISTA DA ARMADA ·  ASRll. 98  17
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