Page 23 - Revista da Armada
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TOMADAS DE POSSE
COMANDANTE DA ESCOLA NAVAL
Universidade, en- transmissão do saber e esse saber tem, para
quanto instituição -, o Oficial de Marinha, uma componente téc-
porque o estatuto de nico-científica e uma vertente humanista
escola superior exige que devem equilibrar-se para uma melhor
esta interligação que adequação aos desafios do complexo século
favorece a compre- XXI que se aproxima.
ensão mútua e resul- Aliás, as palavras do Almirante Chefe
ta no prestígio da do Estado-Maior da Armada corroboram
profissão de Oficial precisamente esta preocupação de equi-
de Marinha. Mas es- líbrio entre os diferentes campos do saber e
te caminho só é pos- da preparação do novo Oficial da Marinha:
sível mantendo o es- a capacidade técnico-profissional só
pírito de inovação e poderá ser exercida se forem desenvolvi-
de adaptação, por- das as aptidões marinheiras e, sobretudo,
que as circunstân- se os novos oficiais receberem e interioriza-
● No passado dia 24 de Outubro, o VALM cias envolventes não param e a Marinha rem um “universo de códigos, de valores e
Américo Silva Santos foi rendido no cargo tem de acompanhar o movimento inces- de princípios” que constituam um modelo
de Comandante da Escola Naval, pelo sante do mundo moderno. de conduto que conferirão a dimensão
CALM António Carlos Rebelo Duarte. A estas palavras acrescentou o CALM humana indispensável ao exercício das
A cerimónia foi presidida pelo Almirante Rebelo Duarte que a missão da escola era a suas funções.
CEMA e decorreu nas instalações da
própria Escola, perante a formatura de
todo o batalhão escolar, corpo docente, ofi- O CALM António Carlos Rebelo Duarte nasceu em 1946 e concluiu o
curso da Escola Naval em 1967. Especializou-se em Comunicações, é
ciais, sargentos, praças e todo o pessoal
licenciado em Economia pelo Instituto Superior de Economia da
civil que presta serviço na unidade. Universidade Técnica de Lisboa e pussui, entre outros, os cursos
Quem primeiro usou da palavra foi, na- “NATO Naval Officers EW Introdutory Course”, o “Curso Geral Naval
turalmente o comandante cessante, que de Guerra”, o “Ace Staff Officers Orientation Course”, “Perspectivas do
procurou caracterizar, em linhas gerais, os Islão”, o “International Defense Management Course” e o “Curso supe-
rior Naval de Guerra”. Exerceu cargos diversos em Unidades em terra e
aspectos mais significativos que regeram a
Unidades Navais, tendo comandado o NRP “Argos” (em comissão na
sua acção. Definiu esse caminho em três Guiné), o NRP “Honório Barreto” e o NRP “Jacinto Cândido”. Como
palavras chave: "abertura", "inovação" e CMG exerceu funções de Chefe das Divisões de Comunicações (93/94)
"adaptação". A abertura à Marinha e à e de Pessoal e Organização (94/97) do EMA; bem como as funções
docentes no ISNG, onde foi coordenador da Área de Ensino de
sociedade civil, que determina a nossa mis-
Estratégia e professor da mesma cadeira. Foi promovido ao actual posto
são e precisa de entender o que somos; mas em 10 de Agosto de 2000.
abertura, também, às Universidades - ou à
DIRECTOR DA BIBLIOTECA CENTRAL E PRESIDENTE DA COMISSÃO CULTURAL
● Realizou-se no passado dia 3 de Novem- cazmente a sua missão, daí que não irei,
bro no Gabinete do CEMA, a cerimónia da para já, promover quaisquer alterações ao
tomada de posse do CALM José Luís Fer- funcionamento dos departamentos que
reira Leiria Pinto como Director da Biblioteca agora me são confiados e também não me
Central e Presidente da Comissão Cultural. sinto, neste momento, ainda apto a apresen-
No seu discurso o CALM Leiria Pinto tar qualquer projecto para futuras realiza-
referiu: "Ao assumir a responsabilidade de ções. Afirmo simplesmente que procurarei,
um novo cargo parto sempre do princípio por todos os meios ao meu alcance, preser-
que os que me precederam empenharam var, engrandecer e divulgar a cultura da
todo o seu engenho e arte para cumprir efi- nossa Marinha.
O CALM Leiria Pinto ingressou na Escola Naval em Outubro de 1958. posto de Contra-Almirante em 14 de Agosto de 1991.
Especializou-se em Armas Submarinas e Fuzileiro Especial e tem , entre ou- Foi Comandante da Escola Naval, Subdirector-Geral de Marinha, Vogal do
tros, os Cursos Geral e Superior Naval de Guerra, do Estado-Maior Inter-Forças Conselho de Direcção do Instituto de Acção Social das Forças Armadas, Vice-
e de Auditor do Curso de Defesa Nacional. -Presidente da Comissão do Direito Marítimo Internacional e membro do
Esteve embarcado em diversas unidades navais, tendo comandado o NRP Conselho Superior da Disciplina da Armada.
"Azevia" e o NRP "Schultz Xavier" e grupos operacionais em viagens de Instru- O CALM Leiria Pinto recebeu inúmeros louvores e foi agraciado com várias
ção de cadetes da Escola Naval. condecorações de que se destacam, além da Cruz de Guerra atrás referida, o
Na Guiné de 1966 a 1967 comandou o DFE no 6, tendo sido agraciado por Distintivo Especial da Ordem Militar da Torre e Espada.
feitos em combate com a Medalha Militar da Cruz de Guerra de 2ª Classe e final- Na área do associativisno foi Presidente da Direcção do Clube Náutico dos
mente em Timor de 1973 a 1975, onde foi Comandante da Defesa Marítima, Oficiais e Cadetes da Armada e mais tarde Presidente da respectiva Assembleia
Chefe dos Serviços de Marinha e Director da Estação Radio Naval de Díli. Geral. Desempenhou igualmente o cargo de Presidente da Assembleia Geral do
Foi também Comandante da Escola de Alunos Marinheiros, Comandante do Clube Militar Naval.
Grupo nº 1 de Escolas da Armada e Director das Infraestruturas. Exerceu as Presentemente exerce, desde Fevereiro de 2000, as funções de Presidente da
funções de Chefe de Gabinete do Almirante CEMA, tendo sido promovido ao Direcção do Grupo de Amigos do Museu de Marinha.
REVISTA DA ARMADA • JANEIRO 2001 21