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TOMADAS DE POSSE



                                       COMANDANTE DA ESCOLA NAVAL
                                                             Universidade, en-  transmissão do saber e esse saber tem, para
                                                             quanto instituição -,  o Oficial de Marinha, uma componente téc-
                                                             porque o estatuto de  nico-científica e uma vertente humanista
                                                             escola superior exige  que devem equilibrar-se para uma melhor
                                                             esta interligação que  adequação aos desafios do complexo século
                                                             favorece a compre-  XXI que se aproxima.
                                                             ensão mútua e resul-  Aliás, as palavras do Almirante Chefe
                                                             ta no prestígio da  do Estado-Maior da Armada corroboram
                                                             profissão de Oficial  precisamente esta preocupação de equi-
                                                             de Marinha. Mas es-  líbrio entre os diferentes campos do saber e
                                                             te caminho só é pos-  da preparação do novo Oficial da Marinha:
                                                             sível mantendo o es-  a capacidade técnico-profissional só
                                                             pírito de inovação e  poderá ser exercida se forem desenvolvi-
                                                             de adaptação, por-  das as aptidões marinheiras e, sobretudo,
                                                             que as circunstân-  se os novos oficiais receberem e interioriza-
         ● No passado dia 24 de Outubro, o VALM  cias envolventes não param e a Marinha  rem um “universo de códigos, de valores e
         Américo Silva Santos foi rendido no cargo  tem de acompanhar o movimento inces-  de princípios” que constituam um modelo
         de Comandante da Escola Naval, pelo  sante do mundo moderno.          de conduto que conferirão a dimensão
         CALM António Carlos Rebelo Duarte.   A estas palavras acrescentou o CALM  humana indispensável ao exercício das
           A cerimónia foi presidida pelo Almirante  Rebelo Duarte que a missão da escola era a  suas funções.
         CEMA e decorreu nas instalações da
         própria Escola, perante a formatura de
         todo o batalhão escolar, corpo docente, ofi-               O CALM António Carlos Rebelo Duarte nasceu em 1946 e concluiu o
                                                                  curso da Escola Naval em 1967. Especializou-se em Comunicações, é
         ciais, sargentos, praças e todo o pessoal
                                                                  licenciado em Economia pelo Instituto Superior de Economia da
         civil que presta serviço na unidade.                     Universidade Técnica de Lisboa e pussui, entre outros, os cursos
           Quem primeiro usou da palavra foi, na-                 “NATO Naval Officers EW Introdutory Course”, o “Curso Geral Naval
         turalmente o comandante cessante, que                    de Guerra”, o “Ace Staff Officers Orientation Course”, “Perspectivas do
         procurou caracterizar, em linhas gerais, os              Islão”, o “International Defense Management Course” e o “Curso supe-
                                                                  rior Naval de Guerra”. Exerceu cargos diversos em Unidades em terra e
         aspectos mais significativos que regeram a
                                                                  Unidades Navais, tendo comandado o NRP “Argos” (em comissão na
         sua acção. Definiu esse caminho em três                  Guiné), o NRP “Honório Barreto” e o NRP “Jacinto Cândido”. Como
         palavras chave: "abertura", "inovação" e                 CMG exerceu funções de Chefe das Divisões de Comunicações (93/94)
         "adaptação". A abertura à Marinha e à                    e de Pessoal e Organização (94/97) do EMA; bem como as funções
                                                                  docentes no ISNG, onde foi coordenador da Área de Ensino de
         sociedade civil, que determina a nossa mis-
                                                                  Estratégia e professor da mesma cadeira. Foi promovido ao actual posto
         são e precisa de entender o que somos; mas               em 10 de Agosto de 2000.
         abertura, também, às Universidades - ou à


           DIRECTOR DA BIBLIOTECA CENTRAL E PRESIDENTE DA COMISSÃO CULTURAL

         ● Realizou-se no passado dia 3 de Novem-                              cazmente a sua missão, daí que não irei,
         bro no Gabinete do CEMA, a cerimónia da                               para já, promover quaisquer alterações ao
         tomada de posse do CALM José Luís Fer-                                funcionamento dos departamentos que
         reira Leiria Pinto como Director da Biblioteca                        agora me são confiados e também não me
         Central e Presidente da Comissão Cultural.                            sinto, neste momento, ainda apto a apresen-
           No seu discurso o CALM Leiria Pinto                                 tar qualquer projecto para futuras realiza-
         referiu: "Ao assumir a responsabilidade de                            ções. Afirmo simplesmente que procurarei,
         um novo cargo parto sempre do princípio                               por todos os meios ao meu alcance, preser-
         que os que me precederam empenharam                                   var, engrandecer e divulgar a cultura da
         todo o seu engenho e arte para cumprir efi-                           nossa Marinha.

            O CALM Leiria Pinto ingressou na Escola Naval em Outubro de 1958.   posto de Contra-Almirante em 14 de Agosto de 1991.
            Especializou-se em Armas Submarinas e Fuzileiro Especial e tem , entre ou-  Foi Comandante da Escola Naval, Subdirector-Geral de Marinha, Vogal do
          tros, os Cursos Geral e Superior Naval de Guerra, do Estado-Maior Inter-Forças  Conselho de Direcção do Instituto de Acção Social das Forças Armadas, Vice-
          e de Auditor do Curso de Defesa Nacional.            -Presidente da Comissão do Direito Marítimo Internacional e membro do
            Esteve embarcado em diversas unidades navais, tendo comandado o NRP  Conselho Superior da Disciplina da Armada.
          "Azevia" e o NRP "Schultz Xavier" e grupos operacionais em viagens de Instru-  O CALM Leiria Pinto recebeu inúmeros louvores e foi agraciado com várias
          ção de cadetes da Escola Naval.                      condecorações de que se destacam, além da Cruz de Guerra atrás referida, o
            Na Guiné de 1966 a 1967 comandou o DFE no 6, tendo sido agraciado por  Distintivo Especial da Ordem Militar da Torre e Espada.
          feitos em combate com a Medalha Militar da Cruz de Guerra de 2ª Classe e final-  Na área do associativisno foi Presidente da Direcção do Clube Náutico dos
          mente em Timor de 1973 a 1975, onde foi Comandante da Defesa Marítima,  Oficiais e Cadetes da Armada e mais tarde Presidente da respectiva Assembleia
          Chefe dos Serviços de Marinha e Director da Estação Radio Naval de Díli.  Geral. Desempenhou igualmente o cargo de Presidente da Assembleia Geral do
            Foi também Comandante da Escola de Alunos Marinheiros, Comandante do  Clube Militar Naval.
          Grupo nº 1 de Escolas da Armada e Director das Infraestruturas. Exerceu as  Presentemente exerce, desde Fevereiro de 2000, as funções de Presidente da
          funções de Chefe de Gabinete do Almirante CEMA, tendo sido promovido ao  Direcção do Grupo de Amigos do Museu de Marinha.
                                                                                     REVISTA DA ARMADA • JANEIRO 2001  21
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