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COMEMORAÇÕES DO 10 DE JUNHO
COMEMORAÇÕES DO 10 DE JUNHO
ealizaram-se no dia 10 de Junho, em San- Sargentos, incluindo uma companhia da Es- do Exército; uma Força Motorizada da Mari-
tarém, as cerimónias alusivas às comemo- cola de Tecnologias Navais da Marinha, uma nha; uma Força Motorizada do Exército; uma
R rações do Dia de Portugal, de Camões e companhia da Escola de Sargentos do Exérci- Força Motorizada da Força Aérea Portuguesa;
das Comunidades Portuguesas. to e uma Esquadrilha do Centro de Formação uma Força Mecanizada da Brigada Mecani-
O Presidente da República e Comandante Militar e Técnica da Força Aérea, um Batalhão zada do Exército.
Supremo das Forças Armadas, presidiu à ceri- da Marinha, dois Batalhões do Exército e uma As Forças em Parada prestaram as honras re-
mónia militar, no Campo Infante da Câmara, Esquadra da Força Aérea. gulamentares, com a Banda do Exército execu-
que incluiu uma parada militar das tando o Hino Nacional e simultane-
Forças Armadas, comandadas pelo amente, uma bateria de Artilharia de
MAJGEN Raul Ferreira da Cunha, Campanha do Exército, executaram
integrando as seguintes unidades e uma salva de 21 tiros.
meios: Banda do Exército; Bloco de Seguiu-se a homenagem aos
Estandartes Nacionais representa- Mortos que incluía uma prece feita
tivos do Estado-Maior-General das pelo Vigário castrense o CMG Cos-
Forças Armadas, de Unidades da ta Amorim.
Marinha, do Exército, da Força Aé- Seguidamente o Presidente da Re-
rea e da Liga de Combatentes, com pública pronunciou o discurso que
uma Escolta de Honra, constituída abaixo se transcreve na íntegra.
por uma Companhia de Alunos da Por fim deu-se início ao desfile
Academia Militar. das Forças em Parada e Forças Mo-
Um Batalhão dos Estabelecimen- torizadas.
tos Militares de Ensino do Exército, Encerrou o desfile o sobrevoo de
constituído por uma companhia de formações de Aeronaves da Marinha
alunos do Colégio Militar, uma companhia do Para além destas forças em parada, parti- e da Força Aérea Portuguesa constituídas por 2
Instituto de Odivelas e uma companhia do Ins- ciparam ainda na cerimónia militar outras Helicópteros Lynx da Marinha e 6 aviões F-16
tituto Militar dos Pupilos do Exército. forças, designadamente, uma Bateria de Arti- Fighting Falcon.
Um Batalhão de Cadetes Alunos integrando lharia de Campanha do Exército que prestou Por sua vez em cerimónia civil, o Presidente
uma companhia da Escola Naval, uma compa- as salvas regulamentares ao Presidente da Re- da República condecorou diversas personali-
nhia da Academia Militar e uma Esquadrilha da pública, Escolta a Cavalo do Colégio Militar; dades, entre elas, o VALM António João Neves
Academia da Força Aérea. uma Força do Corpo de Fuzileiros da Marinha de Bettencourt com a Grã Cruz da Ordem Mi-
Um Batalhão de formandos dos cursos de e um Batalhão da Brigada de Reacção Rápida litar de Avis.
Discurso do Presidente da Républica na Cerimónia Militar
“A data que hoje celebramos, a crise de 1580, e das primeiras a
nesta histórica cidade de Santa- aclamar D. João IV.
rém, convida-nos a revisitar um A nossa memória longínqua
passado cujo património nos eno- leva-nos também ao grande na-
brece e a reflectir sobre os pilares vegador Pedro Álvares Cabral,
estruturantes da identidade nacio- sepultado nesta cidade e que ao
nal e os valores que moldaram a descobrir o Brasil se imortalizou.
alma e o sentir português. Sá da Bandeira e Passos Ma-
Um sonho de expansão maríti- nuel são, ainda, dois exemplos
ma, em que conjugámos de for- de notáveis militares e estadis-
ma admirável o amor pátrio com tas liberais com forte ligação a
o fascínio pelo mar, o sítio da geo- Santarém.
grafia com a vocação universalis- Mais recentemente, vem-nos à
ta, a cultura europeia com a cria- memória a Escola Prática de Ca-
ção de um património comum de valaria e o seu contributo para a
valores da maior relevância para instauração e consolidação da
o entendimento entre as nações. profundo e as aspirações do povo, garantin- democracia em Portugal. Daqui saiu a co-
Um desígnio colectivo que ainda hoje de- do com sucesso a independência e a defesa luna militar, comandada pelo jovem capitão
termina as prioridades do nosso relaciona- de Portugal. Salgueiro Maia, que acabo de homenagear
mento externo, na Europa, nas Américas e Construímos um país coeso, com fronteiras e que em Abril de 1974 marchou para Lis-
em África. consolidadas e das mais antigas do mundo, boa em nome dos ideais da liberdade e da
Nesta ocasião, e neste local, é imperativo de fácil relacionamento com outros povos e democracia.
reconhecer o valioso contributo da Instituição culturas, respeitado pela comunidade interna- Militares,
Militar para a edificação de Portugal, desde a cional como defensor dos direitos humanos e Quis, desde o início do meu mandato, asso-
sua génese até aos nossos dias. do primado da Lei e activamente empenhado ciar as Forças Armadas às cerimónias de cele-
Portugal é obra de todos os Portugueses. na segurança e na paz mundial. bração do Dia de Portugal, de Camões e das
Temos a obrigação de honrar o seu legado e Também em Santarém se fez Portugal. Local Comunidades Portuguesas. É nesta ocasião
de o saber projectar para o futuro. frequente de reunião das Cortes, até ao século que a elas me dirijo especialmente e procu-
Em situações de grande dificuldade, em que XV, a cidade esteve envolvida em diversas ac- ro dar particular visibilidade e público teste-
o curso normal da vida nacional perigou, os ções de defesa da nacionalidade, tendo sido munho das suas capacidades, bem como da
militares souberam sempre interpretar o sentir das últimas a ceder à invasão estrangeira, após excelência do seu desempenho no cumpri-
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