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REVISTA DA ARMADA | 502

va, que consiste numa rede virtual que interliga os vários centros   Monteiro, que se fez acompanhar por uma comitiva constituída
de operações das respetivas Marinhas.                                pela representante do Ministro da Defesa Nacional, pelos Che-
                                                                     fes Militares Portugueses, pelo VALM Comandante Naval e por
  Durante a segunda metade do exercício, de 29 de setembro a 2       diversos representantes e observadores das Forças Armadas dos
de outubro, realizaram-se numa primeira fase, e a bordo dos navios   países membros da Iniciativa “Defesa 5+5”.
participantes no exercício, vários grupos de trabalho para debate-
rem temas tão variados como a intervenção das equipas médicas          Após o embarque das entidades no Ponto de Apoio Naval de
no mar em situações de busca e salvamento, ações de abordagem e      Portimão, o navio iniciou o trânsito para a área de exercícios
de apoio a navios sinistrados, no mar, os quais integraram diversos  juntando-se às restantes unidades participantes. Durante o pe-
representantes daqueles navios. Numa segunda fase, em ambien-        ríodo da manhã, os convidados tiveram oportunidade de assistir
te de treino, colocaram-se em prática os procedimentos padrão no     a demonstrações de capacidades (recuperação de náufragos e
âmbito das operações de interdição marítima (Military Interdition    evacuação médica por helicóptero) e a condução de operações
Operations) e de busca e salvamento (Search and Rescue).             conjuntas no âmbito da segurança marítima, como a abordagem
                                                                     a embarcações ilícitas por equipas de abordagem projetadas a
  Quanto ao cenário idealizado, este consistiu em detetar, interce-  partir de unidades navais e por helicóptero, apoiadas pela ação
tar e abordar duas embarcações suspeitas de participarem em ativi-

dades ilícitas no mar (simuladas pela lancha hidrográfica Andróme-   furtiva do submarino português Tridente.
da e pela lancha de fiscalização rápida Dragão), que estariam a ser    Durante todo o exercício, a tarefa de conduzir as operações
monitorizadas há vários dias pelos centros de operações marítimas
das Marinhas dos países pertencentes à Iniciativa “Defesa 5+5”.      no mar foi atribuída ao Comandante da Força Naval Portuguesa,
                                                                     CMG Gonçalves Alexandre, que, apoiado pelo seu estado-maior,
  Participaram no exercício o navio patrulha oceânico Figueira       num total de 11 militares, embarcou pela primeira vez a bordo de
da Foz, com o comandante da Força Naval Portuguesa e o seu es-       um navio patrulha oceânico da classe Viana do Castelo.
tado-maior embarcados, o submarino Tridente, o navio patrulha
oceânico espanhol Vigia, a fragata francesa Premier Maître L’Her,                       Colaboração do COMANDO DA FORÇA NAVAL PORTUGUESA
o navio patrulha marroquino L.V. Rabhi e uma equipa de aborda-
gem da Tunísia, embarcada no navio francês. O exercício contou
ainda com a participação de meios aéreos, nomeadamente, um
helicóptero da Marinha (Lynx Mk-95), uma aeronave de patrulha
marítima P3-C da Força Aérea Portuguesa, bem como um heli-
cóptero de busca e salvamento e uma aeronave de patrulha ma-
rítima da Força Aérea Espanhola.

distinguished visitors day                                           Notas
                                                                     1 Portugal, Espanha, França, Itália, Malta, Argélia, Marrocos, Tunísia, Líbia e Mau-
  No dia 1 de outubro decorreu no NRP Figueira da Foz o Dis-         ritânia.
tinguished Visitors Day, tendo sido recebido a bordo o Chefe do      2 Virtual Regional Maritime Traffic Center.
Estado-Maior General das Forças Armadas, General Artur Pina

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