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REVISTA DA ARMADA | 502
Foto HFw Christian Timmig
Foto Skyphoto.net
efetuada por uma Companhia CBRN polaca e um desembarque combina um programa abrangente de educação, de treino, de
anfíbio conduzido pelos Royal Marines a partir do HMS Bulwark. exercício e de avaliação com o uso de tecnologia de ponta para
garantir que as forças aliadas continuem a estar preparadas para
A execução do TRJE15 nesta região da Europa não foi um pro- serem empregues de forma cooperativa. Neste âmbito, também
cesso simples, mas a ação diplomática conjunta de Portugal, decorreu em Lisboa, entre os dias 19 e 20 de outubro, o Fórum
Espanha e Itália, e a compreensão dos Estados Unidos, deter- da Indústria NATO 2015, durante o qual as indústrias de defesa
minou que o exercício, uma “operação de músculo” da NATO, nacionais tiveram oportunidade de apresentar as principais evo-
se realizasse no flanco sul europeu da Aliança. As capitais do sul luções tecnológicas com utilidade militar que estão em curso ou
evidenciaram os seus interesses estratégicos que passam, no- aquelas que estejam já em desenvolvimento para o futuro.
meadamente, pela estabilidade do Mediterrâneo, a braços com
problemas do narcotráfico, da pirataria, das migrações irregula- CMG Amaral Mota
res e do terrorismo para além naquilo em que o Golfo da Guiné IGDN
se está a transformar e ainda, nas delicadas situações da Líbia e
da Síria. O reforço da atenção de Lisboa, Madrid e Roma com o 2 TEN RC Soel Izaque
sul foi acompanhado de iniciativas com o intuito de reforçar a Relações Públicas da Naval Striking and Support Forces NATO (SFN)
legitimidade da preocupação que não se esgota com o Norte de
África e chega a ir até ao Irão. Foi assim interpretado o recente Notas
envio por Portugal de seis F16 da Força Aérea que, juntamen- 1 Comando de nível operacional da NCS, localizado em Brunssum, Holanda.
te com aeronaves da Alemanha, Espanha, Canadá e Holanda, 2 A Força de Reação da NATO é uma força multinacional altamente preparada e tec-
participam no policiamento do espaço aéreo do Báltico (Baltic nologicamente avançada composta pelas componentes marítima, terrestre, aérea
Air Policing Mission) em regime de rotatividade. Esta é, aliás, a e de forças especiais e que pode ser projetada rapidamente, sempre que necessá-
segunda vez que caças portugueses estão envolvidos nesta ope- rio. Para além de seu papel operacional, a NRF pode ser usada para uma maior co-
ração da Aliança. operação no treino, formação e no melhor uso da tecnologia.
3 Na NATO são habitualmente referidos como Distinguished Visitors Days (DVD).
Este evento também foi considerado a atividade emblemáti- 4 Navio Polivalente Logístico (LPD – Landing Plataform Dock) da Classe San Antonio
ca da iniciativa de forças conectadas da NATO (Connected Forces da Marinha dos EUA.
Initiative – CFI) que tem por objetivo reforçar o nível de interliga- 5 Landing Craft Air Cushion, vulgo “hovercraft”.
ção e interoperabilidade que se pretende alcançar nas operações 6 Jens Stoltenberg.
entre as forças dos membros da Aliança e dos Parceiros. O CFI 7 NAC/MC – North Atlantic Council / Military Committee.
8 HP – Harbour Protection.
9 Conceito NATO que promove a cooperação entre os membros da Aliança para se
desenvolver, adquirir e manter capacidades militares a fim de lidar com os atuais
desafios de segurança.
10 CBRN – Chemical, Biological, Radiological and Nuclear.
Foto 1SAR A Carlos Dias
8 DEZEMBRO 2015

